𝘵𝘳𝘰𝘶𝘣𝘭𝘦𝘥 𝘨𝘪𝘳𝘭 - 𝘧𝘪𝘯𝘯 𝘸𝘰𝘭𝘧𝘩𝘢𝘳𝘥 + 𝘺𝘰𝘶

twelve

NARRADORA ON

Finn voltou a sua casa por alguns instantes, ele precisava de um banho, precisava dar as caras para seus pais e mostrar que está bem. Mas assim que se banhou e comeu, voltou ao hospital sem dar muitos detalhes a Mary e Eric.

Ele ficou mais ou menos uma hora na porta do hospital enquanto falava ao telefone com seu irmão, então foi chamado por uma enfermeira dizendo que S/n já havia acordado.

— Então eu posso vê - la? – Ele pergunta preocupado mas com um brilho nos olhos.

— Poderia, mas ela precisa ser medicada e precisa comer antes. – A moça diz com uma bandeja em mãos, que tem uma sopa mais aguada com um copo de suco e um copinho de plástico com comprimidos, além de mamão e outras frutas num prato separado.

— Não se preocupe, eu posso levar isso a ela. – Finn diz e a enfermeira assente, entregando a bandeja a ele e o guiando até o quarto da garota.

Assim que Finn entra, ele balança a cabeça numa mania que tem em retirar os cachos dos olhos, atraindo a atenção de S/n que estava sentada na cama. Ela sorri de forma doce assim que o vê e ele faz o mesmo.

— Boa noite bela adormecida. – Finn diz com uma voz engraçada e S/n ri com um pouco de dificuldade.

— Boa noite Finnie.

— Finnie? – Ele levanta uma das sobrancelhas com um sorriso no rosto. — Gostei disso. Bom, acho que você deve comer. – O cacheado deixa a bandeja em cima do colo de S/n, ajeitando o máximo que da para não ficar desconfortável para ela.

— Eu tenho que tomar esses remédios?

— Sim. Mas acho que é melhor você comer antes, pode vomitar se tomar isso tudo de estômago vazio.

O'connell assente. Ela leva a mão até a colher colocando um pouco de sopa na boca e Finn se senta num cantinho da cama.

Ele a olha comer e fica feliz por vê - la se alimentar mas triste por ter que vê - la nesse estado, S/n continua linda, mas muito machucada.

— S/n... Eu sei que não é o melhor momento pra falar sobre isso, mas eu preciso saber o que aconteceu pra que eu possa te ajudar.

A garota sente um nó se formar em sua garganta e larga a colher no prato de sopa. Olhando para baixo pensando em como vai entrar nesse assunto sem chorar ou se desesperar.

— Meu pai estava brigando ontem com a namorada, eles já chegaram em casa gritando e eu acabei interferindo porque não queria vê - la apanhar, como vi minha mãe a vida toda... Sobrou pra mim como dá pra ver. Basicamente é isso.

— Você tem que denunciar. – Wolfhard diz firme e O'connell aperta os olhos suspirando fundo.

— Tá, eu denuncio e aí o quê? Onde eu vou morar? Só vou fazer 18 anos no fim do ano, eu não trabalho. Meu pai vai preso e eu sobrevivo como? Com o quê?

— S/n mas você não pode continuar vivendo assim! Você poderia ter morrido ontem cara, viver com aquele homem é suicídio. Eu não quero te ver assim novamente, nunca mais.

— Não depende mim, e você sabe disso.

— Mora comigo. Foda - se, e daí?