Problem

CAP 6

Josh Beauchamp

Foi tão satisfatório socar a cara de Tyller que me sinto renovado.O mauricinho não aguenta uns leves socos e quer se achar o maioral, seus "amigos" viram toda a cena e não fizeram absolutamente nada, quem tem amigos como os de Tyller está perdido, sou tirado dos meus pensamentos com meu celular tocando.

-Fala Noah.

Digo os atender a ligação.

-Como assim você foi chamado na delegacia?

Pergunta surpreso.

-Como você sabe disso?

Pergunto pois não disse a ninguém além de minha família e Any não falaria com Noah.

-Os amigos de Tyller contaram para outras pessoas e acabei ouvindo na fila da cafeteria. Agora me fale o que aconteceu.

Pedi e olho em minhas mãos os machucados nos nós da mesma.

-Ele tentou abusar de uma menina, eu estava bêbado e não pensei duas vezes em bater no idiota do Tyller.

Não menciono quem era a menina.

-Era uma das suas peguetes?

Pergunta receoso.

-Noah, não precisa ser uma das mulheres que eu fico para defender, isso foi assédio, um crime. Não preciso ter algo com a moça para defende-la.

Falo como se fosse óbvio.

-Uma crush?

Pergunta com aquela voz que decifra sua cara.

-Não!

Falo rápido.

-Então quem era Joshua?

Pedi, se existe uma pessoa mais curiosa que Noah Urrea eu desconheço.

-Any Gabrielly.

Me rendo.

-Sua vizinha?

Pergunta surpreso.

-Conhece outra Any Gabrielly?

Pergunto e ouço Noah rir.

-Certas coisas nunca mudam não é mesmo JOSHY!

Diz em tom de deboche, Any me chamava assim quando éramos pequenos pois eu odiava ser chamado de Joshua e ela "criou" esse apelido e Noah o adotou só para me irritar.

-Chega Noah, você está levando essa conversa para outro rumo.

Falo tentando mudar de assunto mas isso não funciona pois Noah lembra de algo que disse quando estava bêbado, por isso digo para não me levar a sério quando bebo.

-Um rumo pelo qual você disse que ficaria com Any em uma roda de amigos uns tempos atrás.

Diz e lembro de me perguntarem se eu ficava com a "gostosa" da minha vizinha e eu disse que sim.Foi no calor do momento e eu estava levemente alterado pelo álcool por isso relevem.

-Eu estava bêbado Noah, não levo a sério o que falo nessas circunstâncias e você também não deveria levar.Eu fiquei sabendo que você dormiu no seu carro no dia da festa com Sina, não venha me dizer que não rolou nada.

Falo e ouço sua risada.

-Cara, eu disse que não ficaria com ela mas a bebida me fez fazer o contrário. Não lembro como fui parar no meu carro com ela, não lembro do que tivemos e se tivemos, a única coisa que me lembro é de acordar com uma dor nas costas e uma dor de cabeça dos infernos.

Diz simples.

-Ok garanhão, eu só me lembro de ver você saindo sendo puxado por Sina para fora da casa por volta das duas da manhã e depois eu só vi vocês dois dias depois.

Falo e Noah ri.

-Foi uma bela noite.

Diz me fazendo rir.

-Vou ter que desligar, meu pai está me chamando.

Diz Noah, concordo e logo depois desligo o celular.

O que posso fazer uma uma bela noite de sexta feira?Sair para uma festa talvez, ir a um bar, a tantas possibilidades que fico indeciso. Alguns dias fui convidado para uma festa que aconteceria em uma casa de uma fraternidade.

Talvez seja um problema eu ir sozinho pois passo um pouco da bebida e estou de carro? Sim, mas a vida é feita de riscos. Me levanto troco de roupa rapidamente, pego as chaves do meu carro e saio sem que ninguém perceba.Depois desse incidente minha mãe não deixará eu sair por um bom tempo mas eu sempre burlo as regras impostas pela família Beauchamp.

Desço as escadas bem devagar e olho em volta e encontro a sala vazia, sem sinal de meus pais ou dos meus irmãos.Pego as chaves do carro e caminho até a garagem saindo logo em seguida tentando não fazer tanto barulho.

Any Gabrielly

Fui convidada para uma festa de fraternidade em uma casa de um dos calouros e claro que eu vou.Espero todos irem dormir e pego meu celular e algum dinheiro pois vá que eu precise sair e pegar um táxi, nunca se sabe.Assim que fecho a porta da frente com cuidado para que não faça tanto barulho vejo o carro de Josh passar em frente a minha casa. Aposto que ele está saindo escondido, depois do que aconteceu hoje os pais dele não deixariam ele sair, não posso julga-lo pois estou fazendo o mesmo, saindo escondida.

Como eu vou chegar lá?Não sei mas estou indo mesmo assim. Me mandaram o endereço da fraternidade e apenas estou seguindo o GPS que está me guiando pelas ruas pouco movimentadas.As vezes penso na antiga Any, ela não faria isso de forma alguma, não sairia escondido dos pais para ir em uma festa de alguém que nem conhece.Por isso sei que se minha família descobrir o que faço irei os desepcionar ainda mais.

Meu pai acha que a princesinha que ele colocava em seus ombros ainda está aqui, ele acredita que eu ainda tenho solução, isso de certa forma me doi ao pensar que ele tem esperanças comigo.Ele acredita que a velha Any voltará, que tudo isso é só uma fase rebelde e que depois disso eu irei voltar a ser o que eu era.

Está frio, deveria ter pegado um casaco.Eu devo ser muito louca ao ponto de sair para uma fraternidade que nem sei direito onde fica, sem avisar, com pouco dinheiro, apé e sozinha.Talvez eu seja inconsequente pois uma mulher sair sozinha a noite siguinifica tantas coisas e não estou afim de sentir nenhuma delas.

Caminho o mais rápido possível até chegar na tal casa.O lugar está repleto de pessoas e um som ensurdecedor vindo do interior da mesma, adentro a casa pois está muito frio e esqueci de pegar um casaco. Assim que entro vejo alguns conhecidos, comprimento e continuo andando até chegar em Sina que está com um copo em mãos e conversa com uma menina que não conheço.

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