Capítulo 24

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Maratona 1/4

— O que aconteceu hoje quando você me mandou ficar e saiu correndo atrás do Pope e do JJ?

— Eu deveria imaginar que você os conhece.

Peguei a garrafa de sua mão colocando o líquido em meu copo.

— Nesse verão eu sou uma pogue, então sim, conheço.

— Então nesse verão você escolheu o lado pobre da ilha — Rafe riu consigo mesmo.

— Nem todo mundo tem escolhas.

Ou ele acha mesmo que eu poderia escolher entre a casa da minha tia que cheira a peixe ou uma mansão que tem tudo o que me daria motivos pra não sair daqui pra conhecer lugar nenhum.

— Você escolheu ficar aqui e beber com meu pai.

O que tem haver?

— Eu estou bebendo com você também.

— Não é disso que eu estou falando.

— Prefiro pensar que você não está insinuando que eu estou dando em cima do seu pai.

— Você deixou bem claro um dia desses que não iria disperdiçar a possibilidade.

Dei risada.

— E você levou a sério? Ter ciúmes do próprio pai com uma garota que não conseguiu conquistar é meio ble.

— Meio ble?

— Não consegui pensar em uma descrição melhor.

— Quem foi que disse que eu não consegui conquistar você? Você só não sabe ainda, mas já está louca por mim.

Olhei em seus olhos.

— Talvez nos seus melhores sonho.

— Neles você não nega.

Ele sorriu malicioso.

— Você é podre — Brinquei sobre sua mente.

— Já me disseram isso.

— Com certeza não com a minha delicadeza.

— Seria impossível — Rafe tocou nas pontas dos meus cabelos.

— Obvio que seria — Tentei agir normalmente — Sobre aquele dia, na sala de jantar.

— O que?— Desviei meus olhos dos seus.

— Eu poderia ter perdido o meu emprego, não faz de novo não.

Não sou eu falando, é o álcool.

É o whisky de Ward Cameron me fazendo flertar com o filho dele.

— Eu poderia ter parado naquele dia, bastava você me pedir pra parar.

Eu não pedi? Aí minha cabeça está me traindo e eu não me lembro.

— O problema Me aproximei um pouco mais — É que naquele dia, eu gostei.

Não, não, não, Alina. Para de ser fraca.

— Sabe, não estamos em uma sala de jantar lotada agora, eu poderia fazer muito mais.

Voltei a realidade antes que seus lábios chegassem aos meus.

— É — Me afastei me levantando — Você não está em condições de dirigir e me levar para casa, pode me emprestar uma camisa? Vou dormir com a Wheezie hoje.

— Com a Wheezie?— Ele me encarou sem acreditar no que eu estava fazendo.

— É, com a Wheezie.

Subi as escadas na frente constrangida pela situação em que me envolvi e esperei no corredor até ele voltar com o pano em mãos.

— Tem certeza que vai dormir com a Wheezie? A minha cama é muito boa.

Senti meu coração acelerar e uma leve vontade de aceitar se fazer presente.

— Tenho certeza que é, mas não hoje — Dei um sorriso.

Aproximei meu rosto do seu, cheguei meus lábios bem perto dos seus e em seguida os desviei para um beijo demorado em sua bochecha.

Mas pode continuar tentando — Falei bem baixinho perto do seu ouvido antes de me afastar — Boa noite, Rafe.

— Boa noite, Ali.

Assim que fechei a porta do quarto de Wheezie me encostei na madeira e mordi meu lábio com força com uma sensação esquisita na barriga.

Baby Sister - Rafe CameronOnde histórias criam vida. Descubra agora