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BILL SKARSGARD.


RESPIRO FUNDO ENQUANTO olhava para Arabella me desenhando, eu me encontrava o mais parado possível na mesa do café qual sempre nos encontrávamos. Ele era do outro lado da rua da faculdade e ao lado da livraria de Harvard, o que tornava-o um excelente point para nossos pequenos encontros como esse. Doou um gole no meu café e sinto um chute no meu pé.

"Filha da puta, não se mexe." Fala grossa mas sem tirar os olhos do papel. "E nem pense em me responder ou eu vou jogar esse café na sua cara." Levanto meus braços em sinal de rendimento e ela chuta mais uma vez. "Mandei ficar parado, Skarsgard."

Seguro o riso enquanto admirava-a, ela já estava acabando o seu trabalho que havia demorado por volta de uma hora para fazer, no começo era difícil mas agora já estava sendo mais tolerável ficar parado analisando-a. Me questionava se a ideia de ficarmos juntos já havia se passado pela sua mente em algum momento desde que nos aproximamos, se ela já havia superado Hamilton ou apenas fingia que
sim, eu queria tê-la para mim e nunca mais deixá-la ir.

Eu planejava todos os dias a nossa vida antes de dormir, me sentia como um adolescente idiota que sonhava com a possibilidade de se apaixonar. Se eu soubesse que me apaixonaria por uma freshman algum dia, teria evitado dormir com tantas. A garota desvia a concentração do papel e leva para mim, com um leve sorriso.

"Eu acabei." Fala sorridente e eu acabo por sorrir junto. "Quer ficar?"

"Eu adoraria." Respondo enquanto a garota me entrega seu desenho, seu talento era inegável e aquilo me encantava, a garota era uma artista natural. "Posso te perguntar alguma coisa?"

"Claro que pode." Responde óbvia dando um gole em seu capuccino.

"Você escreve roteiros?" Suas bochechas coram assim que acabo minha pergunta, ela abre a fecha a boca algumas vezes gaguejando e fitando o chão.

"Digamos que eu tenha alguns esboços escritos, por quê?"

"Eu gostaria de ler algum." Ela ri irônica de mim por exatos cinco segundos, depois fechando o rosto.

"Nunca."

"Por que não?"

"Porque não." Responde simples e eu reviro os olhos. "Você iria rir da minha cara."

"Claro que eu não faria isso, idiota, no máximo eu vou fingir que gostei." Ela revira os olhos e suas mãos tocam as minhas.

"Ok, promete que não vai rir porque parece uma fanfic de menina de doze anos?"

"Fala logo, Arabella."

"Um cara leu quando era criança que so se tem um grande amor na vida, e mesmo que não seja com essa certa pessoa, se você não se casar antes dos quarenta anos, você simplesmente fica sozinho pelo resto da vida e isso meio que traumatizou ele, ele cresce e vira ator, quando ele chega aos quarenta anos, ele nota que só se apaixonou uma vez na vida e não se casou ainda, então ele começa a ficar paranoico e com muito medo de ficar sozinho." Da um pequeno suspiro. "É bem bestinha mas eu sei lá, talvez se torne um bom
filme triste."

"Eu assistiria."

"Você tá mentindo, não ta?" Pergunta rindo.

"Não mas eu assistiria em segredo porque é muito dramático." Revira os olhos e da um chute no meu pé pela terceira vez em menos de uma hora. "Você pode parar de me agredir?"

"Pensarei no seu caso, Skarsgard."

𝐅𝐔𝐂𝐊𝐁𝐎𝐘, bill skarsgårdWhere stories live. Discover now