• 𝐏𝐚𝐫𝐭𝐞 𝐈𝐕 •

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O tempo resolveu parar naquele instante e nem mesmo a brisa fresca que invadia o castelo resolveu fazê-lo novamente

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O tempo resolveu parar naquele instante e nem mesmo a brisa fresca que invadia o castelo resolveu fazê-lo novamente.
 
Brilhantina agarrou a mão da bruxa.
 
Flora engoliu em seco, compreendendo que o tiro saiu pela retaguarda. Ela deveria resolver o problema anterior e não provocar mais um. O rei aparentou não se atentar que a menina era tão nova quanto o seu filho, que ainda tinha idade imatura para passar por tal julgamento.
 
O príncipe se pôs na frente dela. Indicando que não permitiria que isso fosse tão longe.
 
— Vossa Majestade, seria mais eficaz acolhê-la ao invés de ostracizá-la. — O príncipe tentou mudar a opinião de seu pai. —Deve considerar que nossas masmorras não são adequadas, magicamente falando, para atender às necessidades de uma bruxa que pode destruí-la em um estalar de dedos.
 
O rei desdenhou em um erguer desleixado de mãos.
 
— Não me venha com essa também, Ramisset! Se ela não consegue ler é porque não é bruxa e se não é bruxa não pode fazer magia alguma. — constatou com indiferença, diferente do rei receptivo de outrora. — Prendam-na imediatamente!
 
“É uma pena não aproveitar mais da festa” — Flora pensou.

Um guarda segurava Brilhantina e outro já seguia em sua direção. O príncipe ainda estava ali, enfrentando o rei, embora o seu poder fosse mínimo comparado ao monarca.
 
— Precisa ir, Flora do clã das bruxas. Precisa voltar para o seu mundo. — disse, o garoto, em posição de defesa.
 
Flora encarou Brilhantina, a garota se via tão aflita que tremia.
 
— É hora de nos tirar daqui Brilhantina e nos levar para casa! — A sua voz soara suplicante.
 
Entretanto, a varinha encantada se via tão perdida quanto ela. Os seus poderes se dissiparam demasiadamente, ao ponto que nada fugia de seus dedos. Ela havia tentado desde que chegaram naquela terra no qual a magia feita — oriunda do poder de Olga — parecia inexistente.
 
— Não consigo voltar sozinha. Sinto muito, meus poderes enfraqueceram nessa dimensão.
 
Mais guardas se achegaram. Um deles tentou seguir adiante, mas o príncipe desembainhou a espada pronto para defender Flora da prisão certa.

Magno encarava o filho com indignação.
 
— Não sei fazer feitiços e não tenho a pedra elementar. Como vamos sair dessa?
 
Lágrimas já brotavam nos olhos da garota, sentindo-se uma inútil. Se houvesse escutado a sua mãe, saberia um feitiço de retorno ou já havia conseguido o seu colar, assim como Laly.
 
Brilhantina, em um rompante de adrenalina, deu um chute no sentinela que lhe agarrava e correu em direção da bruxa segurando a mão dela e Isca saiu de seu esconderijo, cruzando as suas asas ao redor do pescoço de sua dona.
 
— Você é uma bruxa e sempre será. Use o que há dentro de você. Crie a sua própria magia original.
 
 Flora pensou em sua casa, no cheiro de incensos florais e temperos que sempre era presente em seu lar. O lugar em que se sentia segura e bem. O lugar onde poderia ser livre e as suas roupas, macias e confortáveis, não eram julgadas como trapos velhos — embora fossem. A garota fechou os olhos como quem faria uma prece e despejou as palavras que vira várias vezes em seus livros de magia.
 
Regrécius en elágri ensoneres
 
A sua voz rompera o ar feito uma tempestade, e uma ventania feroz revoara tudo ao redor. Somente ela e Brilhantina prosseguiram de pé, os convidados se abaixaram para evitar que os utensílios que flutuavam os machucassem em um impacto indesejado.
 
Com a necessidade e chamado, a ligação entre ela e a sua bruxa interior havia sido selada; formando a magia original, tão pura quanto incontrolável.
 
O poder cantava em suas veias, uma melodia feroz e faminta.
 
O rei Magno e todos os presentes puderam comprovar que de fato Flora era a bruxa que tanto falava e o pesar invadira o seu olhar. O príncipe tocara Flora uma última vez antes da partida. Um lamento, pois adoraria conhecê-la longe de toda a confusão que se tornara aquele festejo.
 
A sensação de criar o seu próprio feitiço fora mágico e a menina nem ao menos recordou de como odiava e desprezava ser uma bruxa. Ela se sentia forte e corajosa, no entanto precisava domar a energia que fluía em si.

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⏰ Dernière mise à jour : Jun 29, 2021 ⏰

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Era uma vez, uma bruxa (ANTOLOGIA)Où les histoires vivent. Découvrez maintenant