Não passam apenas de memórias (Madam Spellman)

Ela era um bebê...apenas um bebe de um mês

Apenas outro capítulo mais curto!

Boa leitura!
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O dia passou e aquele sonho, ou o que quer que tenha sido, não saiu da mente de Zelda. Lilith continuou ignorando a existência de Zelda depois que o jogo acabou, e Sabrina estava exausta demais para prestar atenção nela, tanto que basicamente desmaiou no sofá pouco tempo depois e Lilith teve que carregá-la no colo para o quarto dela.

Zelda estava sentada na sala de estar, sua mente estava uma bagunça. Era estranho não se reconhecer, supostamente ela havia se tornado uma pessoa completamente diferente do que era antes, supostamente ela estava completamente apaixonada pela mesma pessoa que ela nunca quis ter ao menos uma amizade, supostamente eles eram felizes. Ou costumava ser.

Por que isso teve que acontecer? Zelda não queria passar por isso, e Lilith não merecia sofrer também. Zelda não sentia pena de Lilith, apenas compaixão. Os olhos tristes que Lilith estava carregando estavam afetando Zelda de uma forma que ela nunca pensou que poderiam.

Zelda ouviu passos na escada e discretamente olhou por cima do ombro; era Lilith, ela estava coçando um olho e bocejando. Ela parecia estar cansada o tempo todo. Lilith terminou de descer as escadas e pousou as mãos na parte inferior das costas, depois dobrou-se e estalou os ossos. Ela balançou a cabeça, uma expressão engraçada no rosto; seu cabelo solto do coque mal feito e cachos castanhos bagunçados em cascata sobre seus ombros.

Quando Lilith olhou para ela, os olhos de Zelda se arregalaram e ela se virou; ela ouviu Lilith suspirar alto, provavelmente de exaustão. O som de seus pés descalços colidindo com o chão ecoou pela sala, a casa estava muito quieta, Zelda podia até ouvir os zumbidos do lado de fora.

"Você não está com sono?"

Lilith sentou ao lado de Zelda, que quase pulou ao som de sua voz, seu coração já acelerado parecendo bater mais rápido em seu peito. Ela tentou dizer algo, mas sua voz estava presa na garganta. Ela ainda estava com medo de que Lilith a pegasse olhando.

"Eu-sim." Zelda suspirou, apertando os dedos no forro creme que cobria o sofá. "Eu estou indo para a cama agora."

"Você não precisa ir só porque estou aqui, se quiser, pode assistir TV." Ela estava falando sério, mas sua voz saiu em um tom calmo e controlado, pode-se dizer que ela até soou bem.

Zelda ergueu as sobrancelhas e acenou com a cabeça ligando a TV e pondo em um canal qualquer.

"Sabrina dormiu?"

"Sim!."

Zelda assentiu e olhou para Lilith.

"Eu...posso ter fazer uma pergunta?"

Lilith estava com a cabeça jogada na parte superior do sofá de olhos fechados e apenas assentiu para que Zelda continuasse.

"Como...como nós concebemos Sabrina?"

Zelda estava um pouco nervosa, ela não sabia porque mas sentiu algo estranho na boca do estômago. Ela estava curiosa para saber como Sabrina veio ao mundo, e não tinha horario melhor do que esse para perguntar a Lilith.

Lilith abriu os olhos com a pergunta e se endireitou no sofá, ela olhou para Zelda por alguns segundos antes de levantar as sobrancelhas.