Shawn Mendes
Eu te amo.
Eu te amo, Eliza Smith.
Eu te amo. Eu te amo. Eu te amo. Eu te amo. Eu te amo. Eu te amo. Eu te amo. Eu te amo. Eu te amo. Eu te amo. Eu te amo. Eu te amo. Eu te amo. Eu te amo. Eu te amo. Eu te amo. Eu te amo. Eu te amo. Eu te amo. Eu te amo.
Eu. Te. Amo.
Eliza.
Eu sentia. Explodia se sentir. Meu peito chegava doer do tanto que estava sentindo. Mas meus lábios travaram e só o que me restou foi agarrá-la desesperadamente em meus braços na esperança de que meu coração batia forte o suficiente para ela sentir junto comigo.
Acho que consegui chegar a beira do colapso quando me dei conta de que ela realmente me amava e eu não tinha mais porque temer estar um passo atrás tanto quanto temia antes.
Minhas mãos passeavam pelo seu corpo e pude perceber ela soltar uma leve risada, talvez eu não consegui esconder tanto assim quanto imaginei que conseguiria.
– Pra alguém que trabalha com a voz você tá muito calado — disse meio abafado — Acho que devia ter guardado essa declaração pra depois de você já estar bêbado... Ou bem bravo... Só assim pra saber o que se passa nessa cachola, não é? Mas vou manter as esperanças altas pra...
– Por favor, cale a boca — beijei seus lábios brevemente — Você vai me endoidar.
– Isso foi um 'não'? — riu.
– "Não" o que?
– 'Não te amo'? Foi isso?
– Isso foi um... Eu te amo demais, Eliza Smith.
Pra minha sorte algumas taças de champanhe de horas atrás naquela noite já estavam para agir e ligar meus motores da coragem. Mas é claro que Eliza não se lembrava disso, nem precisava, então os créditos — tecnicamente — eram todos meus.
– Demais?
– Demais — confirmei.
– Eu também te amo demais. Não vou deixar que você ame "demais" sozinho — sorrimos juntos — Na verdade... Não vou deixar que faça nada sozinho daqui em diante, não vai se livrar de mim facilmente.
[...]
A noite esfriou sutilmente em Toronto enquanto eu e minha garota nos escondemos no apartamento com vista para a CN Tower. Estávamos um tanto quanto inquietos para dormir mas também embaralhados na mesma proporção depois de tantos incidentes das últimas horas, até mesmo o chão gelado da varanda era confortável o suficiente para nós acalmarmos.
Em silêncio.
Por horas.
Temi que Eli se sentisse chateada por não tocarmos no assunto do jantar, mas como eu poderia? Me distraia o suficiente com amá-la e que tínhamos admitido tal fato. Além do mais, não via as horas passarem com sua presença agradável, mas notei quando começou a amanhecer, pois meu coração não deixou escapar uma oportunidade de acelerar quando a luz da alvorada deixou seu rosto e fios de cabelo ainda mais encantadores.
Um tanto eu a amava.
– Meu telefone não para quieto — Eliza quebrou a mudez do ambiente com um olhar preocupado para o aparelho que deitava ao seu lado vibrando a um bom tempo já — Mas, felizmente, são apenas mensagens da Liz. Acho que ela pode esperar um pouco.
– Está com sono? — ela negou com a cabeça — Quer fazer algo? — repetiu o movimento, dessa vez me olhando nos olhos — Tudo bem por mim, mas é que se a gente ficar aqui por muito tempo vamos criar raízes.
Ela riu e se inclinou um pouco mais para minha frente avançando para segurar minhas mãos que serviam como perfeito encaixe nas as suas.
– Obrigada por me dizer aquelas coisas — seu polegar acariciou minha pele — Eu preciso aprender a ter mais responsabilidade com seu coração. Acho que por tanto tempo fiquei confusa com os meus sentimentos que desaprendi que outras pessoas também podem estar nessa mesma situação.
– Tá tudo bem... — retribui o carinho sem olhar em seus olhos — Mas eu não disse por você. Eu precisava daquilo também.
Eliza rapidamente pareceu querer responder, mas tropeçou em suas próprias palavras e depois de um tempinho suspirou. Pensei por um instante que algo poderia estar errado mas a inquietação não durou muito já que ela se aproximou para se aconchegar em meu colo e iniciou um abraço caloroso, não me segurei e a apertei de volta.
Ela deixou vários beijos delicados em meu rosto e aquilo me fez derreter por dentro e por fora, a ponta dos meus dedos chegava a formigar pela necessidade de puxá-la para mais perto misturada com a insegurança de que iria lhe machucar com aquilo.
Quando fez uma pausa em seu afago meu peito gritou por mais daquilo, mas eu não iria mostrar ser tão dengoso quanto era por dentro, decidi apenas olhar confortavelmente em seus belos olhos verdes.
– Sabe que pode sempre me contar quando eu te machucar, não é? — disse — Prometo não fugir.
– Eu sei... E tá tudo bem que você fuja, contanto que não seja pra longe de mim — sorrimos juntos — Eu posso ser seu carro de fuga.
– Estilo Taylor Swift e Tom Hiddleston?
– Olha só ela fazendo referências à cultura pop. Mas sabe que eles terminaram faz anos né? — ela revirou os olhos e se ajeitou no meu abraço.
– Eu gosto da música, só isso — me deixou um selinho demorado antes de se afastar mais uma vez — E se um dia a gente terminar... O que eu espero que não aconteça... Pelo menos sabemos que criamos uma história legal.
– A nossa história é bem legal mesmo.
Deslizei minha mão pelo seus cabelos aproximando seu rosto do meu enquanto nossas respirações se misturavam e olhos se fechavam.
– Eu não quero sair daqui — sussurrou — Não quero voltar pro mundo real. Mas... Precisamos.
– Acho que sim — respondi na mesma altura — Eli... Sabe que você também pode me dizer sempre o que te incomoda não é?
– Sei.
– Diga sempre. Acho que vamos nos machucar bastante ainda.
– Eu tenho certeza disso — senti quando suas unhas se arrastaram levemente pela minha nuca — Mas pra minha sorte, você além de ser um ponto fraco pro meu coração, também é o que cura ele, Shawn Mendes.
Não senti vontade de dizer mais nada, apenas de beijá-la com tanta intensidade que me faltaria ar pelos próximos milênios. Então o fiz, ferozmente juntei nossos lábios, borboletas festejaram no meu estômago e sua língua me deixou zonzo até o momento que já não estava contra a minha.
– Amor... — ela me chamou mas não consegui responder com dignidade, apenas murmurei baixinho para que ela soubesse que estava ouvindo claramente — Tem algo que eu não gosto muito...
– O que é?
Ela empurrou as mãos contra meus ombros e nos deitamos ali mesmo no chão, pude perceber que fazia força para não jogar todo seu peso em cima do meu corpo mas ainda sim estava perto o suficiente para sussurrar em meus lábios.
– Detesto aquelas suas regatas horrorosas.
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it matters ∾ shawn mendes
Fanfiction[ CONCLUÍDA ] "Laugh cause it was only meant to be for one night, baby..." ∾ Sentimentos são uma das coisas que ocupam lugar na lista de assuntos que os cientistas mal conseguem explicar. Por que duas pessoas completamente diferentes se apaixonariam...
