Capítulo 11

980 72 3
                                    

_Iremos pra minha casa, tudo bem? - Ele perguntou.

_Pode ser. - Eu disse com a voz fraca, porquê apesar de tudo, os cortes feitos pelos arames estavam acabando comigo.

_Provavelmente Clark estará lá. E quanto aos ferimentos, minha mãe dará um jeito. - Disse rouco.

_Não lembro de você ter falado que ela era enfermeira.. - Eu não estava sendo grossa, mas ele realmente não tinha falado.

_Não é, minha mãe é uma bruxa...

_Nem vem, nenhuma bruxa toca em mim. - Eu disse.

_Mas olhe seus cortes, fique tranquila, não deixarei que ninguém faça mal a você. - Por mais medo que eu tinha de chegar perto de uma bruxa novamente, eu acreditava nele, sua voz me fazia me sentir segura e acolhida, assim como a voz de Matt.

Não demorou muito para chegarmos até sua casa. Ao sair do carro, olhei pra minha casa, perguntando-me se meus pais estavam. Fechei a porta do carro, e segui Kile, quando entramos, notei que sua casa era muito bonita e moderna, enquanto a de Matt, tudo parecia ser antigo, de outra época, mas ambas eram muito bonitas. Fomos até o que parecia uma biblioteca, Matt, Allyson e Luka estavam conversando, talvez passando um sermão. Quando Matt viu meu estado, veio até mim o mais rápido do que eu jamais pensaria em correr, eu queria abraça-lo, mas doeria mais, e ele sabia disso.

_Oquê...? - Ele não consiguia falar.

_A bruxa, fez isso, queria mata-lá. Mãe, pode dar um jeito nos ferimentos. - Kile disse calmo.

_Claro que posso. - Ela levantou e foi até uma sala, voltou rápido trazendo um livro e uma caixa. - Fique parada, sera rápido.

Ela colocou um pote de madeira e colocou vários líquidos, falou algumas palavras, enquanto ela fazia isso, meu olhar foi para Luka, ele estava calmo, olhando para seu irmão, Kile olhava para ele como e fosse ataca-lo a qualquer momento. Olhei novamente para o pote, tinha um liquido azul, com algumas coisas flutuando nele, (parecia marshmallow),ela pegou uma esponja, molhou na sopa de de smurfs e começou a passar pelos cortes. Ao contrario do que pensei, não ardeu, mas preferi não olhar o que estava acontecendo com os cortes. Olhava Matt, sentado em minha frente, me olhando com aquele olhar preocupado, era como se já tivéssemos nos conhecido, eu confiava minha vida a ele sem pensar duas vezes.

Olhei para meus braços, eles já estavam quase totalmente sem cortes.

_Quando for tomar banho querida, se molhe com isso novamente. Assim se curara mais rápido.

_Tudo bem. - Levantei e tive passei a mão pelos cortes quase cicatrizados. - Eu não poderia tomar banho aqui? Estou cansada e não gostaria que meus pais me vissem esse estado. - Nem sei como eles reagiriam.

_Claro que sim. Venha comigo.

Allyson me levou até um quarto, que provavelmente era o de hóspedes. Ela disse que deixaria alguma roupa de pra mim, agradeci e ela saiu do quarto. Fui no banheiro, era gigante, com banheira e tudo, abri a gaveta que ela dissera que havia toalhas limpas. Liguei a torneira e esperei a banheira encher pouco a pouco. Quando a água bateu em um pouco mais da metade da banheira, coloquei a grande quantidade de sopa de smurf que Allyson me dera. Tirei minhas roupas e entrei na banheira. Não sei ao certo quanto tempo fiquei lá, mas sei que foi tempo o suficiente para me acalmar e relaxar. Quando sai do banheiro, havia um robe de seda azul marinho em cima da cama. O vesti e me olhei no espelho, ele batia um pouco abaixo da metade de minhas coxas. Me deitei e imediatamente me cobri, não estava tão frio, mas, assim como crianças, eu me sentia mais protegida coberta pelo edredom. Pensei que dormiria e esqueceria um pouco de tudo, mesmo que por pouco tempo. Apenas "pensei". Quando eu fechei olhos, ouvi batidas na porta. Falei um " entre " baixinho. Quando abriram a porta, a cabeça de Matt apareceu.

_Posso entrar?

_Claro. - Ele entrou, pegou a cadeira perto da cama, e se sentou.

_Eu sei que você tem várias perguntas e...

_Matthew, por que eu serei a destruição de espécies como vocês?

_Bem direta você. - Apenas o observei. - Vou contar-lhe uma historia de uma mulher. A muito tempo atrás, onde nós, criaturas misticas vivíamos tranquilamente, sem medo doa humanos, pois eles já haviam se acostumado com nossa presença e os que não haviam se acostumados, eram queimados vivos. Esse mundo era governados pelas irmãs Terenty, eram duas garotas, uma representava os humanos, chamada Lais, e outra bos representava, chamada Ana. Como Lais, representava os humanos, mesmo sendo a irmã mais velha, não tinha tanto poder quanto Ana. E isso, fez com que as duas se separassem. De uma lado da fronteira feita de espinhos, havia os humanos e do outro as criaturas mágicas. Os dois mundos viviam separados, mas viviam em paz. Mas mesmo com isso, Lais sabia que a qualquer momento, se Ana quisesse ataca-la, sua derrota já estaria destinada. Então, foi até a fronteira encontrar sua irmã mais nova, fingindo querer juntar os dois mundos novamente.
Então, depois de terem conversado, Lais disse para fazerem um brinde com vinho para selar sua união. Deu a taça para Ana, mas na verdade, dentro da taça, havia uma poção que tornava Ana mortal. Após Ana ter bebido todo o líquido, Lais a golpeou com uma adaga, matando sua irmã. Lais desfez a fortaleza que separava os dois mundos. E ai, começou a matança, ela matou todas as criaturas que se recusavam respeitar seu reinado, ou seja quase todas. As que sobraram, fingiam ser humanos para não serem mortos. E isso segue até hoje.

_Isso é uma historia verdadeira? Quer dizer, Lais e Ana realmente existiram?

_Sim. - Ele disse calmo.

_Mas o que isso tem haver comigo? - Não conseguia entender isso.

_Letícia, você é a reencarnação de Ana.


Entre lobos e vampiros....EuWhere stories live. Discover now