Capítulo 24_ gratidão

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A bruxa me encarava, agora seu medo sendo substituído aos poucos pela fúria

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A bruxa me encarava, agora seu medo sendo substituído aos poucos pela fúria.

-Tem noção de quantas pessoas do nosso clã morreram só para te esconder?- cuspiu, de forma brusca se debateu contra a cadeira.- Você e seu paizinho inútil.- isso foi a gota d'água pra mim.

Já tinha presenciado coisas demais por hoje, primeiro, um monte de demônios se prostam aos meus pés e depois, essa mulher derrama essa culpa sobre mim.

Mais cadáveres na minha conta? Não mesmo.

Sem me conter, parti aquelas cordas que prendiam seu pulso ao meio com um só golpe da minha adaga, minha mão foi ao seu pescoço e o aperto me fez sentir sua pulsação frenética. A levantei pelo pescoço, sentia todos os seus ossos sobre minha palma, com um movimento ela estaria morta.

O jeito que ela falou do meu pai... Ela não se arrependia de nada, era perceptível.

Se debateu, tentou falar ou respirar, implorar pela vida, nenhuma tentativa de magia funcionou contra mim. Mesmo com Dean Whinchester gritando comigo e com Sam tentando me acalmar ao meu lado, eu continuei a estender aquele corpo frágil no ar.

Só então, quando ela me encarou, pude ver que já tinha aceitado seu destino, quando ela me olhou nos olhos com tristeza e pesar, não por ela, mas por mim, que eu a joguei sobre a cama com brutalidade e me afastei. Não ouvia mais gritos, apenas Dean me encarando e Sam a socorrer a garota que buscava por ar.

-Aly...- começou, mas não continuou. Seu tom confuso e preocupado.

Tudo que eu precisava era que ele falasse que estava tudo bem e que iríamos resolver. Não sei o porquê, mas precisava de seu apoio e compreenssão.

Ele demorou tanto para me dar o que eu queria, tudo que tínhamos ali era tensão e uma troca de olhares significativos, mas ele não insistiu, se virou e prestou atenção no que seu irmão dizia e no que a garota pedia.

Saí daquele quarto ás pressas, o ar fresco do outono me engoliu, pude respirar e me acalmar quando entrei no Mustang e dirigi com o pensamento de achar um bar na estrada ou na cidade, o que estivesse mais próximo.

Atrás de mim, ao oeste, o sol voltava a descansar e a lua já começava a ser vista nascendo nas montanhas.

Tudo o que eu fiz até agora, foi me culpar por todas as mortes que aconteceram ao meu redor. Não admitia mais, não no momento que eu tanto lutava pelo contrário. Eu sei que eu mesma me colocava naquela situação mas, alguém falando isso diretamente, me machucava mais ainda.

Quando eu era pequena, lembrava bem de visitas de mulheres, elas iam vez ou outra para um chá da tarde com meu pai, conversavam comigo e me ensinavam muitos feitiços, meu pai falava que eram nossas amigas, que me protegiam e tínhamos que ser gratos. Um dia, elas pararam de vir, e quando isso aconteceu, 7 dias depois, eu estava na estrada com Jonh Whinchester e Bob Singer, chorando pelo lar que eu deixara para trás junto ao meu pai.

Supernatural_ The descendantWhere stories live. Discover now