Parte única

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Tu pensas que eu penso muito em ti, que respiro a depender de tua essência, quando, na verdade, somente penso diante do teu questionamento.

Tu ditas regras como se houvesse difamação, quando, na realidade, há apenas respostas a indagações.

Mas, de fato, uma narração é verdade, há sofrimento diante da inimputabilidade de um homem imputável.

Porque a regra é clara, asseguro-te: diante do erro masculino há questionamento, diante do erro feminino há julgamento.

De qualquer maneira, se permitido a liberdade poética, narro por meio de uma hipérbole clichê: o inferno de uns é o paraíso de outros.

Infeliz eu era quando almejava o que não tinha, e se hoje o tivesse, infeliz ainda seria, pois o seu paraíso é meu inferno.

A tentativa de silenciar o inocente só demonstra a hipocrisia diante da sua narrativa, de defender os oprimidos, desde que não o sejam por ti.

Entretanto sou politizada e sei que diante da Magna carta é me assegurado o direito de expressão.

É deveras simples culpabilizar alguém por ações oriundas da sua incapacidade de esclarecimento de fatos.

É deveras simples fazer com que prisioneiros de suas palavras tentem acorrentar novamente quem recentemente conseguiu sua liberdade.

É deveras simples golpear outrem com suas lâminas chamadas palavras, sem o dar a chance de opção.

Complexo é simplesmente ir e deixar-me em seu paraíso.

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⏰ Last updated: Aug 13, 2021 ⏰

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Por fora perfeita, por dentro hipócrita.Where stories live. Discover now