𝘄𝗶𝘁𝗵 𝗹𝗼𝘃𝗲, 𝗹𝗼𝘂𝗶𝘀 ! louis partridge.

𝟬𝟲

"Eu o desenhei no meu mundo, eu o escrevi em minhas linhas, eu queria ser sua garota, mas ele nunca foi feito para ser meu"

S.N

DEITADA TODA CONTORCIDA em minha cama, eu lia. Ler é o que eu mais faço. Se acostumem. Já se passavam das duas da manhã. Eu ainda estava acordada. Não conseguia dormir. Insônia. Amanhã provavelmente eu acordaria exausta. Mais do que eu sou. Ultimamente eu ando esgotada. Cansada. Mais do que eu costumava me sentir. Eu não sei o porque. Como. Quando eu me tornei assim? Enquanto lia, eu pensava. Pensava em Louis. Em tudo que ele me contou. Ele sofria, mais não demonstrava. Talvez por medo. Ou porque ele simplismente quer mostrar o seu melhor lado, mesmo no caos. Eu realmente fiquei mechida com sua história. Onde eu o levaria? Em que lugar? Pensava em vários, mais nenhum me tocava. Nenhum tocava o meu coração. Ele me levou em um lugar especial. Intímo. Eu tinha que fazer o mesmo. Mais eu não sei onde. Eu conversei com meu pai sobre isso. Ele falou para eu levar Louis no nosso lugar. Eu neguei na hora. Nunca que eu levaria Partridge no lugar que era dela. Não porque não confio nele. É porque eu nunca fui lá depois de tudo que aconteceu. Tenho medo da minha reação ao ver tudo como ela deixou antes de partir. Passo as minhas mãos pelos meus cabelos e vejo cair algo. Era a flor que Louis havia me dado mais cedo. Ela ainda não tinha murchado. Decido prensa-la no livro que estava lendo. Deixaria guardada como uma lembrança. Eu não sei o porque disso. Nunca fui de guardar coisas. Nunca fui de colecionar memórias. Porém dessa vez eu senti nescessidade em fazer isso.

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Abro meus olhos sentindo um peso em minha barriga. Ainda sonolenta, olho e vejo Winni encima de mim. Dou um sorrisinho de canto. Eu espero que hoje eu tenha acordado melhor. Mesmo não tendo uma boa noite de sono. Me sento na cama e pego Winni em meu colo. Começo a acaricia-la. Winni conseguia deixar o meu dia melhor apenas existindo. Eu a amo tanto. Deixo ela encima da cama e me levanto. Mais um dia sobrevivento. A um tempo atrás eu contava quantos dias eu já vivi. Hoje já perdi as contas. Não me importa mais. Todos são iguais. Repetitivos, exaustivos, vazios. Eu já não aguentava mais. Porém ainda estava aqui por eles. Meu pai e Winni. Depois que a minha mãe partiu, eu ainda conversava com ela. Sentia que ela me ouvia. Um dia, eu prometi que nunca deixaria eles. Nunca. Porém não sei se aguentarei cumprir essa promessa. Não queria decepcionar minha mãe. Mais do que ela já está. Tenho certeza de que ela está decepcionada comigo. Eu não sirvo para mais nada. Eu não faço mais nada. Eu não vivo. Eu apenas reclamo, de tudo. Pareço Winni de tão rabugenta. Apesar disso, tenho meus motivos. Se minha vida fosse perfeita, eu não estaria reclamando. Não que isso seja um motivo plausível, mais é o único que tenho. Vou até o banheiro e rapidamente fazia minha higiene matinal. Não gosto de perder tempo com essas coisas. Visto as minhas roupas e os meus tênis surrados de sempre e saio do meu quarto com a mochila nas costas.

── Pai? O que o senhor ainda faz aqui? ── pergunto quando chego à cozinha. Meu pai estava sentado na bancada tomando uma xícara de café, enquanto lia o jornal. Estranho. Ele não costumava estar aqui por agora. Como eu já disse, ele vai trabalhar muito cedo ── Não era para você estar no trabalho? Já são sete e cinco.

── Bom dia filha! Estou bem e você? Ah sim, eu dormi muito bem ── meu pai fala com humor. Dou um pequeno sorriso eu vou para o armário da cozinha. Pego um pacote de pão e me sento ao lado de meu pai ── Hoje eu estou de folga na parte da manhã. Finalmente ── assim que me sento, meu pai me da um beijo na bochecha.

── Ah sim. Bem que o senhor pode dar para a sua filha linda uma caroninha até a escola né? Ela mereçe ── peço. Imploro. Odiava andar. A escola não favorecia isso. Para chegar até o meu colégio, eu tinha que andar por vinte minutos com uma mochila super pesada nas minhas costas. Isso é muito para uma sedentária como eu.