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      Seria quase um pleonasmo dizer que estas apaixonada, vejo isso pelo jeito que dirige frenética depois de receber uma ligação que avisava uma gripe forte. O banco de trás do carro com o kit gripe que constituia-se de macarrão de letrinhas que sua mãe sempre lhe fazia, e muitos ingredientes para preparar um caldo para ela.

   Psi.... psi.... psi....

    - já vou.... - uma voz totalmente enazalada surgiu, em seguida o barulho da tranca sendo aberta e uma ruiva totalmente acabada e manhenta correndo para seus braços....

    - ruiva!! Como pegou gripe?

    - é algo do estúdio, acho que peguei algum tipo de friagem....

     - sabe que gripe é vírus né? - em resposta ouviu algum murmúrio indecifrável. Equilibrou-se em segurar suas sacolas e manter o abraço de Carol enquanto fechava a porta do apartamento com a chave, viu que por cima do sofá da pianista se estendia uma coberta, provavelmente estava embolada ali, não demorou muito e já se aninhava ali novamente....

    - bom. - Carol estava largada, com a cabeça na parede e um lenço na mão. - trouxe tudo que é necessário para enfrentar uma gripe. - pegou as sacolas começando a tirar algumas coisas de dentro. - aqui temos um termômetro - a medida em que ditava colocava-os por cima da bancada da cozinha - aqui temos um pacote de macarrão de letrinhas, alguns ingredientes para fazer um caldo, e isso é mel, para no final da noite você tome e durma sem tosse. Ahh também trouxe uma bolsa térmica e o senhor consti.... - pegou um bichinho felpudinho da sua infância, dando nas mãos de Carol

  - consti? - perguntou a ruiva analisando o bichinho com seu cheiro em coloração castanho clarinho, e uma camisetinha de patinhos.

    - sim! Vem de constipado, é um bichinho que foi meu, de meu irmão, e da minha irmã. Ele é nosso principal amigo quando estamos gripados, era o que minha mãe nos dizia. - sorriu nostálgica lembrando de sua infância.

    - agora vem, senta aqui para nós vermos se está com febre. - bateu no sofá, vendo a ruiva se arrastar. Pousou a mão em sua testa, logo em seguida sua boca, estava quente, ao que tudo indicava.

      Colocou o termômetro embaixo de seu braço ajeitando  camiseta logo em seguida. A menor se apoiou em você, recebendo carícias de revirar os olhos de tão delicadas. Se encolheu um pouquinho para alcançar seus lábios, percebendo que não trocaram um beijinho desde que chegastes.

    Ela correspondendo a Deus lábios, apoiando uma mão em sua coxa, a sua apertava-lhe o ombro, mas logo pararam com o som do termômetro, encostando as testas e roçando os narizes, colocou uma maçã ruiva para trás pegando seu termômetro para olhar.

     - tá febril meu bem 37.5. Vai tomar um banho, vou preparar sua sopa, e você tomará um remédio para abaixar essa febre. Mesmo relutante a menina te ouviu, encaminhando-se a passos preguiçosos para o banheiro. Por um momento até achou que ela tivesse caído, mas ela lhe alertou que só havia se sentado.

        Quando ouviu o chuveiro ser ligado  sobre o aviso de que qualquer coisa que ela te chamasse, foi para o fogão, fuçando os armários e gavetas em busca de tudo o que precisava, não foi das tarefas mais difíceis fazer uma sopinha. Quando o chuveiro foi desligado já estava colocando a mesa, esperando a sopa engrossar enquanto colocava os pratos e talheres (colheres) em cima da mesa.

    - Baby... - a voz manhosa foi escutada do quarto

    - sim? - estava recusando uma entrevista com alguém importante, parando para lhe dar atenção.

    - pode me ajudar a vestir? Tô com dor....

   - Posso sim. - foi meio sem pensar para o quarto, só caindo a ficha quando viu a mulher semi-nua.....

  - o-o que pretende vestir? - Carol deu de ombros sem parecer perceber seu estado de barril. Se dirigiu ao closet pegando uma espécie de pijama de frio, uma calça e camisa de mangas compridas dos ursinhos carinhosos, ajudando-a lentamente a fechar os botões da camisa, sentindo como se tomasse um choque quando sem querer as peles se tocavam, percebendo que não era só você nisso, já que os pelos do pescoço de Carol não enganavam nem cego....

     - acho que pronto senhorita. - vestia algo bem despojado, como uma camiseta dos nirvana e uma calça preta rasgada nos joelhos, desfiada nas barras, estava descalça.

     - você vai me dar sopa? - sentou-se preguiçosamente a mesa.

   - são meus planos, o cheiro tá bom... Ta bem quentinha para essa noite geladinha. - sorriu com o mini sorrisinho de Carol. Levou a panela a mesa deixando-a sobre o porta panelas no centro da mesa. Distribuindo sopa em ambos os pratos. E nem foi preciso um pedido para que você desse sopa em sua boca. Com muito cuidado para não queima-la. Acabou que comeram do mesmo prato, foi elogiada por seus dotes culinários, Carol disse que depois disso já estava até melhor, aferiu sua febre novamente, já estava sem. A fez deitar enquanto colocava a louça na máquina e preparava um leite com mel especial.

      Carol bebeu devagar, reclamando da temperatura, uma de suas notas mentais foi: "a ruiva fica manhosa ao extremo quando doentinha" sabia que a garota já o era normalmente, mas essa versão resmungona era bem nova....

     - pronto lindinha. - deu um beijo em sua testa, pegando a caneca e levando para a cozinha.

    - você quer tomar um banho? Posso te emprestar algumas roupas.... - assim que Day sentou-se a beirada da cama, Carol lhe lançou a proposta.

    - tomei banho antes de sair de casa, linda! - afagou seus cabelos lentamente, recebendo um sorrisinho cansado em resposta.

     - deita. Você pode dormir....

    - você ficará aqui? - relutou quando Day a empurrou gentilmente pelos ombros.

    - claro, eu tô aqui.

    - quero dizer, dormirá comigo? - Day sorriu sem se conter.

    - se você quiser...

     - eu quero, venha. - logo as duas já estavam emboladinhas, se olhavam de um jeito apaixonado, uma fazia carícias em seu pescoço, outra descia e subia lentamente a mão pelo braço da outra.

    - obrigada por cuidar de mim. - aproximou -se, ficando no mesmo travesseiro que Carol.

   - não foi nada bem, você faria o mesmo por mim. - sorriu inalando o cheirinho de Carol

   - faria mesmo.... - trocaram um selinho, dois, um roçar de lábios, línguas invadindo sem permissão, mãos passeando sem se conter em limites, rapidamente Carol já estava sobre Day. Arfantes e de lábios unidos, em um beijo lento e quente, que queria descer, não se limitando só aos lábios rosados da morena dos olhos escuros. Um sorrisinho surgiu entre o beijo, quando Carol involuntariamente investiu com o quadril, fazendo Day segura-lo com força.

    - se você não estivesse tão gripadinha... sorriu afastando os lábios. Carol voltou a se deitar ao seu lado, tocando seu nariz com a ponta do dedo, sorrindo enquanto tentava recuperar o fôlego, todas as duas sabiam que não era o momento propício para isso. Só conversaram antes de quase simultaneamente pegarem no sono, agarradas....

.........

   Espero que tenham gostado, vou tentar manter minhas atts, não garanto porque o bloqueio tá judiando. Beijos e queijos

     VOTEM E SE VACINEM!!

O amor?Onde histórias criam vida. Descubra agora