Eu estraguei tudo!

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POV RAFAELLA


         Maldita hora eu inventei de sair com Manu, eu acabei bebendo além da conta e Caon teve que me deixar em casa. Por coincidência o bar que Manu me levou era o mesmo que a banda de Caon estava tocando e até gostei do som deles. Eles cantavam do sertanejo ao pop rock dos anos noventa, e o pior era que a maioria das musicas me lembravam de Gizelly e esse era um dos motivos pelo qual bebi exageradamente.

           A sexta amanheceu pesada, minha cabeça parecia que ia explodir, e eu tinha uma reunião com os sócios logo pela manhã. Sofia também não estava no pique, minha filha acordou enjoadinha e fez até manha para não ir para escola, depois de muita luta consegui deixa-la e parti para o escritório. O dia passou no automático, e vez ou outra Caon entrava em minha sala pra ver se eu estava bem. Tentei não ser grossa, mas acho que ele estava confundindo as coisas. Dei graças a Deus quando encerrei meu dia, estava exausta e só queira minha cama e um colinho da minha filha. Passei na escolinha e Fernanda disse que ela passou o dia indisposta e isso já me deixou meio preocupada.

-Oi meu amor, está tudo bem? – Abracei minha filha e logo ela deitou o rostinho em meu ombro e apenas balançou a cabeça. – Vamos pra casa, a mamãe vai cuidar de você.

Prendi ela na cadeirinha e partimos pra casa. Val ainda estava por lá e eu pedi que ela fizesse uma comidinha leve pra eu tentar fazer Sofia comer.

-Rafa, ela anda tão amuadinha esses dias. – Val disse enquanto picava as verduras pra fazer uma sopinha. – Acho que isso pode ser falta de Gizelly.

-Eu sei disso. – Suspirei cansada. –Pelo menos quando Gizelly estava aqui, elas se viam todos os dias nem que seja por algumas horinhas, agora é só quando ela pode. Eu não sei quando foi que Gizelly começou a quebrar nossas promessas.

-Aposto que ela nem sente que está fazendo isso. – Val tentava me consolar de alguma forma.

FLASH BACK ON:

       Depois que Gizelly foi pra França, meus dias se resumia e chorar e estudar. Tinha me decidido que eu cursaria direito e entrei de cabeça nos livros do pré-vestibular. Passava dias trancada em meu quarto e minha única felicidade era as sms que trocava com Gizelly tarde da noite. Ela começou um curso de culinária por lá e me contava com empolgação de como a experiência estava sendo incrível. Por um lado eu ficava feliz em vê-la empolgada, por outro lado eu tinha medo dela não querer mais voltar.

        Os dias passavam e a saudade dela só aumentava. Minha mãe já estava irritada com minha exclusão do convívio familiar, e meu irmão Renato estava cada vez mais ausente de casa. Eu estava em meu quarto abraçada a uma foto que tínhamos tirado em um passeio da escola, ela estava linda com o cabelo solto e com a língua pra fora, seu braço estava em volta do meu pescoço e eu a olhava sorrindo. As lágrimas teimosas caiam e nesse momento a porta do meu quarto foi aberta com certa violência.

 As lágrimas teimosas caiam e nesse momento a porta do meu quarto foi aberta com certa violência

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