Chapter seven

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...L.C...

Acordei em uma cadeira presa com aquelas estranhas correntes, minha cabeça doía mais do que quando tinha chegado naquela dimensão, a vida pode ser cruel, mas comigo ela é mais do que devia e eu tenho certeza.

Passou-se um tempo até meus sentidos estarem totalmente recuperados, fiquei apenas analisando o local que eu me encontrava, uma sala sem janelas com apenas uma mesa em minha frente, uma luz fraca e uma porta totalmente feita de metal. Aquele lugar me trazia vagas e dolorosas lembranças, tudo que queria era chorar, desabar, gritar até ficar sem voz, mas nada disso é possível pra mim, eu queria poder ter uma vida normal, ou tão normal quanto era para mim.

Depois de uns 20 minutos aquele ser entrou na sala, minha vontade de chorar foi substituída pelo meu ódio intenso que tenho desse garoto de 16 anos, ele estava com um sorriso que eu queria socar. Sinceramente me senti patética, ser pega por um humano, ainda mais uma criança? Ridículo.

"Parece que a pequena Cipher está acordada." Diz ele em tom de deboche

Virei a cabeça para o lado tentando não manter contato visual, não preciso olhar para seu rosto para saber que estava sorrindo.

"Oque foi querida? Está irritada? Não se preocupe eu sou muito delicado para com as damas, diferente de minha irmã."

Apenas fiquei calada com uma expressão fria, ele estava me provocando? Como eu queria destruir aquele humano insignificante! Tenho tendência de me tornar agressiva igual meu irmão Kill dependendo do nível do meu ódio. Todos somos assim, é de nossa natureza, porém espero que minha experiência com babacas ajude a lidar com mais um.

"Vamos Senhorita River, ou devo dizer Cipher, é falta de educação ignorar um cavalheiro que está sendo gentil."

Virei minha cabeça em direção ao garoto, fazendo-o se equivocar um pouco, era fácil notar que estava um pouco assustado. Digo, eu sou um demônio no fim das contas.

"O que está fazendo demônio?! Porque não consigo me mexer?!"

História engraçada, um dia eu acabei descobrindo um feitiço muito bom para ser usado em situações de desespero, ou então, muita raiva. Meus olhos foram engolidos pela escuridão, meu corpo se tornou algo mais pesado e em meus braços uma teia do que parecia ser tinta preta se espalhou por minhas veias, parecia como nas imagens de demônios que as pessoas veem em livros de terror, o problema, para nosso querido e menos favorito humano, é que eu era de verdade.

"Isso não é bom...MABEL TEMOS UMA FALHA DE CONTENÇÃO, TRAGA AS ARMAS!!" Disse o menino enquanto seu rosto ia tomando a cor azulada e seus olhos se enxiam de água. 

Desespero, era isso que eu queria ver.

Estava começando a recitar um feitiço, um feitiço secreto que era ativado com a força da minha raiva e desejo de matar, eu sou um demônio bastante calmo, mas existem limites! Esse feitiço foi ensinado por uma bela mulher que conheci a muitos anos atrás em uma das minhas escapadas do castelo, sempre me lembrarei de sua doçura, pois talvez eu a considere mais família que muitos dos meus.

...

"E oque seria isso?"- disse apontando para um pergaminho que tinha me chamado atenção

O quarto OlhoWhere stories live. Discover now