Capítulo 8

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Any Pov

Tinha alguma coisa errada, algo tinha acontecido, e eu tinha medo de perguntar.

Minha mãe estava em pé junto ao... Noah.

Eu fiquei parada sem saber o que fazer e sem ter coragem de perguntar.

-porque não atende o telefone hein Gabrielly?

-está descarregado- coragem, coragem- o que aconteceu?

-você sabe que é o Josh né?- assenti- ele está bêbado e drogado na sala da casa dele, eu não tenho noção do que ele bebeu e muito menos do que ele cheirou mas não foi pouco.

Foi pro meu quarto correndo e colocando minhas coisas dentro de uma mochila, roupa, pijama, meia, peça intima, carregador, celular, minha escova de dentes e um desodorante, calcei um tênis correndo, estendi a toalha na janela e peguei um pente correndo.

-mãe eu vou dormir fora, não tenho faculdade amanhã e nem terça, avisa o papai que eu estou bem e quando tudo tiver mais calmo eu te ligo, eu vou estar bem.

-se cuide por favor e cuide do Josh, ele precisa de você- da um beijo na minha cabeça e saio com o Noah.

Entro no carro e o Noah logo da partida.

-ele está chamando por você, e não quer que ninguém encoste nele desde as 7 da manhã quando me ligaram- o negócio estava pior do que eu imaginava- e sim tem fotos na internet, várias notícias e sites.

A gente ficou em silêncio, nada precisava ser dito nós dois entendíamos a gravidade do problema que eu causei.

Se eu tivesse ficado lá nada disso teria acontecido, eu fui a covarde que não soube agir com a situação e causei uma situação 80 vezes pior.

Eu já tinha penteado o cabelo e guardei o pente na mochila. Estou inquieta e esse caminho parece demorar anos.

Assim que o Noah parou o carro eu sai correndo até a porta e logo ele a destrancou pra eu entrar.

Bailey e Carlos olhavam de longe enquanto Marta tentava chegar perto, ele estava bravo, vermelho, sujo, com a bochecha e os braços arranhados, os cabelos em pé e bagunçado, a camiseta rasgada e sem um tênis.

Aquele não era o Josh. Quando vi que ele pretendia fazer algo mais sério a Marta eu joguei a bolça no chão e fui até ele.

-ei, ei, não faz isso- ele abaixa a cabeça e começa a se arranhar- olha pra mim-sento na frente dele.

-não- diz baixo.

-olhe pra mim- seus olhos estavam cheios de lágrimas- calma, lembra de respirar- segurei suas mãos com dificuldade porque ele não queria, depois de uns minutos ele foi se acalmado- agora nós vamos subir, você vai tomar banho, tomar um remédio e ir deitar, pode ser?- digo calma por fora mas por dentro eu estava desesperada.

-pode, você vai comigo?- ele parecia uma criança.

-vou, o Bailey e o Noah vão te ajudar na escada porque eu sou pequena e posso te derrubar- ele solta uma risada pelo nariz- enquanto isso eu vou na cozinha com a Marta e o Carlos buscar um remédio e água, sim?- ele assente.

Seguro suas mãos pra ajuda-lo a levantar, ele fica tonto e segura na parede. Noah segura um braço e o Bailey o outro e ele sobem a escada devagar.

Vou pra cozinha beber um copo de água, Marta pega o remédio e deixa em um pratinho e eu encho um copo de água pra levar pra cima, Carlos trouxe um balde pra eu levar também e fomos até a sala.

-ele está sentado, não quer mais a gente lá- Bailey diz descendo as escadas.

-pode deixar meninos, eu assumo daqui, se quiserem ir pra casa... ou se quiserem assistir algo no cinema... vocês também podem fazer outra coisa- digo a Marta e o marido na porta cozinha- ele não vai acordar tão cedo- pego minha bolça- qualquer coisa eu chamo vocês.

I will move mountains Where stories live. Discover now