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— Pegaram todas as coisas, né? — Elisa observava os filhos pegando as bolsas nas mãos

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— Pegaram todas as coisas, né? — Elisa observava os filhos pegando as bolsas nas mãos. O clima estava frio, então Thiago vestia um moletom laranja com mangas pretas e Douglas um moletom cinza apagado.

— Relaxa mãezinha, tá tudo certo. — Douglas de aproximou da mãe e deu um beijo em sua bochecha.

Enquanto isso, Thiago colocou seu boné preto virado para trás, fazendo com que alguns fios quase saltassem para fora do buraco.

— Filho não acho que permitam usar boné na escola. — Alertou.  

— Se reclamarem eu tiro. — Ele abraça sua mãe assim que ela abre os braços.

— Se cuidem. — Elisa diz quando Fabricio buzina da frente da casa, impaciente. A mãe estava nervosa, com medo de que os filhos não se encaixassem na nova escola. É claro que se culparia ainda mais pela mudança se algo de ruim acontecesse. 

O caminho até a escola seria silencioso se não fosse por Fabricio contando sobre sua época na nova escola. Douglas permaneceu o trajeto todo olhando para a tela do celular e Thiago observando a charmosa arquitetura da cidade.  Estava gostando de admirá-la, sentindo que talvez se mudar não foi tão ruim assim, já que a cidade servia de grandes inspirações para a sua arte.

Quando o carro parou em frente a escola, Douglas finalmente mudou sua atenção, observando os alunos.

— Depois me contem sobre as garotas. — Seu pai olhou para trás. Os dois sorriram e desceram do carro. 

Entraram portão adentro enquanto observavam os alunos em grupinho conversando

A escola era toda clara e tinha um corredor imenso cheio de portas para a sala.

Thiago, diferentemente de um minuto atrás, onde estava tenso e tímido, sentiu-se aliviado ao ver que ninguém dirigia o olhar a ele e ao irmão.

Ao encontrar uma porta escrito ''coordenação'' ele bateu-a e aguardou que alguém a abrisse.

— Olá. — Uma mulher com os cabelos cacheados abriu a porta e sorriu ao ver os dois parados.

— Oi, somos os alunos novos. — Disse rapidamente. Se o clima não estivesse frio, ele estaria pingando de suor e nem seria pelo calor.

— Ah, claro! Podem entrar. — A mulher abriu a porta de madeira branca, permitindo que os dois entrassem.

Depois de alguns documentos organizados, ela finalmente disse a série em que os dois estudariam, ligando em seguida para uma a inspetora, que apareceu três minutos após a ligação.

— Oi! Vamos conhecer a escola? — A velha senhora com os cabelos grisalhos presos em um coque e com uma saia longa apontou para fora da sala e levou os dois garotos. Conheceram a informática, depois o pátio, os banheiros, mas antes que terminassem a tour, alguns alunos que estavam jogando vôlei na quadra tiraram o seu foco.

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