Nascer do sol

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O nascer do sol no horizonte, trouxe com ele a esperança. O dia era claro, mesmo sendo bem cedo, os raios de sol adentravam as janelas, iluminando tudo.

— Tenho que ir ver a Kurenai — Kakashi se apressa depois de tirar a bala do Sr. Hizashi.

Ele parece nervoso com a ideia, realmente, ele não sabe o que encontrará ao chegar no carro. Me sinto mal por ela, apesar dela ter procurado a situação, não me agradava ver um ser humano passando por isso.

— Eu vou com você!

— Não sei se é uma boa ideia, da ultima vez que eu olhei ela estava muito mal

— Kakashi, eu estou estudando para isso, ajudar as pessoas é a minha meta de vida — Tentava convencê-lo.

— Tudo bem!

De maneira surpreendente, as pernas do Sr. Hiashi estavam se curando muito rápido. O Sr. Hizashi ainda estava desacordado sobre  mesa, as veias roxas em seu peito clareavam com o passar do tempo, mas ele ainda não havia despertado.  As meninas os cobriram com lençois e aguardaram até que acordassem. Imagino o trauma de ver o primo, o tio e o pai pelados, não desejo isso para o meu pior inimigo.

Neji se recuperava no sofá da sala, coberto com um lençol branco, ele repousava a sua cabeça sobre um travesseiro. Seu rosto tinha uma expressão suave, parece que estava na fase mais profunda do sono. Depois de todo o esforço da noite passada, com a luta e a energia que teve que gastar pra se curar, era compreensivel que ele ainda não tivesse acordado.

No caminho, eu imaginava como Kurenai estava, eu havia parado a irrigação do sangue para o braço.

Chegando no carro, agora claro, eu percebo a quantidade de sangue que ela havia perdido, o carro estava inundado com seu sangue.

— Meu Deus! — exclamei levando a mão a boca.

Kurenai estava irreconhecivel, toda suja de sangue, seu braço estraçalhado, uma perna com fratura exposta que eu não havia notado, creio que pela escuridão.

Kakashi entra pelo banco de trás e confere o seu pulso, seus olhos estão preocupados, sua expressão não nega sua aflição de vê-la daquela forma.

— O que vamos fazer?

— Não podemos leva-la a um hospital, a minha casa fica muito distante daqui, ela já passou tempo demais sem atendimento, sua pulsação está muito fraca, é um milague que ela ainda esteja viva. Temo que levar ela para dentro e tentar salva-la com os instrumentos que nós temos.

— Eles não vão aceitar que ela entre, ela soltou eles, quase matou o pai do Neji, tentou matar as meninas, seria loucura pedir isso para eles — Eu estava aflita, mas não há o que se possa fazer.

— Eu não ligo, eu salvei todos eles, eles me devem essa — Segurando ela no colo, ele a tira do carro.

O braço destroçado está pendurado, sendo sustentato por um pequeno pedaço de pele, o torniquete perto do seu ombro estava bem apertado e evitou que ela perdesse mais sangue..

Na porta, Hanabi já aguardava com a mão na cintura, ela sabia exatamente aonde estavamos indo.

— Onde vocês vão ?— Perguntou quando kakashi passou por ela sem pedir permissão, adentrando porta a dentro.

— Calma Hanabi! Ela é um ser humano, não podemos deixa-la morrer sem tentar ajudar — com olhos aflitos, eu torcia para que ela entendesse.

Na falta dos adultos, eu percebia que Hanabi era uma lideraça nata, mesmo sendo a Hinata cinco anos mais velha, ela ficava perdida sem o auxilio dos homens da casa.

Guerra de Sangue (Kakashi - Sasuke - Neji)Where stories live. Discover now