01. Café

15 3 18
                                    

NOTAS DO AUTOR

Olá, amores, primeiramente eu queria agradecer a beta por se dar o trabalho de ler cada trechinho e corrigir as linhas da nossa chuva de amor; a designer por nos dar cores e imaginação; ao projeto por nos dar um tema tão lindo quando um dia chuvoso e cinza e por último, aos leitores do amor chuvoso, Arabella e Taehyung ama vocês.
______________________________________

Entre xícaras e algumas doçuras, o café Amour se mantinha bem acordado e cheio. Pessoas iam e vinham a todo momento. Era assim todos os dias, bem… na maioria deles.

Amour era um café bastante frequentado e que tinha uma ótima "fama". Fosse pelo delicioso cardápio bem feito, ou apenas pelo conforto que seu ambiente passava, todos amavam aquele lugar, principalmente os funcionários que, em todas as estações, estavam ali, presenciando amores e paixões.

Kim Tae-hyung trabalhava há cinco anos como recepcionista. Durante esses anos, ele vivenciou tantas paixões, que jurara que morreria caso não durasse. Ophelia, Jennie, July e Margot não duraram como o sentimento passageiro previu. Meses, anos e mais alguns anos no máximo. De beijos em beijos, de cama em cama, até reencontrar ㅡ com outros olhos ㅡ Arabella. Um alguém tão visto por ele quanto por qualquer outra pessoa. A simples e maravilhosa garçonete. Diferente e semelhante das outras. Nela, de alguma forma, tinha razões. 

Taehyung se apaixonou por tantas mulheres, e sofreu pela mesma quantidade delas, mesmo não merecendo. Ele era aquele homem que não se encontrava mesmo em outra vida. O do tipo raro que ama com tudo e se arrisca em tudo, por tudo, por alguém que ama. Romântico, único e indescritível. Nada o mudava, mas ele já não aguentava sofrer mais… não mais.

Arabella Williams trabalhava no café há três anos. Havia se mudado para Manhattan ㅡ Nova York ㅡ e logo depois para Seul ㅡ Coreia do Sul ㅡ no curto período de sete meses até decidir ficar ali. 

Ela amava muitas coisas, porém, três se destacavam e vinham uma abaixo da outra, desta mesma forma:

1° Café;
2° Chuva;
3° Flores.

Café lhe dava tempo e mais tempo para pensar. A cada gole uma nova forma de crescer e de se aquecer ao aconchego de si mesma e de outras pessoas. 

Café era como um porto seguro para Arabella, ele significava "eu confio em você", "eu acredito em você", "eu estou com você" e "eu com você". Foi a última coisa que seu pai lhe deu antes que ela entrasse no avião e se mostrasse para uma nova parte do mundo. Café era café. Arabella era café.

21 de Outubro

Com o barulho do vento batendo violentamente em suas janelas, Arabella foi acordada. Hoje era um dia frio e cinza em Seul, porém nada a tirava da cabeça que aquela manhã e aquela brisa eram lindas como tulipas.

A cidade acordou lenta e monótona. Havia poucos carros no trânsito e pouco barulho nas ruas, exceto pelo pássaro mais próximo que cantarolava sua melodia como se aquela fosse sua última chance de mostrá-la ao mundo. 

Devido a falta de movimento, a chegada ao trabalho foi rápida e tranquila. Nada de engarrafamento, nada de buzinas estridentes, nada de pressão, nada de pressa. O que contribuiu para que o seu bom-humor se elevasse e aquele sorriso derrubasse o estresse diário.

Estacionando o carro ao lado, Bella abriu a porta e saiu em direção ao café. Semelhante a cidade, Amour estava quieto demais para ser quem era. E isso, de certa forma, a derrubou mais uma vez.

Cerca de três mesas estavam ocupadas. Uma sendo ocupada por Ophelia Mynst, a adulta de 25 anos que frequentava o café todo santo dia, dando a entender que não havia nada que a ocupasse. Arabella já passou acreditar que ela estava desempregada e que ia ficar de olho em Taehyung. Essa era a explicação mais óbvia, mas não sabemos de onde ela tirava o dinheiro, já que, possivelmente, não trabalhava.

Rain of LoveOnde histórias criam vida. Descubra agora