cap 11

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Eu e o maior, ficamos nos encarando por um tempo. Ambos se analisando, tomando estratégias e quais medidas tomar para poderem se derrubar. O filho da mãe me conhece, da para notar. Está ciente que não sou fraca, por isso não atacou ainda. Normalmente, eles sempre me atacam primeiro nas brigas. Motivos: 1 sou mulher. 2 Não sou tão alta, e não tenho músculos tão aparentes assim. 3 Já disse que sou mulher?

Eu nunca ataco primeiro, então apenas esperei ele se cansar. E então, ele cansou. Vindo pra cima, quebrando os poucos centímetros que estávamos um do outro. Desvio para direita de seu soco cruzado ao meu, acertando sua mandíbula. Porém, esse golpe não fez tanto impacto, como o esperado. Ele tem resistência.

— Nada mal, pirralha. Pra uma garotinha, você até soca bem - ele diz passando a mão de leve na região.

— Pois é.

Tomo impulso para chuta-lo, o mesmo defende com o antebraço. Seu soco acerta minha costela. Vou para o lado, puta impacto do caralho. Ponho a mão na região, puxo o ar com força.

— Nada mal também. Vamos ver até onde cada um aguenta, morô? Quem ficar vivo por último, ganha. Topa? - dou um sorriso.

— Vai ser prazeroso esmagar cada ossinho do seu corpo - ele sorri afrouxando sua roupa de gangue.

Iríamos nos atacar, ele vinha pra cima de mim. Mas eu sinto uma mão pesar sobre o meu ombro. Por reflexo, empurro a mão e a pessoa, mas vejo que é Draken.

— O que tá fazendo aqui? - o pergunto. 

— Relaxa garota, parece que viu o satanás - Draken para ao meu lado com as mãos no bolso. — Oe, seus merdas. Eu sou o  vice-comandante da Gang Manji de Tokyo, e vocês estão encurralando um membro da Toman. Sabe o que isso significa? - ele grita com raiva. — Estão provocando a Toman inteira! Se mexerem com um de nós, todos irão atrás para cobrar. Metam o pé daqui antes que seja tarde, inúteis.

— Draken, não precisa disso. Eu-

— Ouviram?! - ele grita, me interrompendo.

— A gangue toda, é? - o cara mais velho sorri, se retirando aos poucos. — Até breve, "Toman".

Eles saiem do lugar. Me sento com a mão na costela, ainda estou sentindo falta de ar, bem leve. Fora o meu braço que está ardendo pela ferida.

— Como você está, dy-chin? Quer ir ao médico? - Draken me olha por cima.

— Que médico o que, tá doidão? Essa porra não foi nada, fora que se a minha mãe me ver assim, come o meu cu com farofa - o loiro ri com a minha fala.

— Mas você é durona demais hein - ele brinca.

— E qual é dessa de vice-comandante? Tá de boa?

— É. Eu e Mikey nos entendemos de novo, graças ao Takemichi pra ser sincero... - ele coça a nuca. — Inclusive estava com eles quase agora.

— Fico feliz, Draken. De verdade - me levanto para ir embora. — Mas não precisava se intrometer, eu real dava conta.

— Talvez até desse, mas o que isso importa? Eu deveria simplesmente ir embora e ignorar?

— Sim, talvez deveria - o olho com o olhar cerrado.

— Para com isso, já deu, ok? Você não precisa resolver tudo sozinha, não precisa querer proteger todo mundo. Porra, descansa um pouco velho.

— Você não sabe de nada, Draken. Não sabe o que penso ou que faço. É apenas um flerte.

— O que? Eu não sei sobre você? Qualé - ele ri sem graça. — Nós nos conhecemos desde a infância, porra, não fode. Para mim, você é minha irmã mano, não fala um caralho desse. Eu posso não ter o mesmo sangue que o teu, mas eu te daria o meu se precisasse. Só não fode falando uma porra dessa.

ʟᴏᴠᴇʀs - ʙᴀᴊɪ ᴋᴇɪsᴜᴋᴇOnde histórias criam vida. Descubra agora