fora de contexto

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DADDIES: ME23NO

LE_WY

Naquela noite, Haechan acordou sentindo muita fome e sede. Levantou da cama ainda um pouco grogue de sono. O Lee estava vestido com um grande moletom de Jeno e em seus pés tinham um par de pantufas de ursinho. Andava pelo corredor da casa enquanto coçava os olhos pequenos.

Donghyuck chegou à cozinha em passos curtos e lentos. Estava com sono, porém sua barriga não parava de roncar, desejos noturnos eram muito comuns desde que havia descoberto sobre os gêmeos. Era quase normal para Jeno ou Mark encontrar Lee Donghyuck às cinco da manhã na cozinha da casa, comendo biscoito de polvilho com cobertura de morango e um copo de chocolate quente.

O Lee mais novo preparou seis mistos para comer com Nescau gelado. No entanto, ele estava com tanto sono que acabou fazendo mais do que devia e não comeu nem a metade do lanche. O gestante suspirou baixinho e fez carinho na barriga.

— Yah, gula é pecado viu, filhotes? — sorri ao sentir um chute do lado direito de sua barriga — Entendi, eu que fiz muitos — ri baixinho e olha para o corredor encarando a escada — Será que eles querem um? — pergunta retoricamente para a barriga e sente o lado esquerdo mexer — Certo, entendi. Não vou perturbar eles.

Hyuck sorriu e se levantou para lavar o copo. Terminou de ajeitar tudo e guardou o lanche no microondas. Caminhou lentamente de volta para o próprio quarto, porém encarou o fim do corredor onde era o quarto de Mark e Jeno. Ouviu alguns ruídos, risadas baixas e alguém falando seu nome. O Lee franziu o cenho e caminhou até o local, pronto para saber o que tanto falavam sobre ele.

Donghyuck se aproximou da porta e encostou-se na madeira para escutar melhor. — "Donghyuck tem que entender que não aguentamos mais essa situação." — a voz de Jeno saiu abafada, mas mesmo assim Donghyuck sentiu seu coração quebrar com a frase, o loiro não conseguiu ouvir mais nada e tudo ao seu redor pareceu parar. Donghyuck sentiu as lágrimas grossas embaçar e sua visão enquanto ele se afastava da porta, sentiu seu corpo pesar e logo em seguida uma dor no estômago que o fez andar para trás se apoiando cegamente, o que acabou por fazer o Lee bater um mini armário do corredor ocasionando na queda de um livro pesado, que Mark havia deixado ali no dia anterior, ecoando um som alto pelo corredor.

O Lee apenas deixou o livro no chão e correu para o quarto se escondendo em meio aos seus lençóis enquanto as palavras de Jeno ainda estavam em sua cabeça. Donghyuck pensava no quanto ele devia atrapalhar os dois e agora estava confirmado, ele não era mais bem vindo e sim, um peso para eles.

Seu coração doía, porque de alguma maneira ele já estava iludido. Mas agora ele sabia que nunca seria possível, pois ele sempre seria um intruso na vida deles. E a única solução seria ir embora antes de ser expulso, eles nunca o quiseram lá mesmo. Jeno apenas o iludiu, falando que ele era especial, seu bem precioso. Eles nunca foram uma família, era tudo mentira de sua cabeça boba e apaixonada.

Donghyuck se levantou da cama lentamente ainda choroso, caminhou pelo quarto e com coragem ele abriu o guarda roupa retirando a mala média a colocando em cima da cama. E com toda tristeza e raiva que tinha de tudo aquilo, ele começou a arrumar suas malas. Donghyuck não iria apenas sair daquela casa. Construiria um lar apenas para ele e seus bebês.

Eles iriam embora da vida de Mark e Jeno.

[...]

Era seis e quarenta da manhã quando Mark Lee acordou com os pequenos raios solares em seus olhos. O Lee se espreguiçou de leve e sorriu após olhar um pouco para baixo e ver Jeno abraçado nele, com os braços em volta de sua cintura e o rosto apoiado em seu peitoral.

Daddies: me23noOnde histórias criam vida. Descubra agora