Capítulo XXIII - A Prova

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Quando cheguei a casa do Fabian... Entrei silenciosamente e fiquei sentada no sofá. Meu Deus, que dia longo... que noite longa. Aii, a minha cabeça.
Fiquei lá sentada por algum tempo até subir e ver que a luz do meu quarto estava acesa e a porta entreaberta. Entrei e encontrei o Fabian sentado na cama.
- Crystal? - disse ele ao ver-me. - Ainda bem que chegaste. - o desespero na sua voz era evidente.
- O que aconteceu?
Ele andou a passos largos até mim e sem me deixar ao menos respirar, beija-me.
- Por favor, diz que já pensaste e que vais ficar comigo, eu não consigo dormir e tu és a culpada. Crystal tu não sais da minha cabeça, eu realmente não entendo o que estou a sentir mas é desesperante. - disse ele com cada uma das suas mãos em cada lado do meu rosto.
Tudo bem, eu preciso me acalmar. Respirando fundo, e convocando toda a coragem do meu corpo eu disse:

- Fabian escuta, eu posso ser toda tua, desde que tu me prometas que não me vais deixar... - aquilo era verdade, mesmo que eu tivesse bebido um pouco, mas o meu sentimento nunca mudou.
O seu rosto mudou totalmente, os seus olhos acenderam-se e um sorriso de gratificação apareceu no seu rosto. Ele beijo-me mais uma vez, mas agora algo mudou... O beijo não foi desesperado, foi lento, calmo e apaixonado.
- Eu prometo, posso dormir contigo hoje? - disse ele com a testa encostada na minha.
Eu dei um sorriso largo e abracei-o.
- Claro, vamos dormir, então.
Ele conduzio-me até á minha cama e fez-me sentar, ele sentou-se ao meu lado e tomou o meu rosto nas suas mãos.
- Eu gosto muito de ti, meu amor.
Eu dei um sorriso e mordi o lábio.
- Eu também gosto muito de ti, Fabs.
Ele beijou a minha testa e levantou-se. Vesti-mos os pijamas e fomos-nos logo deitar. Eu estava a olhar para ele quando ele se inclinou e mordeu o meu ombro.
- Parece que temos algumas coisas que deveríamos resolver. - disse ele num tom malicioso.
- O quê? - perguntei fazendo-me de desentendida.
- Questões que podemos resolver aqui mesmo, eu só preciso saber de se queres...
- Se for algo que me faça 'feliz' por mim tudo bem.
Ele pareceu surpreso, mas de seguida já estava por cima de mim a beijar-me como nunca. As suas mãos passearam sobre meu corpo até chegar á minha roupa interior, onde deslizou a mão para dentro dela até alcançar o meu clitóris e me penetrar com os dedos.
- Estás tão húmida. - disse ele fazendo movimentos circulares com os dedos.
- Eu preciso de ti dentro de mim. - disse eu ofegante.
Ele sorriu, saiu de cima de mim e rapidamente tirou as suas roupas. De seguida arrancou as minhas, quase rasgando-as e num milésimo de segundo ele já me penetrára. Ele soltou um gemido quando estava profundamente dentro de mim.
- Deixas-me totalmente maluco. - disse ele.
Ele começou a flexionar os quadris, os seus movimentos foram de suaves para duros e rápidos. Quando eu senti que estava quase lá, eu soltei um gemido alto que foi quase estridente.

- Espera por mim, minha flor, por favor.
Eu arfei e controci-me, mas decidi esperá-lo. As suas penetrações aumentaram de intensidade e eu achei que iria explodir se não atingisse o meu clímax. Eu agarrei os lençóis debaixo de mim e arqueei-me sobre o colchão.
- Ai merda, estou quase. - disse ele mudando de posição e ejaculando dentro de mim.
Eu liberei o meu orgasmo, que foi mais intenso do que eu esperava, o meu corpo todo tremeu e todo o meu vigor explodiu bem entre as minhas pernas. Ainda ofegante e um pouco suado, Fabian encostou a sua testa na minha, os seus olhos estavam fechados e o seu coração com um bater forte.
- Eu, nunca te vou deixar ir embora. - ele disse ao abrir os olhos.
Quando nossas respirações se acalmaram, ele saiu de dentro de mim e logo depois vestimos as nossas roupas e nos deitámos.
- A gente fez isto sem preservativo. - lembrou ele.
- Eu sei. - sussurrei.
- Amanhã vamos á farmácia. - ordenou ele.
Eu concordei e ajeitei-me nos seus braços. Adormeci logo, aquele orgasmo tinha-me deixado totalmente exausta. Eu mal podia acreditar que aquilo tudo tinha sido real, pareceu um sonho.
No outro dia, quando eu acordei, Fabian já não estava na cama. Presumi que aquilo tudo tinha sido realmente um sonho, mas foi um sonho tão real que a dor entre a minhas pernas me deixou confusa. Levantei-me e esperguicei-me, andei até á casa de banho e lá estava ele, seminu e no meu lavabo.
- Bom dia, 'mor. - disse ele dando-me um beijo suave nos lábios.
- Bom dia. - eu disse dando um sorriso tímido. - Estás a fazer o quê?
- Bem, eu estava-me a preparar para um banho.
- Há espaço para mais alguém? - perguntei.
- Se esse "alguém" fores tu, sim.
- Então vamos.
Tomámos o banho mais demorado do planeta e quando infelizmente saímos, descemos e tomámos o pequeno almoço juntos. Quando terminámos de comer eu ajudei-o a lavar a louça e a guardar a mesma.
- Queres saber uma coisa? - disse ele ao guardar o ultimo prato. - Eu gostava mesmo de sair contigo hoje. - completou.
Ele encostou-se á bancanda e ficou a olhar para mim.
- Podiamos ir dar uma volta. - eu disse encolhendo os ombros.
- Tudo bem. - disse ele de uma forma misteriosa. - Espera aqui. - disse ele ao sair da cozinha.
Ele demorou algum tempo e quando voltou, estava a segurar um pequeno saco na mão. Fiquei curiosa. Ele deu um sorriso e aproximou-se de mim.
- Para ti. - disse ele entregando-me o saquinho.
Peguei nele e abri-o lentamente, fiquei chocada quando o abri totalmente. Oh Meu Deus! Era um colar lindo! Olhei para a pequena pedra pendurada sobre aquele cordão que mais parecia ser de ouro.
- Ai meu Deus. - disse eu olhando para o presente e para o Fabian. - Isto é lindo.
- Gostas?
Eu abracei-o.
- Sim! Mas não posso aceitar. - eu disse.
- Mas, por quê? É uma prova de amor de mim para ti, por favor linda, fica com ele.

Olhos De CristalWhere stories live. Discover now