~Baile tragico~

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Cinco foi para dentro do salão e fiquei do lado de fora olhando as estrelas. Eu gosto muito de fazer isso porque quando era menor minha irmã e eu ficávamos vendo as estrelas e escutando música no máximo no fone no quintal em quanto nossos pais brigavam dentro de casa. Ela fazia isso para eu não ter que escutar os meus pais gritando. Na época ela tinha 15 e eu 9. Eu sempre tive uma imaginação muito forte, e como ela a irmã mais velha acabava se obrigando a cuidar de mim. Agora eu entendo por tudo que ela passou. Só fui me tocar que meu pai não era meu herói e minha mãe minha rainha, quando eles começaram a me tratar mais mau ainda. Antes era até razoável, mas quando fiz 11 as coisas na minha casa mudaram bastante. Parecia até que eu estava em outra realidade a mudança foi bem difícil para mim, então minha escapatória era fazer o que a minha irmã fazia comigo. Eu sempre fazia isso quando percebia que uma briga iria começar, eles eram muito agressivos no modo de falar, por isso minha irmã me tirava para não ver isso e acabar sendo igual um dia; mas acho que não tive escolha. Minha irmã começou a sair de casa com 17 anos ia as baladas, festas, etc. E eu ficava em casa, ela se sentia cansada de tudo aquilo, algumas vezes ela me levou para as festas e me deixava com os seguranças ou com as moças da limpeza, eles tentavam me distrair. Depois de um tempo ela chegava em casa bebada saia bebada, não parava. E eu levava toda a culpa, meus pais gritavam comigo, brigavam comigo, por uma coisa que não era culpa minha. Algumas vezes a polícia já bateu lá em casa, por causa das gritarias, já fui no conselho tutelar várias vezes. Meus pais sempre falavam que iriam melhorar, já fiquei em orfonatos algumas vezes pela simples fato de que meus parentes não aceitam nem minha irmã e a mim, a gravidez da mim mãe foi quando ela tinha 16 anos então a família botou ela na rua e resolveu não se importar mais com ela e nem com as futuras filhas. Com o passar do tempo comecei a ficar agressiva, igualzinho a eles e isso me deixava com uma raiva que não terminava nunca! Comecei e ter descontrole da minha raiva várias vezes, por isso a escola me indicou uma psicóloga, desse jeito eu iria melhorar...mas não adiantou. Quando tudo começou a melhorar um pouco eu fui vendida pelos meus próprios pais, e agora estou aqui em um jardim em um baile idiota, e para melhorar tenho poderes e pesadelos estranhos, e o pior de tudo eu nem sei se minha irmã está viva.
Ben chegou até mim e me viu sentada na grama encolhida aos prantos.

Ben: S/n! Tá tudo bem?-fala se sentando do meu lado-

S/n: Tá sim, é que eu só estou conversando com a lua, e ela me entende e eu acabei me emocionando eu acho...

Ben: Tem certeza que é só isso?

S/n: Sim...-falo soluçando e limpando minhas lagrimas-

Ben: S/n, vamos entrar um pouco está frio, vamos beber uma água. Está tocando uma música ótima não quer entrar?

S/n: Nao, eu estou bem aqui.

Ben: Ok entao, mas entra daqui a pouco eu separei uma torta de morango para você.

S/n: Ok.

Ben entrou para a festa, virei um pouco meu rosto e vi Cinco me olhando como se estivesse lendo minha mente, como se pudesse me entender. Me levantei e fui para uma área mas livre, onde só tinha um campo bem longa com uma linda floresta no final e a lua em minha direção me iluminando. Eu realmente queria poder toca-lá, sentir sua pele e seus longos cabelos platinados. Só estava eu e a lua, quando derrepente escutei uma voz. Era o Cinco novamente.

Cinco: S/n porque está tão longe?

S/n: O que você quer, de novo?

Cinco: Voce está bem?

S/n: Por que isso te interessa?

Cinco: Eu só estou perguntando.

S/n: Se isso é uma dúvida sua, gente respondê-la sozinha! Não tenho nada haver com você.

The New Umbrella- The Umbrella Academy Where stories live. Discover now