7 - família é quem nos quer bem!

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Eleanor Berrycloth futura Weasley.

Gui estava ansioso para que eu fosse conhecer sua família mas eu não tive um pressentimento bom, me revirava o estômago só de pensar.

Pediu para fazer uma mochila de roupas para duas noites na toca. Onde estamos agora a três passos de bater na porta.

- posso? - perguntou antes de bater e eu assenti afinal ja estavamos aqui mesmo.

Quem abriu a porta foi um senhor que eu recordei pelas fotos ser seu pai.

- Meu filho que saudade - os dois se abraçaram apertado.

- pai, essa é a minha namorada Eleanor
- ele me apresentou.

- é um prazer Sr.Weasley - ao contrário do que pensei o seu pai não me tratou mal.

- seja bem vinda Eleanor - apertou a minha mão em um cumprimento. - entrem por favor, a Molly está no banho mas vocês podem ir se instalando no quarto.

Deixei meu namorado nos conduzir até o seu antigo quarto que era pequeno mas aconchegante. Arrumamos nossas coisas no pequeno armário e ele fez um feitiço de engorgio para aumentar sua antiga cama de solteiro.

- ta tudo bem? - perguntou depois de arrumar nossa cama.

- huhum

- qualquer coisa me fala ta? - apenas assenti e ele me deu um selinho até sermos interrompidos.

- JANTAAR TA PRONTO - gritou a sua mãe do andar de baixo.

Respirei fundo e tentei não tropeçar descendo as escadas, a mesa estava cheia de ruivos e o unico cabelo castanho escuro é o meu.

- Boa noite senhora Weasley - estendi minha mão para cumprimenta-la mas puxei de volta quando ela ignorou.

- boa noite, Eleanor sim? - assenti.

Molly serviu todos da mesa e eu fui a unica a me servir, até ai pensei que era por não ser da família. A comida estava realmente deliciosa mas o clima extremamente desconfortável, os gêmeos George e Fred faziam piadinhas com tudo e que eram bastante engraçadas.

Rony o menino mais novo estava mais concentrado no seu frango mas parava de mastigar pra discutir algo as vezes com os gêmeos. Gina as vezes soltava olhares periféricos em minha direção e continuava conversando com a molly.

Arthur que vez ou outra tentava puxar assunto sabendo que eu tinha pai trouxa e queria saber mais sobre eles. A conversa era agradável mas Molly não gostava dessa interação ainda não tinha descoberto qual o problema comigo.

- Hm então.. - começou - qual sua familia?

- minha mãe é bruxa, Rosa Amery e meu pai trouxa, Rodrigo Berrycloth.

- E quantos anos você tem? Oque quer ser da vida?

- mãe, para - Gui a repreendeu mas eu não queria baixar a cabeça tão facil mesmo sendo tão emotiva e sensível.

- tenho 18, vou fazer 19 agora no fim do ano. E estou cursando Medibruxaria com estágio no St.Mungus, cuidei do Gui um tempo.

- 18 anos? Você é muito nova pro meu filho suponho, não tem medo dele te trocar por alguém mais madura? - meu olhos começaram a encher de água com suas insinuações e até Gina que não parecia gostar de mim ficou desconfortável como todos da mesa.

- N-não, acho que se fosse me trocar não teria me escolhido - gaguejei um pouco no início.

- Se você diz - ela deu se ombros - vou trazer a sobremesa crianças - saiu se virando para a cozinha.

- eu vou la em cima tomar um remédio que precisa ser na hora - falei para Gui e os gêmeos também iam saindo da mesa.

Caminhei devagar até a escada e no corredor dos quartos ainda segurando o choro os gêmeos ne alcançaram.

- desculpa pela nossa mãe - falou o que eu achava ser George.

- ela é meio grossa as vezes. - Fred diz.

- tudo bem, obrigada meninos. - pensei em algum jeito de agrada-los e achei algumas moedas no bolso que haviam sobrado - tomem, guardem para comprar doces quando voltar das férias - dei as moedas para eles que sairam contentes. eu nem sabia se ainda estavam na escola ou não.

- você é demais! - falaram antes de desaparecer.

Entrei no quarto e não consegui não deixar as lágrimas presas escaparem, peguei minha mochila vazia e reorganizei minhas coisas nela decidindo voltar para o meu apartamento. Quando Gui terminasse seu feriado aqui poderia ir me encontrar que não ia mudar nada entre nós.

Por um momento esqueci de me controlar e soltei um soluço um pouco alto mas sentei na cama e tentei tapar minha boca com as mãos até isso parar.

- escutei um barulho la de baixo - ele abriu a porta e me viu com o rosto vermelho, lágrimas secas no rosto e a boca tampada - ah meu Deus meu amor desculpa.

- eu não sou boa pra você - falei depois de um tempo quieta no seu abraço

- Shh você é perfeita, minha Mulher. - ele pareceu notar só agora minha mochila e o armário com as portas abertas - vem, vou arrumar minha mochila, vamos embora.

- não tudo bem, pode ficar. Eu vou pra casa e você me encontra lá depois do feriado.

- não! Eu vou junto, você é quem me faz feliz, se eles não te querem comigo não me querem feliz certo?

- não sei, acho que sim.

Ele pegou suas roupas e jogou na sua mochila deixando apenas um papel e uma pena para escrever um bilhete.

- vamos pelos fundos, creio que não queira passar por minha mãe - deduziu.

- se não for problema pra você.

Gui deixou em cima da mesinha do abajur, um bilhete falando que fomos embora para casa por problemas de ultima hora, mas também ressaltou no bilhete que está feliz comigo e que ele só considera familia quem quer o bem dele.

Saímos por uma portinha pequena dos fundos e aparatamos até o apartamento dele que em dois meses de namoro virou mais nosso do que dele.

- tudo bem? - ele perguntou pela milésima vez no dia, era muito fofo ver ele preocupado comigo.

- ta sim, só cansada um pouco já que o estagio foi no turno da madrugada.

- vem, vamo deitar.

Passamos bastante tempo conversando sobre oque queriamos da vida e sobre o futuro. Deixamos combinado de que quando estivéssemos estabilizados financeiramente e morando juntos fixamente iriamos adotar uma criança para ser nosso filho.

Eu falei que tinha medo da maternidade e ele não me julgou em preferir adotar um bruxinho.

As coisas iriam ir se organizando aos poucos e assim nossa vidinha tomaria o rumo certo.

"Na plenitude da felicidade, cada dia é uma vida inteira."

Johann Goethe

Oque acharam da short?

(Muuito talvez saia um epilogo)

Meu Doce Amor - Gui WeasleyWhere stories live. Discover now