Lenda

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Era mais uma férias de meio de ano que eu passava com a minha família no Brasil, mais precisamente em Juíz de Fora, lugar aonde morava toda a minha família materna e como sempre eu estava na casa da minha avó, eles tinham a brilhante ideia de juntar eu e o meu primo para brincarmos mas sempre acabava saindo uma briga nossa.

- Eu quero um amor bonito igual o da Bela e da Fera - suspirei sorrindo

- Ficou doida? - meu primo riu - O cara prende ela no castelo

- Mas ele descobre o amor verdadeiro - falei simples

- A Bela é uma boba - negou me olhando - Não, ela é burra demais

- A Bela é muito inteligente - falei me irritando - Ela não é nada burra, você que é burro

- A Bela nem existe, maluca - falou rindo

- Ela existe sim - falei firme - Não estraga a história

- Você é burra igual ela - debochou

- Seu idiota - gritei e pulei em cima dele, vi quando ele arregalou os olhos e comecei a bater nele

- Socorro - começou a gritar e agarrei o cabelo dele

- Luna, para com isso - escutei a voz da nossa avó e não demorou para ela tentar me puxar de cima dele porém eu grudei nos cabelos dele

- Me solta - gritou chorando

- Luna, para agora - minha avó falou alto e eu soltei ele - Não pode fazer isso - brigou e ajudou o Eduardo a se levantar do chão

- Ele me chamou de maluca e burra - falei chateada

- Não precisava disso - falou óbvia e eu bufei - E você não tem que falar coisas feias para ninguém

- Mas ela me bateu - falo em meio ao choro

- Os dois estão errados - falou e pelo tom eu entendi que ela não queria mais nenhum pio, ela entrou com o Eduardo e eu voltei a me sentar

- Que saco - resmunguei e voltei a pintar o desenho da Bela e da Fera, quando eu terminei de pintar a minha avó apareceu e se sentou no banco ao meu lado - Você está errada, Luna. Luna, você não pode bater nas pessoas - imitei a voz dela e fechei o meu livro de desenhos - Eu sei que a senhora vai falar tudo isso

- Você é muito esperta pra idade que tem - riu baixo - Mas se fosse um pouco mais saberia que a violência não leva a nada

- Ele me estressa - suspirei - Por que ele fala coisas que não sabe? É um idiota

- Luna - repreendeu - O que ele falou?

- Ah, ele disse que - comecei a sobre a nossa briga e quando eu terminei ela ficou me olhando - O que?

- Qual a sua fixação com essas coisas? - perguntou e apontou para o livro de desenhos

- Eu acho lindo o amor deles - falei simples - É tudo tão mágico e bonito, vó, eu quero arrumar um amor também

- Você só tem 9 anos - falou rindo - Tem muito o que viver ainda antes de pensar em amor, precisa pensar em se divertir e brincar

- Eu quero um amor - falei sorrindo - Ele precisa me amar igual mi papá ama a mi mamá e me tratar igual uma princesa igual o mi papá me trata

- Claro, ele tem que ter tudo isso - concordou - Mas você precisa entender que esse amor vai aparecer na hora certa e com certeza a hora certa não é agora aos 9 anos porque você é criança - falou séria e eu fiquei chateada - E principalmente entender que não tem que bater nas pessoas

- Tá bom - falei baixo - Vó, você acha que eu terei um amor?

- Claro que vai - falou óbvia - Sabia que todo mundo tem um amor?

- Mentira - falei rindo - A tia Dani não tem

- Eles só não se encontraram ainda - falou simples - Ainda não está na hora

- Como assim? - perguntei confusa

- Todo mundo ao nascer tem um fio ligado ao grande amor - contou e eu olhei curiosa pra ela - Nascemos com um fio vermelho no nosso mindinho e ele nos liga ao nosso grande amor - falou e eu olhei na hora buscando alguma coisa mas não tinha nada no meu dedo - É um fio invisível, pode se embolar, se esticar mas ele nunca irá arrebentar, em algum momento das suas vidas essas duas pessoas irão se encontrar

- Quem disse isso? - perguntei desconfiada

- Akai ito - falou simples - É uma lenda japonesa

- Ah, é mentira então - falei rindo - Mi mamá já me falou que lendas são histórias inventadas

- Mas essa é verdade - se levantou - Acredite, Luna, no tempo certo você irá encontrar o grande amor da sua vida

- Tá bom - falei sem acreditar e ela entrou

- Flashback Off -

- Luna sal del mundo lunar - escutei a voz da minha amiga e despertei das minhas lembranças - No que você estava pensando?

- Na minha avó - falei sorrindo e mexi no anel que eu usava, ele tampava a minha tatuagem, não a fiz por acreditar na história e sim pela minha vó que é louca nessa lenda

- Já até sei em que - falou olhando para o meu dedo e riu - Sabe de uma coisa? Eu acredito na sua avó

- Acredita? - perguntei incrédula - Por que?

- Por que eu acredito em destino - falou simples - E o que seria isso a não ser destino?

- Destino é apenas uma sucessão de fatos que podem ser explicados facilmente - falei simples

- Eu e o Heitor? Vai dizer que não é destino? - falou e eu revirei os olhos

- Dios mio, Alícia - falei rindo - O que tem de destino no encontro de vocês? Você vem aqui todos os dias e ele também, era questão de tempo até acabarem se encontrando e ficando juntos ou encontrarem outra pessoa

- Foi destino - falou firme - Ou akinator

- Akai ito - corrigi rindo

- Tanto faz, viu? Eu acho que é isso - falou dando de ombros

- Tudo bem - balancei a cabeça

- É impressão minha ou a cidade está cheia? Peguei um trânsito terrível - mudou de assunto e eu fechei o notebook

- Quem estava fora por conta da copa ou das férias voltou - falei pensativa

- Os ricos que viajaram para a Copa voltaram - falou e eu ri pela careta que ela fez - Queria ser rica ou ter um boy rico

- Certamente você não conseguirá isso casando com um professor e sendo professora - falei óbvia

- Certamente - concordou rindo

Akai Ito Where stories live. Discover now