A regra número 3

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Kiara pov

- É assim que quer ter um futuro? Fugindo da escola só porque não aguenta umas piadinhas? - Meu pai perguntou.

- Piadinhas... - Eu ri. - Eu estou praticamente sendo acusada de te ajudar a deixar um assassino solto!

- Gente, calma... - Margareth disse.

JJ nos olhava com atenção, mas não expressava reação alguma.

Faz dois dias que Rafe chegou e só hoje deu tempo de eu e meu pai conversarmos. A escola ligou para ele dizendo que perdi um teste.

- Só ignorar. - Ele disse em um tom óbvio.

- Só ignorar? - Perguntei. - Você acha que as coisas que falam ou fazem comigo, não me machucam? Acha que sou o que? De ferro, Michael? É sério?

- Não de ferro, mas tem que ser forte.

- Sabe a quanto tempo eu estou sendo forte aguentando tudo isso? Sabe o quão forte eu estou sendo aguentando a minha mãe longe depois da merda que você fez?

- Olha a boca...

- Olha você oque está saindo da sua, não fica me pedindo força quando sou eu quem sofre atentados, ameaças e não só colocando a minha vida em risco, mas a de JJ também... Ah, papai e você? Você fica na droga da sua bolha vendo nossa amada Nova York pegar fogo.

O loiro me olhou.

- Pare de me responder! - O mais velho disse alto.

- De te responder ou de dizer a verdade? - Me virei e sai.

- Senhorita... - Ouvi JJ me chamar e apenas ignorei.

Eu estava completamente exausta, minha cabeça pedia socorro e um momento sem pensar que posso morrer pelo erro estúpido do meu pai.

Eu peguei o celular para ligar para minha mãe.
Ela atendeu e eu coloquei a chamada no viva-voz.

- Mãe?

- Kiara? Oi... Tudo bem?

- É... Na verdade, não muito. Queria conversar, sinto saudades. - Disse sorrindo e limpando as lágrimas que saiam do meu rosto.

- Entendi.

- E a senhora? Como está aí na Califórnia? Aposto que calor e lindo...

- Estou bem. Muito ocupada agora, inclusive. O que você quer?

- Conversar. Sinto saudades das nossas conversas.

- Ah... Espera, eu já estou indo! Estou com a garota no celular.

- Tudo bem aí, mãe?

- Aham, só uma correria. Bom, que bom que está bem, querida.

- Mas...

- Kiara, não posso falar agora, ok? Te ligo assim que puder.

- Tudo bem, boa sorte no trabalho.

- Obrigada. Tchau.

Chamada encerrada.

- Tchau, amo vo...

Olhei para o celular e sorri fraco.
Havia sentido aquele arrepio desconfortável no coração, eu me sentia sozinha e cá entre nós, é horrível sentir isso.

MEU GUARDA COSTAS - Jiara// EM REVISÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora