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Marianne

Eu queria aquele beijo. 

Eu desejei tanto aquele beijo.

E quase tive.

E mesmo agora, depois de saber a verdade, eu ainda quero.

Eu sei que é errado.

Mas não posso mudar os fatos.

Quando ouvi a voz do Isaac - Sim, Issac. Porque Zachary não teve nem mesmo a capacidade de responder - dizendo que Kate era a mulher dele, a esposa, senti raiva. Ele estava flertando comigo desde o momento em que chegou. E não posso negar e dizer que não correspondi, eu fiz, mas eu não sabia.

Quando coloquei meus olhos nele meu coração acelerou, e não foi pela beleza gritante, tinha algo mais ali. Ele estava perfeitamente vestido numa jaqueta de couro preta, com uma camiseta cinza por baixo e um cachecol da mesma cor, a calça jeans era apertada nos lugares certos e me deixaram com água na boca. Era ridículo pensar nisso agora, mas toda essa beleza vinha acompanhada de uma certa falta de caráter, ou ele não trairia a esposa comigo.

Quantas vezes será que isso aconteceu?

Quantas vezes ele usou aquele sorriso fatal pra conseguir o que queria?

Droga.

- Mari, vai com calma. Assim você vai ficar bêbada.

Carrick apoiou gentilmente a mão no meu braço. Estávamos na cozinha a mais ou menos uma hora depois que eu praticamente joguei a jaqueta em cima de Zachary e o deixei falando sozinho. Eu não queria uma explicação, e muito menos queria isso na frente de alguém.

- E se a intenção for essa?

Perguntei de má vontade. Eu estava com raiva, cheia de tesão e agora também estava  frustrada. 

- Não vale a pena, não se for por causa dele.

- Não é por ele.

Menti. Eu só queria ir embora agora. Mas não desistiria dessa oportunidade por causa dele.

- Quantas vezes ele já fez isso antes? Quer dizer, vocês são amigos a tanto tempo, eu deveria saber.

- Ei - ele segurou meu rosto - Você não teve culpa de nada, Zac é o casado. Ele deveria respeitar a esposa, ele não deveria ter dado em cima de você desse jeito, você não está aqui pra isso. Você não conhecia eles, não é fã nem nada, não tinha como saber. Eu nunca comentei sobre a vida pessoal deles com ninguém.

Abracei meu primo. Ele estava sendo incrível.

- Não muda o que eu estou sentindo agora, Carribear.

- Eu sei. Mas...

Ele parou de falar, o olhar meio distante.

- O que foi?

- É que... Zac não é disso. Eu o conheço a anos, já fizemos turnês juntos e ele nunca fez isso. E eu o vi ter várias oportunidades, principalmente nas caminhadas em que elas estavam mais próximas e praticamente se jogavam em cima dele, em todas as vezes ele cortou.

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