Capítulo 17

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*Alejandro Javier*

O quão doloroso pode ser perder alguém?

Até que nível a dor alucinante e dilacerante pode chegar?

Eu sinceramente não sei.

Entrei para o banheiro e fui direto para baixo do chuveiro.

A água fria entrou em contato com meu corpo efervescente.

Encostei minha testa da parede, sufocando um grito de dor que veio de dentro da minha alma.

Quando sai do banheiro, Maitê já havia pegado no sono. Passei por ela e vesti uma roupa para correr.

Saí discretamente do quarto e fui correndo até a praia. Meus pulmões protestavam, queimavam com todo o esforço. Mas eu não parei. Não podia parar, se não eu tinha a certeza que ia desmoronar.

*Maitê Sánchez*

Acordei sozinha na cama, como já era esperado. Nem me dei o trabalho de chamar por Alejandro, pois sabia que ele não estava.

Quando ele estava no mesmo lugar que eu, o ar ficava energizado. Ficava quente como o inferno. Mas agora estava frio. Sentia falta do calor do seu corpo.

Deus... Eu não podia continuar aqui dentro.

Vesti as roupas do dia anterior e segui para meu quarto.

Soltei um suspiro cansado e entrei para o banheiro. Precisava de uma ducha de água fria.

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-Oi. –Escutei a voz do meu chefe atrás de mim.

Eram 17:00 PM. Eu estava na piscina interna, a água aquecida banhando meu corpo. O lugar estava vazio, a não ser por nós dois.

-Desculpe... Não devia ter me intrometido. –Falei baixinho sem me virar para ele.

Escutei o barulho de seu corpo entrando na água, mas não me atrevi olhá-lo.

Sua mão foi para meu queixo, obrigando-me á encará-lo.

Seu olhar estava terno... Compassivo.

-Não tem por que se desculpar. Você não fez nada de errado, eu não deveria ter saído daquele jeito. –Falou olhando em meus olhos.

-Você tem todo o direito de ficar bravo. É a sua vida, e ela não diz respeito á mim.

Seus lábios encostaram-se aos meus, em um beijo carinhoso.

-Não se preocupe mi amor. –Falou baixinho. –Vamos esquecer esse assunto por enquanto.

Assenti.

Seu corpo se encostou ao meu, em um abraço apertado.

Foi aí que percebi que ele estava vestido. Uma bermuda preta e uma camiseta azul, que molhada, moldava seus músculos... Seus bíceps estavam matadores.

Logo parei de pensar nisso. Não era o momento de ser uma tarada.

23 de Janeiro

Alejandro havia acabado de me deixar em casa. Assim que posamos em Madrid recebi a noticia que teria o resto desse dia e o dia seguinte de folga.

Tenho que ligar para Eva e Nayara e claro, para Daniel e contar sobre meu mais novo "romance" com o chefe.

Passei pela porta do apartamento e me joguei no sofá.

Peguei o celular e liguei para Nayara primeiro.

Ela já estava sabendo da mesma coisa que contei para Eva. Então não teria que contar desde o começo.

-Amiga, que saudades! Uma semana sem você não é fácil, quem vai ajudar Eva a me colocar para cima quando eu ter minhas desilusões amorosas? –Falou.

Eu ri.

-Depois de amanhã eu volto para o trabalho... Mas na real, acho que você poderia vir aqui em casa com a Eva.

-Óbvio que sim. Não precisava nem chamar, vou de qualquer jeito mesmo.

Abri um sorriso.

-Ótimo. Liga para Eva e avisa pra ela trazer umas cervejas? Vou pedir uma pizza. Tenho muita coisa para contar.

-ADORO! Me de 1 hora e nós aparecemos aí.

-Perfeito, vou esperar.

Desligamos e eu entrei para o banho.

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-O QUE? –Perguntaram em uníssono.

Eu contei tudo para elas. Menos a parte da tatuagem, é claro. Esse assunto é pessoal.

-Amiga, ta brincando com a nossa cara né? O CEO Alejandro Javier está namorando com você? Sério? Pensava que ele era super fechado e só namorava aquelas mulheres metidas e magrelas. –Nayara falou.

-Sinceramente, sempre são aquelas mulherzinhas sem sal... –Eva completou. –E para falar a verdade só conhecemos uma namorada, ou melhor noiva. A vaca da Paloma Martinez.

-Aquela puta vive com o nariz em pé. Euem. –Nayara revirou os olhos.

Eu ri.

-Bom já contei todas as novidades e vocês? O tem para me falar?

-Nayara está toda apaixonadinha. –Eva disse sorrindo.

-A menina que eu estou ficando é um amor. Somos 100% compatíveis... Acho que dessa vez vai dar certo. –Nay falou.

-Espero que sim. –Eu e Eva falamos.

Eu amava essas meninas...

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