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Maratona 2/10

                 *Eloisa narrando*

Esses dias tem sido os piores da minha vida, o remorço e a falta que sinto da minha mãe está tão grande que eu perdi as forças e a razão. Eu briguei com quase todo mundo, por eles tentarem me ajudar... mas eu não quero ajuda.

Todos falam pra me levantar pra me reagir por causa da minha filha, se não vou acabar prejudicando ela... mas as pessoas acha que eu não penso nela, os últimos dias é a coisa que eu mais penso é nela! A minha menininha que precisa de mim pra viver mas é difícil pensa nisso, ela merecia uma mãe bem melhor que eu.

O Guilherme, veio com essa ideia de viajar eu não quero viajar com ele e com ninguém, mas ele já me ameaçou umas três vezes hoje e disse que vai me levar de qualquer jeito. Eu não estou falando com ele e com ninguém na verdade, só com os meus pensamentos.

G6:anda Eloisa, já é nove da noite e tu ainda tá arrumando essa mala-ele para no batente da porta

Ele tá me forçando a ir a um lugar que não quero, então vou demorar o tempo que eu quiser e ele não vai ouvir nem a minha voz.

Eu termino de dobrar a última blusinha e coloco na mala e a fecho, olho pra cara dele que só me observa com uma cara nada boa.

Saio de perto da mala pra ele poder pega, pego meu celular e uns cinco livros pra eu ler lá, não vou ficar olhando pra cara dele o dia todo... mesmo sendo uma tentação muito grande.

Pensa num homi gostoso... não é porque estou de cara virada pra ele que a minha paixão por ele passou.

G6:melhor pega uma blusa de frio pra agora-avisa saindo do quarto com a mala

Reviro os olhos e vou até o guarda-roupa e pego uma blusa de frio e saio, desço as escadas com um pouco de dificuldade pois eu não tô andando muito e minhas costas está travando e a barriga cresceu bastante esses dias.

G6:quer ajuda?-pergunta entrando dentro de casa

Termino de desce as escadas e vou pra cozinha com as mãos nas costas, minha bebê já está ferrando as minhas costas... mas a sensação dela se mexer faz todas as dores valer a pena.

Pego umas bolachas e salgadinhos que estão no armário e coloco na sacola, eu ando com uma fome da porra to parecendo uma bola de gorda, pego um Danone e uma garrafa de água.

Passo pelo Guilherme que está fechando o porta-malas, abro a porta e sento no banco da frente posso está com raiva dele mas ir no banco de trás jamais, coloco o sinto e vou ligando o som enquanto ele entra.

G6:agente vai chegar la pra duas da manhã-avisa ligando o carro e eu não falo nada- namoral Eloisa, minha paciência contigo já esgotou-ele me encara sério

Eu:a minha com você também-digo olhando pra ele- você me forçou a ir, agora aguenta as consequências-explico e olho pra frente de novo

Ele bate no volante e xinga bem baixo dando partida e descendo a rua, tô vendo que essas cinco horas vai ser as mais longas da minha vida.

***

Me mexo um pouco e sinto algo em cima da minha barriga, já tem duras horas que estamos na estrada e resolvir descansar um pouco.

Abro só um pouco os olhos e vejo a mão dele em cima da minha barriga fazendo carinho, enquanto a outra esta no volante eu olho pra ele de relance e vejo que ele está cantando

G6:vem meu bem vamo ali. é que essa noite eu te levo pra danca.
Então bota a melhor roupa um rosa na boca se bem que nem vai precisar.
Mistura aquilo ali, com um pouco de saquê, te ofereco bem mais que um dink.
Só rebola pra mim, só rebola pra mim.-canta na maior calma do mundo

Grávida De Um Traficante Onde histórias criam vida. Descubra agora