Cap. 1

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Arthur entrou em minha vida de uma forma tão rápida e avassaladora , que quando me dei por conta já estávamos casados , em menos de um mês , após nos conhecer. A partir dai minha vida mudou completamente , já não saio de casa , nem com as amigas , não durmo mais como antes , ás vezes acho que estou louca rsrs , como não ficar?
Um ano depois tive depressão , e ainda tenho , mas está controlada , tenho traumas do sexo em si , pois sofro violência constante e tudo isso graças a esse casamento.

Arthur
- Estou falando com você! - Olho ela.

Lua
- Tá , já vou trazer seu café. - Durante o dia vivo assim , distraída e lesa.

Eu não era assim , eu era feliz e cheia de vida , elétrica como minha mãe dizia. Mas com o tempo fui mudando , ter assumido um papel de esposa no qual eu não estava preparada me fez ficar assim.

Arthur
- Eu não pedi café , pedi um Wisk , quer saber? Deixa que eu pego você  não serve pra nada mesmo. - Levanto e saio da sala.

Lua
- Desculpa! - Desculpa , é a minha palavra favorita , mesmo sem querer. É a forma que tenho de dizer que eu não quero apanhar.

Arthur
- É por isso que eu te deixo sozinha o dia todo , essa sua cara de idiota me deixa estressado. - Coloco meu Wisk no copo e uns gelos.

Lua
- Eu não faço por mal amor.. - Olho ele e suspiro.

Arthur
- Eu já nem sei porque me casei com você. Aliás nem sei como duramos tanto tempo. Brincadeira viu? - Bebo e me jogo no sofá.

Lua
- Por que nos amamos? - Olho ele.

Arthur
- Deve ser.. - Olho ela.

Lua
- Sim.. - Sorrio.

Arthur
- Já se depilou hoje? Essa noite eu quero! - Olho.

Lua
- A lâmina me dá alergia , e me machuca. Gostaria de ir a uma depiladora , é melhor. - Olho.

Arthur
- Não!! Trate de se depilar aqui mesmo , não quero mulher minha abrindo as pernas por ai. - Assisto tv.

Lua
- Mas.. É mulher! - Olho.

Arthur
- Pode ser quem for , a resposta é não. - Tomo outro gole de Wisk.

Lua
Eu nem me lembro quando fui a uma depiladora , acho que faz um ano e meio. E mais ou menos um mês que não saio de casa. Dá última vez sai com ele , pra jantar e depois nunca mais sai. Eu até entendo esse jeito marrento , mandão do Arthur , mas me manter presa como se fosse um animal não é certo , e muito menos me agredir se eu ter feito nada.

Apesar de seus maus tratos eu o amo como no primeiro dia em que nos conhecemos , ele estava lindo de terno azul , e eu com um vestidinho bege , soltinho , lembro que ele foi rasgado , durante uma transa nossa no carro dele , aquela era a minha primeira vez com um homem , e o fato de Arthur ter sido o primeiro , faz dele muito especial pra mim.

Transar no carro foi desconfortável , estranho pra mim , lembro que sangrei no banco do carro dele e ele me bateu por isso. A partir daí , eu percebi o seu gênio forte , mas não deixei isso atrapalhar , eu estava cega e tão apaixonada por ele , que nem fiz questão de questionar na hora , eu mal pude falar , mas logo depois ele me pediu desculpas e prometeu não fazer mais , mas promessas nem sempre podem ser compridas.





O Amor Que Há Em Mim - ConcluidaOnde histórias criam vida. Descubra agora