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Corremos para fora do castelo (que já estava um tumulto completo).

Não dá pra deixar de notar que Ed fica mil vezes mais bonito e atraente quando usa uma armadura, mesmo que não seja a vermelha.

Deixei que o meu exército ficasse cuidando da cidade e do castelo enquanto todos os narnianos iam para a guerra fora dos muros.

Vimos Oliver e mais alguns príncipes calormanos. O exército deles era enorme, maior do que eu imaginei.

Coragem querido coração. — disse uma voz na minha mente.

Ignorei todos os meus pensamentos pessimistas e mandei que assoprassem as trompas, iniciando-se  assim a guerra.

Alguns grifos jogavam rochas e isso ajudou bastante, mas não foi o suficiente para eliminar nem 1/4 do exército inimigo.

Os arqueiros atiravam sem parar, já que era Susana quem estava no comando.

Particularmente não estou com tanta raiva e não pretendo matar Oliver. Não agora. Ele merece ser massacrado diante todo o povo antes de morrer.

Avançamos mais um pouco e fomos acabando com todos os que apareciam na nossa frente.

Um tempo depois do início da batalha o exército de Oliver já estava meio eliminado. Sua expressão facial era de nervosismo, talvez agora ele estivesse vendo quem é mais forte aqui.

Com esse avanço, fiquei cara a cara com ele. Sorri e começamos a lutar.

— Achava que eu estava blefando não é? Você é a próxima a perder a vida. Depois aquele seu namoradinho. — disse ele.

— Boa sorte para vencer o melhor espadachim de Nárnia. — falei.

— Ainda dá tempo de se render, você sabe que irá perder e de quebra matar todos que você ama.

— Será que não é você que está com medo de perder? Está vendo o que meu exército está fazendo com o seu. Desculpe Oliver, eu tenho a palavra de Aslan ao meu lado, não me vencerá tão fácil.

— Aslan não está aqui para te proteger. Ninguém está aqui para te proteger.

— Tenho uma família linda para me proteger; Ed, meus cunhados, Hanna, seus irmãos e todos os narnianos. E você? Cadê a sua mãe para te acobertar? Ah, está morta.

— Mataram ela? Parabéns.

— Matamos. E mataríamos se fosse necessário.

Os olhos dele se encheram de lágrimas e consegui fazê-lo se ajoelhar perante mim.

— Não deveria chorar, você também matou meu pai e seu pai. Você é uma pessoa horrível Oliver. — falei e coloquei minha espada em seu pescoço.

— Sim, eu sou uma pessoa horrível, mas não matei seu pai. Muito menos meu pai. Você acha que eu faria isso? — perguntou.

— O que?

— Sabe, todas as coisas que eu fiz foi só pra te chamar de minha. Minha princesa, minha rainha. Mas você preferiu estar aqui agora, acabando com a minha vida.

— Eu não queria e não quero ser sua rainha. Eu já encontrei o meu rei.

— Eu sei disso, não precisa jogar isso na minha cara. Eu estou acostumado a ser rejeitado. Meu pai e as minhas irmãs sempre preferiram Eliezer, só minha mãe me amou antes de todos.

— Então você é feito de inveja?

— Sim, inveja, inveja de vocês que tem tudo o que querem.

— Eu lamento que seja assim, de verdade, deve ser horrível.

— Não, através do meu ódio eu encontrei um propósito pra mim.

— O propósito de destruir a vida de todos?

— É, destruir todos que me fizeram mal, principalmente você. Não sabe o que é ver a pessoa que você mais ama com outro na sua frente.

— Se me amasse não teria feito tudo isso contra mim.

— E quem disse que eu não te amo? Eu fiz tudo isso para que você fosse finalmente minha. Eu te devolveria seu pai e você casaria comigo.

— Você só pode estar de brincadeira comigo, eu nunca faria isso.

— Me mata logo por favor.

— Isso não seria um favor.

— Seria sim, não posso viver sem minha mãe.

— E prefere morrer do que tentar voltar do começo?

— Eu não tenho mais jeito.

— Claro que tem. Você tem seus irmãos que ainda te amam.

— Do que adianta se eu não tenho o seu amor?

— Por que insiste nessa história? Encontre alguém que te ame e me esqueça.

— Não posso te esquecer, não conseguirei esquecer da princesa mais linda que já conheci.

— Sim, você pode. Levanta, vai para um lugar bem longe de mim e reconstrua a sua vida lá. Só me deixa em paz.

— O seu pai e o meu estão dentro da catapulta vermelha. Você me convenceu, vou para a Calormânia.

— Seja feliz.

— Você também, mesmo que não seja comigo. Espero que Edmundo faça por você o que eu não consegui fazer.

— Ele já está fazendo.

Oliver se levantou e caminhou até alguns guardas, que assopraram a trompa anunciando o fim da guerra.

Todos pararam de lutar e pareciam surpresos.

— Essa mulher vale muito mais do que esse rosto bonito. Poupou minha vida e me deu uma chance de recomeçar. Espero que todos também façam isso. — disse Oliver e em minutos ele e seu exército foram embora.

— O que acabou de acontecer? — perguntou Ed chegando com os outros.

— Nada que uma palavra não resolva. — falei.

— Não vamos matá-lo? — perguntou Susana.

— Não. Deixemos ele viver, todos merecem uma segunda chance. — falei.

— É uma pessoa honrada S/n. — disse Lúcia. — Todos deveriam ser como você.

— Então se pretendia dar a ele seu perdão, por que não fez isso antes? — perguntou Hanna.

— Eu não pretendia, mas algo bateu no meu coração pedindo para que eu parasse. — falei.

— É, acho que merece mais que todos nós ser rainha. — disse Pedro. — Não costumo ouvir meu coração.

— Não deve, ele é enganoso. Mas eu aprendi que todos merecem uma segunda chance. — falei.

— Socorro! — gritou alguém. Vinha da catapulta vermelha.

— Verão que Oliver não foi tão ruim como achamos que tivesse sido. — falei e fui até a catapulta.

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Eu tô emocionada com esse final pq eu não faria isso se eu realmente estivesse no lugar da S/n.

Já clicou na estrelinha darling?

Plágio é crime 🚨

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