CAPÍTULO 7 - Teu pau cheira bem.

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Felipe Castello

Já haviam se passado três semanas de tudo o que havia acontecido na minha vida. Me descobrir podólatra curtindo meu próprio pé, Re-afirmar isso numa experiência com meu tio, ter brincadeiras sexuais com Diego e o lance de ser pego no pulo e humilhado pelo Breno, meu rival, por curtir os pés do pai dele. Além de tudo isso ainda me tornei um colecionador de meias usadas de todas essas experiências com pés.

Ok, eu realmente compreendi que tinha uma atração por homens e a causa de tudo isso eram os pés. Eu já não podia negar isso mais pra mim! Porém eu ainda me atraía por mulheres, então a ideia de ser bissexual começou a ficar mais clara e até compreensível.

Nessas 3 semanas eu praticamente passei despercebido no colégio, ninguém havia me notado, nem mesmo Breno. Que mesmo com fotos comprometedoras minhas, me ignorou completamente durante esses dias. "Talvez ele tivesse esquecido". Pensava eu. Mas conhecendo-o como eu conheço creio que seria só uma questão de tempo pra ele esfregar a superioridade na minha cara e acredito que ele já estava gostando de me ver assim, retraído.

Quem aparentemente não gostou nada do meu sumiço foi Fred. Eu o havia ignorando total e confesso que não andava sendo um bom amigo com ele ultimamente, algo que o deixou bem magoado e irritado. Foi quando ainda no colégio o chamei pra conversar em um canto mais afastado e me desculpei por agir estranho e ter me esquivando dele. Ele compreendeu mas queria muito que eu lhe disse-se o que estava acontecendo e eu não queria mentir pro meu melhor amigo, então perguntei se podia ir em sua casa depois da aula para conversarmos. Ele consentiu e ficamos de boa. Então agora eu havia ganhado um tempo para planejar como contaria pra alguém que eu era bissexual, tarado em pé e que recentemente havia me envolvido em situações estranhamente eróticas com pessoas próximas. Bom, que Deus me ajude!

Indo pra casa de Fred, fomos andando, conversando e trocando a maior ideia sobre coisas aleatórias. Foi aí que percebi que eu realmente confiava nele e adorava esse jeito bobão e zoador, então não podia não contar pra ele sobre as paradas. Enquanto ele falava eu fiquei em silêncio só rindo e observando-o falar. Por alguns momentos fiquei o analisando melhor. Por ser meu amigo eu não sentia atração por ele. Mas isso não o impedia de ser um loirinho bonito. Magro, da mesma altura que eu e por também participar de atividades esportivas tinha um corpo bem durinho e uma risada bem gostosa e contagiante. Porra, "Para de tarar seu amigo Felipe haha" - Pensei.

Quando estávamos chegando na casa dele logo na entrada nos esbarramos com Logan Guimarães , irmão mais velho de Fred. Ele tinha lá seus 25 anos, 1,85 de altura, magro e uma beleza bem peculiar. Era daqueles caras que ao mesmo tempo que parecia estranho também era bonito sabe?! Até onde o conhecia ele sempre foi todo zoador, vivia tirando sarro de geral, bebia, fumava, e tinha o ar "playboy", bancado pelos pais. Resumindo, o famoso estereótipo de macho escroto que se acha foda porque tem dinheiro. Eu não tinha muito contato com ele mas quando trombávamos por conta de nossas famílias serem amigas e eu amigo de Fred também, ele até que me tratava bem, tanto que uma vez até disse que eu seria um bom amigo pra arrumar uma mina pro irmão dele perder o cabaço.

Ele apareceu na porta com seu outfit desleixado. Camiseta, bermuda e um chinelo de couro. Admito que tive que me segurar pra não encarar os pés dele ali logo de cara, mas que pelo pouco que eu lembrava de ter visto eram enormes.

- Olha quem tá na área, Felipão, tu sumiu meu chapa! - Disse Logan.

- Pois é cara, escola apertou e os treinos ficaram puxados, mas tô de volta.

- Massa mano, aparece ai depois pra gente tomar uma juntos, bater um play demorou?! E Fredorendo a louça tá na pia pra tu lavar, vou dar uma saída, valeu.

FETICHEWhere stories live. Discover now