Conectadas

1.4K 96 1
                                    


Valentina.

Já haviam se passado algumas semanas e tudo estava indo muito bem. O médico pediu uma bateria de exames para Sophie e graças a Deus tudo correu bem, Sophie estava completamente saudável. Santiago estava bem acomodado em seu novo quarto na casa, Juliana contratou uma enfermeira para cuidar dele e monitorar seu progresso. Era bom tê-lo aqui conosco e Sophie gostou muito dele. Agora que tudo estava calmo, era hora de se concentrar em Sophie.

O alarme soou e Juliana gemeu. Abri meus olhos e sorri enquanto acariciava sua bochecha.

–Por que esse gemido? _perguntei enquanto me aproximava e o desligava.

–O som desse alarme me incomoda e eu ainda estou cansada.

Ela beijou minha cabeça.

–Você deveria estar cheia de energia depois do que fizemos ontem à noite.

–É exatamente por isso que estou cansada.

–Não se esqueça que a psicóloga estará aqui hoje por volta do meio-dia para ver a Sophie. Você pode estar aqui?

–Claro, estarei aqui.

Eu sorri enquanto beijava seus lábios e entrava no banheiro. Tomamos banho juntas, nos vestimos e, quando entrei no quarto de Sophie, ela não estava lá. Desci as escadas até a cozinha e me servi de uma xícara de café.

–Bom dia, Clara. Onde está Sophie?

–Bom dia, Valentina. Ela foi ao quarto de Santiago.

–Imaginei, espero que não o tenha acordado.

Tomei meu café e fui até o quarto de Santy. Parei na porta e encontrei Sophie sentada ao lado dele, ela estava lendo para ele.

–Bom Dia. Você não acordou o Santy, não é, Soph?

–Não. Ele já estava acordado quando entrei aqui.

–Por que você não se prepara para o café da manhã enquanto eu trago o de Santy também?

–Ta bom. ­_ela sorriu ao se levantar da cama e sair do quarto.

–Ela é uma ótima garota, Valentina. Eu não posso acreditar o quão inteligente ela é. Ela estava lendo um livro sobre Van Gough, isso não é normal para uma criança de cinco anos

Eu ri.

–Eu acho que Sophie é um pequeno gênio. Hoje vem uma psicóloga aqui em casa para avaliá-la.

–Droga. Eu queria ser inteligente assim.

–Se ela estiver incomodando você, posso falar com ela. _falei enquanto o ajudava sentar em sua cadeira de rodas.

–Não, ela não me incomoda nem um pouco. Gosto da companhia. Às vezes, sinto que estou falando com um adulto.

Ele deu uma risadinha.

–Esse é o problema. Ela pode se relacionar melhor com adultos do que com outras crianças.

–Talvez por ela ser tão inteligente, ela possa precisar estar com outras crianças que estão no mesmo nível que ela. Ela pode achar que crianças normais são chatas.

Eu dei a ele um olhar perplexo.

–Não havia pensado nisso. Este é um bom ponto.

****

–Olá, sou a Dra. Pettifeur.

–Entre, Dra. Pettifeur. Eu sou Valentina Carvajal.

–Você pode me chamar de Elizabeth. Eu odeio formalidades.

Chegaste Para Ficar G!PWhere stories live. Discover now