Capítulo único

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Segue uma história triste.

Boa leitura!


Harry POV

O mapa do maroto me dizia que Draco estava refugiado no banheiro do segundo andar junto da Murta Que Geme.

Era uma dupla improvável, mas eu não queria pensar nisso agora.

Precisava acertar as contas com Draco. Ele havia me traído da maneira mais dolorosa possível e eu precisava confrontá-lo e fazer sumir aquela mágoa que estava machucando meu coração.

Draco Malfoy era um ômega.

Um segredo guardado a sete chaves de toda a Hogwarts. Conforme eu prometi, nem mesmo aos meus melhores amigos eu me abri a respeito disso.

Apesar de ser um beta, eu era muito sensível em relação aos ômegas e em algum momento eu me permiti encantar por ele.

Mas cobras são sempre cobras.

Elas voltam para te ferir no calcanhar.

Foi o que Draco Malfoy fez comigo, após eu ter lhe oferecido meu coração.

Ele estava se deixando levar pelas ideias de Voldemort, sendo seguido por elas.

As evidências não paravam de se apresentar diante dos meus olhos.

Quando Katie Bell acabou internada após um incidente com um colar de opalas, finalmente eu aceitei aquilo que meus olhos se recusavam a ver.

Draco era leal a Voldemort e não a mim.

Mas, quando entrei naquele banheiro, meu coração se agitou numa suave advertência.

Draco estava chorando, a Murta Que Geme, ao seu lado. Ela trazia uma expressão triste, parecia tentar consolá-lo.

Balancei a cabeça, tentando afastar esses pensamentos de compaixão.

Draco era um ômega, afinal. E todos sabiam que ômegas conseguiam se vitimizar com muita facilidade.

Eu simplesmente não podia mais me deixar enganar por seu aspecto frágil.

Ele se virou para mim, seu rosto vermelho e molhado de lágrimas.

– Harry... – ele murmurou meu nome e, por um segundo, eu pude sentir dor na sua voz.

Mas eu ignorei aquela sensação. Ele era um traidor afinal e eu não podia mais me deixar enganar.

– Você anda estranho nesses últimos dois dias – caminhei na direção dele, com certeza carregando uma expressão dura em eu rosto.

– Harry, tem coisas que você não sabe...

– Eu sei... Na verdade, eu sei... você envenenou Katie Bell, não foi?

– O quê? – ele franziu a testa. Parecia surpreso. Com certeza pensava que poderia me enganar. – Não, Harry. Não fui, você...

– Para de mentir pra mim! – eu disse, apontando minha varinha para ele e a Murta flutuou entre nós.

– Por favor, escuta ele... – ela me pediu, mas àquela altura eu estava com tanta raiva, que a ignorei.

Dizem que a raiva cega. E a verdade era que desde a morte de Sirius, que eu andava com esse sentimento no meu coração. Era como se eu fosse explodir.

– Não, ele age pra Voldemort, como o pai dele... Eu me deixei enganar, mas agora eu vejo todas as suas mentiras.

Fui eu a lançar o primeiro feitiço. E logo os gritos da Murta se misturaram às luzes que saíam de nossas varinhas.

Regrets (drarry)Where stories live. Discover now