Em Comum

4.4K 369 102
                                    

                          CAPÍTULO 03

                  Liz


A semana seguiu tranquila no trabalho, e Liz já estava familiarizada com o ambiente e algumas pessoas. Sua chefe continuava mais exigente a cada dia, em um momento ela está calma e no outro já estressada.

Se ela acha que Lizandra não percebe quando olha seus seios e bunda, está enganada, por aqueles olhos nada passa despercebido. A forma que sua chefe a olha não é normal e pode estar louca mas, aqueles olhos castanhos a desejam e é de uma forma surreal, Lizandra não pode negar o óbvio — Sua chefe é gostosa pra caralho. Sua pele negra, seus cachos definidos, seus lábios carnudos é de deixar qualquer um de quatro e aquele corpo malhado é uma perdição.

E pra complementar sua rotina, suas irmãs se adptaram bem ao novo bairro e gostam bastante da vizinhança e já até fizeram amizade com as outras crianças que ali moram rapidamente. Felizmente Liz conseguiu encontrar uma babá para as duas que a buscam e cuidam delas até às cinco da tarde.

Mas essa vida monótona estava a matando aos poucos e quando a babá de suas irmãs aceitou cuidar delas até o outro dia, sentiu dentro de si que precisava espairecer a mente, mas de uma forma que há muito tempo não fazia.

Assim naquela mesma noite  Lizandra decidiu sair com Olivia, sua melhor amiga e voltaria a frequentar o lugar que prometeu um dia nunca mais ir depois que sua mãe faleceu – Sim, Isabel sabia que sua amada filha praticava bdsm, mas não concordava e não entendia o por quê. Uma vez, Liz passou dos limites numa das práticas, e acabou se machucando feio, por ser uma brat e viver criando problemas, ganhou uma punição do seu antigo dominador Patrick.

Resultado: uma bunda roxa e uma semana sem conseguir andar direito. Sua mãe logo percebeu as marcas e hematomas, após uma briga maternal que quase a expulsou de casa, Lizandra prometeu que nunca mais faria tal coisa, afastando-se do mundo que a trazia imensurável prazer. Tinha apenas 19 anos na época mas, a dor que sentia a ajudava a sobreviver aos seus problemas, e o estímulo sexual tradicional já não a excitava mais.

O problema é: Ninguém suportar ficar longe daquilo que os faz bem, e não foi diferente com Lizandra, a submissa sentia falta e queria voltar a praticar.

E foi o que fez.


– Tem certeza? – Olivia perguntou mais uma vez quando estacionou o carro em frente uma boate famosa conhecida aqui no Rio de Janeiro.


“Fantasy Club" o nome se acendia e se apaga na entrada da boate. A verdade era que, Lizandra não sabia de mais nada, apenas queria sentir algo que a fizesse sentir-se viva de novo.


– Tenho! – disse ao sair do carro e caminhar até a entrada da boate. O namorado e dominador de Olivia já a estava esperando na entrada e me deu um breve comprimento – Vamos... – pedi ansiosa ao olhar o relógio e ver que já marcava 23h54 da noite.

– Calma leoa – brincou Juca.


Entraram ao estabelecimento e a balada estava agitada, bebida pra lá e pra cá, desconhecidos roçando seus corpos uns nos outros, a batida eletrônica ecoava pelo local todo, a medida que as luzes brilhantes reluziam nas bebidas. Percorreram pelas pessoas, até chegarem no fundo da boate, onde dois seguranças se encontravam escoltando uma porta de veludo vermelho ao canto, ao mostra as credenciais na qual havia um desenho de um Tríscele na superfície exterior do cartão, logo os deixaram passar. Seguiram por um corredor iluminado por censores de luz, até aonde realmente queriam estar. A balada é apenas uma distração para o verdeiro espetáculo que é o clube de bdsm escondido no desconhecido.

Save Me (Romance Lésbico) - REVISÃO Onde histórias criam vida. Descubra agora