Capítulo 14 - Propalar

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Notas Iniciais

Olá meu povo lindo, estou me perguntando se alguem ainda ler essa historia?

Sei que estou sumida, mas tenho uma boa razão para isso: estou tentando escrever todos os capítulos dessa historia para me dedicar exclusivamente a Habitar, pois o plot dela aumentou significantemente.  Por isso peço que não desistam de mim

Bom, vou para de enrolar. Boa leitura pessoal

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Foram duas semanas de muita conversa com o dr Strange, Bucky e companhia, além de varias lágrimas derramadas, para finalmente Tony concordar em voltar para à escola, mas mesmo antes de sair de casa, ele já tinha se arrependido de ter concordado em ir.

Parado na frente do prédio antigo de Midtown High School, o jovem Stark tentava dar mais um passo na direção dos portões de entrada, mas suas pernas estavam travadas, seu coração batia sem controle no peito, o medo o fazia tremer, nem mesmo a companhia dos amigos, que o cercavam como uma barreira protetora, estava conseguindo ajudar.

– Tony? – Os olhos castanhos do herdeiro Stark brilhavam devido às lágrimas presas, voltou-se para Bucky. – Estamos quase lá, só mais alguns passos, amigo.

– Vai ficar tudo bem, Tonki – Natasha falou gentilmente, apertando sua mão.

Steve se encontrava três passos atrás, observando a interação do trio e sentindo seu peito sendo rasgado de dentro para fora. Era nítido o medo e o desespero no rosto de Tony, e o quanto isso afetava os outros ao redor dele. Ele não fazia ideia do que tinha acontecido, mas tinha absoluta certeza que seu amado não merecia. Secretamente, ele desejou ter o velho Tony de volta, sentia saudade dos sorrisos largos, dos olhos cheios de vida, dos comentários atrevidos e petulantes. Doía vê-lo tão assustado, se retraindo quando alguém se aproximava. Queria poder envolvê-lo em seus braços, protegê-lo do mundo, tirar toda sua dor e devolver o brilho rebelde para os belos orbes castanhos.

Rogers desviou os olhos, se recriminando por ter esse tipo de pensamento, afinal, Tony era o culpado de sua vida ter virado uma completa bagunça, entretanto, por mais que repetisse isso para si mesmo, não conseguia mais se importar ou acreditar nesse fato.

– Steve? – a voz de Bucky o tirou de seu momento de autocrítica. Ao olhar para frente, notou que era alvo da atenção dos amigos. – Segura a mão do Tony, ele precisa de sua ajuda.

A vontade de Rogers era de dizer não, mesmo que depois todos o recriminassem por isso, mas ao encarar o herdeiro Stark, pode notar os orbes castanhos avermelhados inchados, e um pedido mudo de desculpa misturado a uma suplica silenciosa para que aceitasse.

Era assustador como as emoções de Tony estavam à mostra e ele parecia que iria desmoronar a qualquer momento. Rogers não conseguia resistir à vontade de ajudar. Ele não queria, mas não conseguia ser indiferente, por isso, estendeu a mão como lhe foi solicitado.

O herdeiro Stark encarou a mão estendida, Steve sentindo seu coração esmurrar sua caixa torácica, sem conseguir acreditar no que o outro realmente estava fazendo. Notando a inercia de Tony, Bucky desfez o aberto de ferro que ele estava aplicando em seu braço, depois guiou sua mão até a do melhor amigo, que entrelaçou seus dedos, tomando o lugar de Barnes ao lado do mais novo. Rogers sorriu gentil e começou a andar na direção da escola, puxando levemente Tony, os outros acompanharam a dupla de perto.

Eram apenas alguns metros que precisavam ser vencidos, mas para o jovem Stark pareciam quilômetros, o ar estava rarefeito, suas pernas pesavam e nem mesmo com Steve a seu lado, não estava sendo fácil atravessar a rua.

Mil Pedaços de VidroWhere stories live. Discover now