Capítulo-39

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Pov Kai

-O que querem falar comigo?-perguntei à minha mãe e à minha avó.

-Nós só queremos saber se tu amas mesmo a Carolina?-perguntou a minha avó.

-Sim. Eu amo-a, muito. Porquê a pergunta?

-É que tu ficas-te muito mal depois da Sophia terminar contigo e podias ter começado a namorar a Carolina para esquecer a Sophia. Só queremos ter a certeza que não a vais magoar, nós gostamos muito dela.

-Eu esqueci a Sophia no momento que conheci a Carol-esta parte é verdade, desde que conheci a Carol, parei de pensar na Sophia-A Carol é a única mulher que eu quero. Não quero mais ninguém neste mundo inteiro. Ela é a certa.

-Como tens a certeza? Kai, ainda és tão novo. Pode ser que...

-Eu sei que sou novo mas, se eu tivesse que escolher entre ela e o Sol, eu seria um filho da mãe noturno. Eu sei que os meus outros relacionamentos não duraram muito mas eu sei que desta vez é diferente, eu sinto-o pela forma como ela diz o meu nome-Estas palavras saíram muito bem, parece que eu as sinto mesmo. É estranho.

-Muito bem, querido. Se tu tens a certeza que ela é a tal, apenas te tenho a dizer: nunca a deixes ir. Não cometas esse erro. Dá para ver que vocês os dois gostam muito um do outro, dá para perceber pela forma como olham um para o outro, há um brilho no vosso olhar que não nega a paixão que sentem um pelo outro-disse a minha avó. Estou a sentir-me mal por causa disto, isto é tudo mentira e eles estam a acreditar mesmo.

-Obrigado avó. Eu nunca a vou deixar ir.

-Já tens a tua amada de volta-disse Leah aproximando-se.

-Já não era sem tempo-disse levantando-me e indo ter com Carol que me deu um beijo na bochecha.

-Oh meninos. O que é isto?-perguntou a minha mãe. Assustei-me quando ela gritou-Não precisam de ter vergonha de se beijarem à nossa frente. Não tem problema nenhum. Podem se beijar-sentia a minha cara a queimar. Chegou o momento que nós temiamos.

-BEIJO!BEIJO!BEIJO!-gritava a minha família. Olhei para Carol para pedir a autorização para beija-la e ela concedeu.

Eu não sei explicar o que se passa, mas parece que eu estou nas nuvens. Os lábios da Carol encostados nos meus é uma sensação indescritível, até parece que os nossos lábios foram feitos para estarem unidos. Os lábios dela são doces, sabem mesmo bem. Só nos separamos quando ficamos sem ar, a Carol está com um sorriso enorme na cara dela e eu também. O olhar dela está um bocado diferente, não sei explicar, ela está a olhar para mim de forma diferente.

-Vocês são o meu ship supremo! Quero ter isto com alguém-disse Leah muito empolgada-Carol! Não tens nenhum amigo teu que esteje solteiro e que seja rico.

-Rico?-lá esta a minha irmã com as suas exigências. Ela diz que não quer que um homem a banque, mas quer um homem rico para a bancar. A isto chama-se bipolaridade-Tu és cá das minhas. Tenho alguns amigos que podem ser perfeitos para ti. Tens limite de idade?

-Não-disse ela.

-Tens um tipo?-perguntou Carol.

-Não.

-Perfeito. Quando poder falo com uns amigos e depois apresento-vos.

-Obrigada. Tu és perfeita-disse Leah abraçando-me. Era bom a minha irmã gostar da Carol, mas ao mesmo tempo é mau. Quando eu lhe disser que terminamos ela vai ficar devastada. Ela, num dia, demonstrou mais afeto à Carol do que mostrou à Sophia durante todo o tempo que nós namoramos.

-Eu sei.

-Kai. Queres vir jogar o jogo dos homens?-perguntou tio Adam. Os homens da minha família têm o hábito de jogarem Poker, eu não gosto e não sei jogar.

-Não. Eu prefiro só ver. Não sei jogar.

-O que quer dizer com jogo dos homens?-perguntou Carol.

-Estou a falar de poker, obviamente. Um jogo de homens.

-Então, quer dizer que uma mulher não pode jogar?-é a esta a Carol que eu conheço.

-Bem, as mulheres podem jogar. Simplesmente, não têm hipótese nenhuma a jogar contra homens.

-Perfeito, então eu quero jogar-disse ela sentando-se. É por estas coisas que eu gosto da Carol-Então? Não vai dar as cartas?

-Bem,sim. Apenas não quero que fiques a resmungar quando perderes-disse tio Adam. Ela não vai perder, se ela está tão confiante, é porque ela sabe o que está a fazer.

-Não se preocupe, eu não vou perder.

-Se fosse a ti, não teria tanta certeza. Não queres que eu te explique as regras?

-Não, eu sei jogar.

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Eu não percebo nada disto, mas acho que eles estão na última ronda. Tio Adam está com um sorriso na cara, eu confio que a Carol ganha, mas tenho um bocado de medo que ela não consiga.

-Sr. Richard, é o primeiro a virar as cartas-disse tio Adam. O avô mostrou umas cartas-Fagner, és tu-não sei se foi uma boa jogada, mas suspeito que não foi boa visto que a Carol começou a rir-se-Podes te rir agora, mas depois de eu virar isto vais chorar-disse o tio virando as cartas, acho que foi uma boa jogada, o avô e o Fagner estão muito espantados.

-Eu não acho-disse Carol virando as cartas, a expressão do tio mudou completamente quando viu as cartas dela.

-Como isto é possível? Como tu sabias fazer um Royal Flush. Tu és uma mulher, vocês não sabem jogar isto-eu odeio estes comentários do meu tio, se eu podesse daria-lhe um soco agora.

-Há mulheres que não sabem jogar, como há também homens que não sabem jogar. Você teve o azar de se meter com uma mulher que vai aos casinos de Las Vegas desde os 15 anos. Eu aprendi Poker com os melhores. Agora vou me retirar um bocado para festejar a minha Vitória-disse Carol saindo vitoriosa da mesa, segui-a para dar-lhe os parabéns.

-Não sabia que jogavas Poker-disse quando ela entrou dentro de casa.

-Há muita coisa que não sabes sobre mim-disse ela virando-se para mim.

-O que mais não sei sobre ti?

-Muita coisa.

-Como por exemplo?

-Se eu te contasse. Tu nunca mais olharias para mim da mesma maneira-A Carol está a ser dramática, isto é muito fala de filme. É impossível a Carol ter feito alguma coisa de mal.

-O que tu haverias de ter feito para eu não olhar para ti da mesma maneira?

-Nada. Preciso de ir à casa de banho-e lá esta a Carol à fugir dos assuntos que não lhe agradam. Isto ainda lhe vai fazer-lhe mal.

Voltei lá para fora para junto da minha família, sentei-me com eles e metemos a conversa em dia.

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-Eu já me vou deitar. O teu pai já se deitou-disse a minha mãe-Os outros também já estam nos seus quartos. Só tem o teu quarto vazio, querido. Vocês partilham o quarto, namoram, devem dormir juntos?

-Claro-respondeu a Carol. Eu não acredito nisto, parece muito aquelas fanfics onde só há uma cama para duas pessoas.

-Boa noite-disse a minha mãe entrando para dentro de casa.

-Não te preocupes, eu durmo no chão, não tem problema. Podes dormir na minha cama-disse.

-Não. Eu não te vou meter a dormir no chão, no teu quarto. Podemos partilhar a cama. Mas, nada de me tocares! Nem com um dedinho senão eu esfaqueio-te.

-Sim, chefe-disse.

-Anda, tenho de falar contigo sobre umas coisas.

-Que coisas?

-Digo-te no quarto-para quem ler isto noutro contexto, isto podia ser uma frase muito preversa.

Espero que tenham gostado deste capítulo.
O que irá acontecer dentro daquele quarto?😏

Traced Destiny'sWhere stories live. Discover now