Capítulo Quinze

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Tô acabada

Estamos em um ensaio pesado há 3 horas.

Kyle Hanagami não tem pena um pingo de pena em seu coração.

NÃO AGUENTO MAAAIS - gritou Noah.

– Vocês só vão sair daqui quando Krystian acertar esse passo - Kyle falou autoritário.

Krys está há meia hora tentando acertar um passo de The Eve (música nova). Toda vez que ele erra kyle manda a gente fazer flexões.

Estamos sofrendo.

ISSO! - gritei animada quando Krystian finalmente acertou.

– Certo, acabamos por hoje pessoal!

A comemoração de todos foi ouvida.

Baby, o que acha de vir aqui hoje?

Sorri com a mensagem dela.

Tá com saudade, é?

— Cala boca, é que não nos vemos há uma semana :(

— É, você tá com saudade!
— Chego ai em 1 hora. Até mais, Baby.

X

Naquele dia mama brigou legal comigo, mas tudo certo,  fui de novo no dia seguinte para a casa de Kylie, conversamos de tudo sobre a minha vida e a dela, só não falamos sobre nossos antigos relacionamentos.

#Flashback On

– Sua mãe é Heyoon, certo? - perguntou e eu concordei – Você é adotada legalmente? como?

Ela estava bem confusa, o que eu entendo, até eu ficaria.

É meio confuso mesmo. Conheci minha mãe quando tinha 7 anos, minha familia biologica era horrível, eles me maltratavam muito, a única pessoa que gostava de mim era meu pai, ele era um anjo, mas ele morreu quando eu tinha 4 anos, desde ai minha vida virou um inferno. Com apenas 4 anos eu comecei a viver um inferno, eles me batiam muito e me deixavam trancada em uma espécie de porão, até que um dia eu fugi, eles me odiavam tanto que nem se importaram em me procurar.

– Você era apenas uma criança, por que te odiavam tanto?

– Por causa do meu pai, ele tinha uma deficiência cognitiva, isso fazia dele a maior decepção da família, o que eu nunca entendi, eu era pequena mas ainda lembro dele, lembro de como ele era incrível e me amava mais que tudo. Minha mãe biológica nunca quis saber de mim, foi embora assim que me teve.

– Eu sinto muito, Baby, não precisa continuar se não quiser - ela falou carinhosa me dando um beijo na bochecha.

Fofa!

– Não, está tudo bem! Quando eu fugi, eu estava perdida, comecei a correr sem parar e acabei esbarrando em uma garota coreana, ela parecia triste mas me ajudou mesmo assim, perguntou de onde eu era e se eu estava com fome, eu não respondi nada, estava com medo, sentia medo de qualquer pessoa mas ela foi me conquistando aos poucos, me deu comida e abrigo escondido de seus pais. Os pais delas haviam descobrido há pouco tempo que ela era lésbica não aceitaram por ser uma família "reservada" a deixaram em Havana mas deixando tudo pago e mandando pensão todo mês por ela ser menor de idade e era assim que viviamos.

MTV Video Music Awards (Kylie/You)Where stories live. Discover now