1화 • jjk.

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"Acredito que

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"Acredito que...
Se eu não fosse tão intrometido,
as coisas poderiam ser diferentes.
Ou talvez só estivesse fadado..."

#nãoesqueçadevotar&comentar៹

Eu lembro que a primeira vez que vi aquele garoto, ele estava na entrada da faculdade.

Ele conversava com alguém ao telefone, e não aparentava, nem um pouquinho, ser uma conversa agradável. Eu o observei por puro instinto. Sabe como é, quando você está passando por um lugar e vê alguém aos gritinhos, procurando conter para não chamar atenção ー mesmo que na situação dele tenha sido em vão ー, você olha por pura curiosidade.

Até aí, tudo bem.

Agora, a parada começou a ficar esquisita quando, sem ao menos considerar, me encontrava com ele em quase todos os lugares. Refeitório, biblioteca, campinho, juro para você de pés juntinhos!

Uma dia desses, eu estava apenas querendo me isolar desses universitários barulhentos para estudar melhor e me concentrar mais ㅡ porque definitivamente, a biblioteca daqui é pior do que a feirinha do centro, então fui direto para uns banquinhos próximo a área restrita da universidade e adivinha? Ele estava lá!

Com o passar do tempo, em um data que não lembro qual, muito concentrado em uma aula que não fazia a mínima ideia do que a senhorita Im falava, pensei: "Porque estou tão cismado com isso?"

E o pior é que nem tinha reparado antes. Tipo, eu pensava demais em alguém que topava por pura coincidência. Isso era loucura!

Depois de uns dias, concluí que essa bobeira não merecia tanta ênfase quanto, e passei a esquecer. Minha prova bimestral estava próxima, e meu modo "enfurnar a cara nos livros" carecia ser ativado! Era isso ou reprovar na matéria.

Quando esse dia chegou, eu fui para o campinho revisar o conteúdo. A galera gostava de bater uma bola ocasionalmente, e quando não tinha ninguém, se tornava o ambiente mais zen e prazeroso de estar. Me acomodei em um dos bancos estreitos e compridos, eu só tinha quinze minutos para rever tudo o que "aprendi", durante dois meses.

É foda, foda demais, porque aprender aprender, eu não aprendi muita coisa não, sabe? E pra completar, ontem a noite eu joguei videogame até dar uma dor!

Estudar que é bom? Nada.

Tudo foi de mal a pior no momento em que ouvi ruídos e o que parecia ser pancadas em alguma coisa. Estava começando a me incomodar. Bufei, recolhendo meus livros, sabendo que aquela barulheira não ia me beneficiar em nada. No entanto, a lamúria de um garoto me coibiu.

Me deixa em paz, Kai! Eu não quero saber de você, que droga!

Atentei seus prantos.

Por que não pode simplesmente dar um basta nisso tudo e ir embora? Eu já mudei de faculdade por sua causa, e agora vem atrás de mim aqui também? Me deixe em paz, por favor! Não estou mais pedindo, estou suplicando!

É como mamãe diz, briga de marido e mulher, nesse caso acho que... marido e marido e... enfim, ninguém mete a colher. Então meti o pé. Só não antes de ouvir outro esbravejo.

ー Não me toca! Eu juro que se você fizer isso de novo, eu grito pra Deus e o mundo e ainda te denuncio pra polícia!

Porém, acredito que seja lá quem estivesse com esse garoto, tocou nele. Eu não ouvi nenhum grito, mas sim a força que estava tentando fazê-lo.

Não gostei disso. Não mesmo.

Me livrei dos cadernos e minha bolsa. Aquilo não era da minha conta, em nada, mas se você percebe que alguém está precisando de ajuda, você deve ampará-lo. Não importa se o problema é seu, ou não.

A discussão vinha de dentro do vestiário, e cautelosamente procurei conferir primeiro o caso, para saber o que se passava.

ー Me testa, inferno. Grita pra você ver e eu te meto a surra aqui mesmo!

Moço, é o seguinte: Eu não gostei do seu tom! Muito menos da sua atitude e ação na qual testemunho ao vivo e em cores.

Ele, literalmente, enforcava o garoto com um dos braços, enquanto a mão do outro braço vedava a boca, empatando-o de gritar.

ー Ei, vocês aí! ー comecei indo devagar, descendo as escadas de degraus curtos. O tal agressor me viu.

ー Sai daqui, porra. Não tá vendo que a gente tá ocupado?

ー É, tô vendo sim. Tenho dois olhos para enxergarem! Não são apenas para enfeitar meu rosto lindo. ー sorri bem amplo, descendo com mais lentidão.

ー Tá brincando com a minha cara, palhaço? Vaza, se não sobra pra você também.

ー Sobra? Pois compartilha aí, bro. ー ele larga o garoto nada delicado no chão. O valentão me examina dos pés à cabeça. ー Que foi, tá me achando bonitão? Eu sei que sou, minha mãe adora dizer que o primogênito sugou a beleza todinha dos outros irmãos.

Acho que ele não estava interessado nisso, e partiu pra cima de mim. Coitadinho, ele não sabe nem brigar, já parte pro murro. Meu professor de luta disse uma vez: "Estude a sua presa, depois ataque-o." Assim fiz. Eu segurei seu pulso e o torci, fazendo seu próprio braço enforcá-lo e suas costas baterem em meu peito. Peguei as chaves do meu carro, e com a ponta afiada, aponto para seu pescoço.

Que porra...?

ー Fica calminho aí, isso aqui não vai te ferir ou te matar não. Ainda bem, não é? Porque preciso terminar a faculdade ainda com vinte e dois anos. Só que, se me prometer que quando eu te soltar, você vai fazer o seu percurso quietinho e caladinho até a saída... Garanto que posso te poupar ー ele gargalha, um pouco sofrido por estar com o braço no pescoço.

ー Babaca idiota. ー diz, e aperto mais seu braço. ー Inferno, tá bom! Me solta, seu filho da puta! ー e o soltei, porque sou cara de cumprir com a palavra.

No entanto, ele tentou me acertar ー gente ignorante faz assim mesmo, eu hein ー e o soco dele raspou no meu maxilar. Eu já esperava por essa, um cara como esse aqui jamais aceitaria algo "numa boa", por isso eu acertei seu estômago. E ele caiu no chão. Me inclinei, vendo sua mão na barriga e o corpo encolhido. Devolvi o soco que ele tentou me dar, no mesmo lugar.

ー Eu teria te poupado, e pegado leve. Mas falar que minha mãe é uma puta é sacanagem, bro. Mais respeito com ela, seu mané. ー eu não sei xingar, me perdoe.

Vai se foder... ー falou, em um fio de voz.

ー Hm... bem que eu queria foder, mas não tá fácil pra ninguém, tsc. ー balancei a cabeça, desconsolado. ー É o seguinte. Você vai meter o pé daqui e nunca mais atormentar ninguém. Caso contrário, eu te denuncio. Parece mais simples agora, não?

Mostro o curto vídeo no meu celular, que havia gravado antes de enfrentá-lo. É preciso recolher provas antes de atacar.

ー Palhaço. ー me fitou com o olhar pesado e se ergueu cambaleando, cuspindo sangue no chão.

ー Fique sabendo que você... ー apontou para o garoto encolhido no canto da parede. ー Ainda não terminei com você, não vai fugir de mim assim tão fácil. Você está me ouvindo, não é, Jimin? Não vai. ー e saiu. Como se não tivesse acabado de levar uma surra.

O garoto nomeado de Jimin, observa o outro cara cair fora e quando ele dobra a esquina no topo das escadas, as lágrimas contidas se libertam.

foi isso.
por enquanto.
os capítulos são ser alternados.
JJK × PJM
ok?

vejo vocês no próximo!

EU QUERO SER PARA VOCÊ • jikookWhere stories live. Discover now