❝E se você beijasse a pessoa que mais odeia... sem saber que era ela?❞
Durante o baile de máscaras, o que Josephine Heyes menos espera, é ter o melhor beijo de sua vida; onde num jogo dos sete minutos no paraíso os dois acabam parando no armário...
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Josephine pov:
O céu nublado e escuro pelas nuvens carregadas da chuva embaçavam o para-brisa do meu carro emperrado na lama. Era impossível dirigir com o mundo caindo ao meu redor e eu precisava buscar Wheezie na escola, ao contrário meu chefe, Ward Cameron, me demitiria.
Minha única opção era ligar para alguém.
Disquei o número das minhas melhores amigas mas nenhuma delas atendia. Disquei o número de todos os pogues, e mesmo assim ninguém atendia.
Droga. Depois de tantas tentativas, apenas uma pessoa me restava. Era isso ou ficar com o carro emperrado na lama no meio de uma tempestade.
Disquei o número da pessoa que eu mais odiava na vida. E por incrível que pareça, ele atendeu no mesmo minuto.
— A-alô? — levei o celular ao pé do ouvido, me sentindo receosa e estúpida ao mesmo tempo.
— Josephine? — sua voz ecoou do outro lado da linha e senti meu estômago se revirar. — O-o que... Por que está me ligando?
— Ahn... deixa pra lá. Nem sei por quê eu liguei. Droga. Tchau, Rafe. — disparei.
Estava prestes a apertar o botão de desligar quando sua voz chamou.
— Espera! Espera... — ele disse e depois de alguns segundos continuou: — O que aconteceu? É a Wheezie?
— Não. Quer dizer... é, é a Wheezie. Quer dizer...
— Calma, Josephine — ele riu do meu desespero, mas sua voz continuava terna e suave, e isso me deu raiva. Muita raiva. — Me conta... que diabos aconteceu para você estar ligando logo para mim? — eu podia sentir seu sarcasmo mesmo de longe.
— Não seja tão presunçoso, Cameron. Eu te liguei porque meu carro emperrou na lama e eu preciso buscar sua irmã na escola.
— Então quer dizer que você precisa de mim. — não foi uma pergunta. Ele deve estar rindo de mim agora. Maldito. — Certo, deixa que eu busco ela.
— Mas e eu, seu idiota? — praticamente gritei. — Vai me deixar aqui no meio da estrada, com o carro emperrado, e numa tempestade?
— E eu te devo alguma coisa?
Fiquei em silêncio. Apertei os olhos, reprimindo a raiva que eu sentia dele.
— Eu estou brincando, sua boba. — disse ele. — Vou aí pegar você pra gente passar buscar a Wheezie. E depois chamamos um guincho para o seu carro.
— Muito obrigada. — minha voz saiu o mais fria possível.
Desliguei o telefone, antes que ele começasse a rir da minha cara. Que droga, Rafe Cameron, por que você tem quer ser tão convencido?
