Prólogo

23 1 0
                                    

Desde que o mundo é mundo, a música foi apresentada a mim

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.

Desde que o mundo é mundo, a música foi apresentada a mim. Com apenas 9 meses, palavras formadas já estavam saindo pela minha pequena boca e quando eu completei 5 anos, em meio a diversas cantorias por uma simples diversão nos karaokês da família, meus pais perceberam que eu levava jeito para a coisa.

Desse dia em diante, eu nunca mais parei de cantar. Agora eu estava ali, sentado no camarim do teatro de uma das escolas mais populares da Califórnia esperando para tocar para vários alunos com a minha banda.

Fomos chamados para o colégio com o objetivo de fazermos um show beneficente e ajudarmos crianças carentes, era o nosso primeiro evento desse tipo e o nervosismo não deixava de existir. A sensação de fazer o que mais amo - mesmo em lugares pequenos - e ajudar pessoas que necessitam, era ainda melhor.

— E com vocês, London Twister! - a voz de uma mulher que presumo ser a diretora, ecoou por todo o grande local.

— Respirem, nós vamos arrasar como sempre. - olhei para os meninos e sorri, dando confiança a eles como costumava fazer antes dos shows. — Boa tarde, Santa Monica School. - assim que terminei de falar, os gritos de adolescentes histéricos foram ouvidos, me fazendo sorrir com aquilo. — Obviamente vocês já nos conhecem mas vou seguir com o costume e apresentar a banda. Na guitarra e no vocal: eu, Oliver Loughty. - Toquei a guitarra por um tempo e ouvi mais gritos estridentes. — Na bateria, Jess Ryner. - apontei para o mais novo que tocou seu instrumento. — No baixo, Jack Holloway. - o loiro fez algumas notas fazendo a plateia de funcionários e alunos vibrar. — No teclado, Isaac Dankworth. - Isaac fez uma rápida apresentação tocando a clássica música da Família Addams. — E por fim, na segunda guitarra: Luke Hemmings. - ele sorriu e tocou o instrumento, levando as garotas ao delírio.

Black sheets cover me
(Lençóis pretos me cobrem)
Fall leaves underneath
(Folhas de outono por baixo)
In the darkest of days
(Nos dias mais sombrios)
And my stupid mistakes
(E meus erros estúpidos)
I know you're sick of my ways again
(Eu sei que você está cansada dos meus caminhos novamente)
I'm sorry lost its meaning
(Me desculpe, perdi o significado)

Comecei a cantar no pedestal enquanto tocava minha guitarra, assim como todos os outros integrantes da banda. A plateia toda ia a loucura, alguns até mesmo cantavam juntos com a música.

Entre todas as fãs que ali estavam e gritavam desesperadas o meu nome, uma garota chamou a minha atenção. Seus olhos verdes se iluminavam a medida que os holofotes coloridos passavam sobre si, ela estava sentada na primeira fileira ao lado de uma garota que presumi ser sua amiga. O sorriso em seu rosto era lindo e enorme, como se ela estivesse esperado uma eternidade por aquele momento. A garota cantava a letra da música a plenos pulmões e aquilo imediatamente me fez sorrir, a alegria dela era contagiante.

Same old story, same old end
(A mesma velha história, o mesmo fim antigo)
You know I fucked it up again
(Você sabe que eu estraguei tudo de novo)
I lost you, I lost my head
(Eu te perdi, eu perdi minha cabeça)
Same old story, same old end
(A mesma velha história, o mesmo fim antigo)
I'm coming home for the last time
(Estou voltando para casa pela última vez)

Tirei o microfone do pedestal para cantar o refrão mais a vontade, peguei uma rosa branca que eu sempre costumava levar nos shows para dar de presente aos meus fãs e caminhei até a beira do palco, entregando a flor para a garota com um sorriso no rosto.

Antes de aceitar a rosa com as mãos trêmulas, ela me encarou de olhos arregalados. Os olhos mais lindos que eu já vi em toda a minha vida. Dei uma piscada para a mais nova e um sorriso de lado antes de me afastar e voltar para o centro do palco.

E aquela foi uma das principais vezes que me senti extremamente conectado com as minhas fãs, ver a felicidade delas estampada em seus rostos não tinha preço.

Acho que no final das contas ser fã é isso, amar alguém com todas as forças mesmo com a ideia de que possam nem saber da sua existência.

British idols Where stories live. Discover now