Tu pensas que eu penso muito em ti, que respiro a depender de tua essência, quando, na verdade, somente penso diante do teu questionamento.
Tu ditas regras como se houvesse difamação, quando, na realidade, há apenas respostas a indagações.
Mas, de fato, uma narração é verdade, há sofrimento diante da inimputabilidade de um homem imputável.
Porque a regra é clara, asseguro-te: diante do erro masculino há questionamento, diante do erro feminino há julgamento.
De qualquer maneira, se permitido a liberdade poética, narro por meio de uma hipérbole clichê: o inferno de uns é o paraíso de outros.
Infeliz eu era quando almejava o que não tinha, e se hoje o tivesse, infeliz ainda seria, pois o seu paraíso é meu inferno.
A tentativa de silenciar o inocente só demonstra a hipocrisia diante da sua narrativa, de defender os oprimidos, desde que não o sejam por ti.
Entretanto sou politizada e sei que diante da Magna carta é me assegurado o direito de expressão.
É deveras simples culpabilizar alguém por ações oriundas da sua incapacidade de esclarecimento de fatos.
É deveras simples fazer com que prisioneiros de suas palavras tentem acorrentar novamente quem recentemente conseguiu sua liberdade.
É deveras simples golpear outrem com suas lâminas chamadas palavras, sem o dar a chance de opção.
Complexo é simplesmente ir e deixar-me em seu paraíso.
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Por fora perfeita, por dentro hipócrita.
PoetryEu tinha uma amiga de infância, que todos ao nosso redor a consideram perfeita. Ela é incrivel, sem defeitos, um anjo. Mas em verdade, hoje adulta, percebo que a viam dessa forma por diversos motivos: por ela ser omissa; por serem pessoas tóxicas; p...