VI - Frossen

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Emma

...

O gelo estava começando a ficar mais evidente a cada metro que andávamos. Agradeci pelas roupas que Chase nos deu, pois o frio dificultava até a nossa respiração. Não queria nem imaginar como seria a nossa viagem sem aqueles casacos de frio.

— Estão todos bem? — perguntei para a minha equipe.

Todos responderam que sim. Eu podia ver alguns dos meus guerreiros tremendo, mas queria acreditar que só estavam daquele jeito por não estarem acostumados ao frio intenso. Voltei a focar no caminho à minha frente e esperava encontrar o monte descrito no papel o mais rápido possível.

— Como vamos achar essa montanha? — Nate perguntou.

"Não tenho a menor ideia", pensei. Porém, não podia deixar que os meus guerreiros pensassem que eu era fraca. Por mais amedrontada que estivesse, eu precisava ser uma fortaleza na frente deles.

— Essa é a entrada do Isskog e vai nos levar a algum lugar. Se acharmos alguém, algum vilarejo, paramos e perguntamos. Se não, vamos seguir aquela montanha.

Apontei para a montanha que parecia ter o pico mais alto. Nate assentiu e ficou quieto. O único som que dava para ouvir era das patas dos cavalos batendo no chão. Eu estava começando a ficar agoniada com todo aquele silêncio, mas não tinha nada que pudesse ser feito.

Depois de muito andar, finalmente avistamos uma casinha no meio daquela floresta de gelo. Nos aproximamos e uma senhora estava do lado de fora brincando com um cachorro, muito lindo por sinal. Em algum dos meus livros eu já tinha visto aquela raça e lembrei que era um husky siberiano. Desci do cavalo e Marcus e Nate me acompanharam.

— Olá, senhora — eu a cumprimentei com um aceno. — Será que pode nos dar uma informação?

Ela parou de brincar com o husky e olhou para mim.

— Claro, moça bonita. O que deseja?

Dei um meio sorriso com o elogio e respirei fundo. O cachorro veio na minha direção abanando o rabo e eu fiz carinho nele. Foi impossível não sorrir.

— Aqui em Isskog tem alguma... montanha que seja importante? — perguntei sendo o mais cautelosa possível.

A senhora abriu um largo sorriso e começou a falar.

— Sim, minha querida. É só ir naquela direção... — Ela apontou exatamente para onde eu pensava que fosse. — E encontrará a nossa montanha.

Antes que eu pudesse dizer mais alguma coisa, um homem saiu de dentro da casa.

— Ei! Quem são vocês? O que querem? — ele praticamente gritou.

Fiquei um pouco assustada com o tom de voz daquele homem, que parecia arrogante demais. O husky voltou rapidamente para perto da senhora.

— Somos viajantes — expliquei. — Estamos um pouco perdidos, mas essa gentil senhora já nos ajudou.

— Querem ir pra montanha de Iskald? Boa sorte — o homem disse com o cenho franzido.

— Tem algo que nós precisamos saber? — Apesar da grosseria do homem, eu tentei ser simpática, pois precisava de mais informações.

Ele respirou fundo.

— Chegar até lá é uma missão quase impossível — ele começou.

— Por quê?

— Pra chegar lá, precisam passar por um rio congelado, mas ele não é nada estável. Se for por ele, tem que passar um de cada vez. — Ele olhou para cada um de nós. — Esse é o caminho mais fácil.

Promesas - A Coroa & A Espada IIWo Geschichten leben. Entdecke jetzt