Capítulo 8

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👆👆👆👆Adrian Mendonza 👆👆👆👆

Beatrice

Domingo - Fim de tarde

Estou no meu quarto com Jô, que está fazendo um cafune gostoso nos meus cabelos, enquanto conto pra ela sobre Susie, rimos e conversamos muito sobre ela. Contei à Jô sobre o que aconteceu com a empresa dela. Escuto passos no corredor e sei que Ian está vendo encher nosso saco, reviro os olhos e Jô apenas solta uma risada pelo nariz.

Ele abre a porta sem bater, levando parte da minha calma com essa atitude grosseira.

- Ah, pode entrar. - debocho me sentando na cama.

- Sem gracinhas Beatrice. - fala bravinho.

- Tá bravo porque? - pergunto retorica. - Geórgia foi embora e esqueceu você. - falo com desprezo.

- Olha aqui, quando perguntei se estava tudo bem que ela nos fizesse uma visita você concordou, mas agiu como uma criança mimada durante o dia todo. - fala exaltando a voz, pensando que assim vai me intimidar.

- Primeiramente, abaixa o tom de voz, porque não sou obrigada a escutar você gritando comigo. - falo com o tom baixo. - E segundo, eu pedi para que não fosse hoje, porque queria aproveitar meu dia com a mãe, mas como ela não podia ficar mais um dia pra ver os filhos você tinha que agradar ela. - falo calma por fora, mas com um vulcão em erupção por dentro.

- Me desculpa por querer ver a minha mãe depois de tantos anos, sei que você não faz questão de saber como ela está, é que também não se importa de eu estar bem por vê-la. - fala passando a mão pelos cabelos.

- Você está sendo injusto, eu não fiz questão de vê-la, mas você sim, então concordei na hora, não pode me chamar de egoísta quando eu deixei o meu bem estar de lado pra te ver feliz. - falo em um tom de voz tão calmo, mas ao mesmo tempo frio.

- Não venha falar como se não tivesse escolha... - começa mas Jô o corta.

- Olha aqui menino, você respeite a sua irmã, pois ela fez o que ela conseguiu pra te agradar, é mesmo assim você ainda tem que vir brigar com ela. - fala brava. - Se você não estiver satisfeito ela não tem culpa, porque enquanto você estava lá com a Geórgia, sua irmã estava tendo uma crise, porque a sua mãe é um gatilho pra sua irmã. - Jô termina de falar é meu irmão apenas solta uma risada com desprezo.

- Quem é você pra falar Joana. - fala olhando pra ela, que se levanta. - Você fez questão de deixar minha mãe desconfortável, falando sobre a administração da casa. - fala frisando o minha mãe. - É você só tem autoridade aqui nessa casa porque eu autorizei, já que antes disso você era até confundida com uma empregada. - fala e vejo que Jô deu um tapa no rosto do Ian, que olha furioso pra ela.

- Você me respeite, porque se não fosse por mim, você não teria nem a sua irmã mais, não se esqueça também que fui eu quem ajudei você e a sua irmã a construírem aquela empresa. - fala e vejo uma lágrima escorrer pelo rosto dela.

Me levanto e caminho até ela, abraçando a mesma que retribui, meu irmão se ajoelha na nossa frente e começa a chorar também, abaixa a cabeça e começa a se desculpar com a Jô.

- Jô, me desculpa. - fala chorando. - É que faz muito tempo que eu queria ver a Geórgia, eu não queria falar nada disso pra vocês.

- Não queria mas falou, palavras doem mais do que um tapa. - fala se abaixando. - Mas entendo que você queria ver a sua mãe.

- Você pode me perdoar? - pergunta chorando igual  um bebê.

- Não, você tem que merecer o perdão. - fala e ele chora mais. - Mas isso não quer dizer que vou ficar chateada com você pra sempre. - fala e se levanta.

SEQUESTRADA POR VINGANÇAOnde histórias criam vida. Descubra agora