Dezessete.

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Noutro dia, Sana marcou com Dahyun para que fosse na empresa. Caminhando ao lado de Tzuyu para a sala de reuniões, Minatozaki ficou em pé ao lado da chefe que estava sentada na cadeira da ponta, quando escutou batidinhas na porta.

— Pode entrar — Chou pediu.

A porta foi aberta por uma garota de cabelos azuis presos em um rabo de cavalo e uma roupa social, o barulho do salto alto que usava ecoou pelo cômodo composto por uma mesa de dez cadeiras e um projetor. Tzuyu engoliu em seco. Ficou tensa porque sabia que conhecia a garota de algum lugar quando bateu os olhos em sí.

— Com licença — Kim disse — eu sou Kim Dahyun, a economista.

— Fique a vontade, Sra.Kim — Tzuyu se levantou para cumprimentá-la, estendeu a mão que foi apertada. Um aperto de mão forte — eu sou Chou Tzuyu — se reverenciou — e essa é a minha assistente, Minatozaki Sana.

— É um prazer conhece-la — Sana também se reverenciou — se precisar de algo eu estarei aqui.

Dahyun olhou para Tzuyu assentindo, repousou os olhos em Sana franzindo o cenho passando a língua pelos lábios.

— Sente-se, fique a vontade — Tzuyu fez um sinal com a mão e se sentou.

Sana por sua vez, colocou os braços para trás do corpo e ainda ao lado de sua chefe observou Kim puxar a cadeira para se sentar.

— Minha secretária havia me dito que você tinha feito um bom trabalho em uma empresa que ela trabalhou — olhou para Sana, apenas para confirmar de que as informções eram corretas — então entrou em contato com você para nos ajudar.

— Certamente — assentiu — gosto de ser bem profissional, Sra.Chou. Então me diga do que você irá precisar que eu irei cumprir mas lhe digo, por tal repercussão eu cobro um valor bem alto pelo meu trabalho.

— Tal repercussão? — franziu o cenho.

— A Sra.Kim é uma das mais renomadas economistas da Coreia, Sra.Chou — Sana disse — ganhou muitos títulos e foi até citada para cargos políticos, mas recusou todos.

— Vejo que alguém andou pesquisando sobre mim — Dahyun sorriu e Sana assentiu.

Tzuyu intercalou o olhar entre a secretária e a economista, pigarreando enquanto ajeitava a postura.

— Então me diga a sua base salarial talvez eu possa cobrir com um saldo que eu tenho guardado no banco — indagou — mas preciso que comece de imediato pois a situação da minha empresa é crítica.

— Minha base salarial é de quinhentos mil por mês. Eu sei que é um valor bem alto — disse após notar a surpresa de Sana e ver Tzuyu franzindo o cenho — mas eu lhe garanto que será um trabalho bem feito.

Tozaki e Chou se entreolharam. Tudo ficou em silêncio por alguns segundos até Tzuyu respirar fundo e concordar com a cabeça.

— Eu irei transferir o dinheiro hoje mesmo, contando que você inicie o trabalho amanhã.

— Amanhã? — negou brevemente — eu não posso, é muito em cima. Eu preciso ter noção da situação antes de iniciar o meu trabalho.

Você não é renomada? — Chou a olhou, percebeu que havia dito demais ao ver a expressão de Kim mudar — por favor, eu lhe peço para que inicie logo! — suplicou.

— Eu não posso, assim tão rápido — negou — desculpe mas-

— Nem por um milhão?

Sana fez um barulho surpreso e tampou os lábios com as mãos quando os olhares foram para sí.

— Por um milhão? — Kim repetiu — quando começamos então? — sorriu.

— Lhe transfiro o dinheiro hoje mas quero você cedo na minha empresa amanhã — sorriu vitoriosa — fechado? — estendeu a mão.

— Fechado — apertou a mão da maior.

— Ótimo, muito ótimo — Tzuyu sorriu — lhe peço só mais uma coisa, que fique por mais alguns segundos para que minha secretária providencie o contrato.

— Tudo bem, eu posso esperar — passou os olhos por Sana e desviou o olhar rapidamente.

— Sana por favor...

— Claro, Sra.Chou — disse após entender qual pedido ela faria — licença.

Sorriu pequeno antes de passar pelas mulheres e sair. Tanto Tzuyu quanto Dahyun acompanharam com o olhar a japonesa, parando o olhar nas nádegas da garota bem marcada na calça preta social que ela usava.

— Lembrei — Dahyun quase gritou — Oh, céus... Eu lembrei! — Tzuyu juntou as sobrancelhas.

— Do que se lembrou?

— Da sua secretária — sorriu a olhando nos olhos — no bar. Eu sabia que conhecia ela de algum lugar, que mundo pequeno — riu baixinho, mas logo piscou os olhos — perdão Sra.Chou, acho que eu não deveria falar de sua secretária fora do trabalho.

— Está tudo bem — Tzuyu sorriu pequeno. Sorriu pequeno porquê também se lembrou do dia do bar, e de Dahyun segurando a mão de Sana enquanto iam para o banheiro. Fechou os olhos rapidamente para desfazer a lembrança de sua mente — não se preocupe. A vida social de meus funcionários não condiz com a profissional — assegurou.

•••

— Não gostou da nova economista, Sra.Chou? — Mina perguntou enquanto tinha alguns papéis em mãos.

Tzuyu desviou o olhar de Dahyun inclinada sobre o balcão do recursos humanos enquanto assinava o contrato e Sana ao seu lado, olhando para a folha com atenção.

— Gostei — sorriu — ela é uma das melhores, era isso que eu estava precisando.

— Não é o que parece — disse de sobrancelhas juntas — está com uma cara... E eu estaria mentindo se não dissesse que está incomodada.

Tzuyu quis rir mas não conseguiu, prendeu os seus olhos em Sana que sorria socialmente para Dahyun que não escondia o olhar interessado. Cruzou os braços, respirando fundo e batendo levemente a sola do salto no chão.

E então Mina entendeu tudo, muito mais do que deveria.

NSFW - Satzu.Where stories live. Discover now