9.

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SADIE.

— Calma, vai dar tudo certo. — Eu falo para mim mesma, indo até essa droga de janela e conferindo pela milésima vez que o carro do meu pai não tá aqui fora, então, beleza.

Já faz mais de 2 semanas que eu to literalmente sem sair de casa, eu não consegui nem mesmo ver a S/n, isso tudo por conta do merda do meu pai. Claro que o Caleb podia ajudar e não ter TANTAS passagens pela polícia, mas sinceramente, meu pai nem sequer tentou parar para entender o meu lado, sentimento, ou o que seja. Ele simplesmente descobriu que eu namoro ele e me tirou de tudo, não querendo escutar uma única palavra que fosse. Péssimo, péssimo mesmo.

Mas não, isso não é o pior... Nessas duas semanas as coisas pioraram ao extremo, mais do que isso, então quando ele descobriu a outra parte da verdade, eu apanhei mais do que bem. E nessa parte... Não o culpo. A porra que eu fiz foi enorme e sem a mínima responsabilidade, mas o que me deixou mais quebrada ainda foi a maneira que tudo aconteceu. Foi como ele descobriu, na realidade juntou os pontos, e então me arrastou para fora de casa, me levando para um lugar que agora, eu só quero distância.

Essa escolha não era dele, e muito menos só minha, mas não... E para piorar, agora ele simplesmente vai me mandar para o outro lado do mundo, sem nem cagar para as minhas necessidades ou não.

Meu celular treme e eu então olho a tela, vendo que era o Caleb mandando mensagem porque havia chegado. Que merda eu tinha na cabeça para chamar ele agora? Se bem que... Se bem que daqui a alguns dias eu estou indo viajar, esse é o único momento para ele me ajudar. Nós podemos fugir, ou... Definitivamente, porque eu não me importo mais. Meu pai pode ser policial e é mais do que óbvio que vai ir atrás de mim, no entanto... Nós podemos fugir para longe, ir para um lugar que ele não imaginaria nunca.

Eu passei por isso e mal estou aguentando, não sei como a S/a é tão forte e já passou por coisa bem pior.

— Porra, amor. Eu to aqui na sacada fazem uns 5 minutos. — Ele fala quando eu abro a porta, sorrindo fraco e já sentindo os braços dele na minha volta. Ele me aperta com força e começa a beijar o meu pescoço, passando o nariz pelo lugar e distribui mais beijos ainda. — To com uma saudade do caralho. — E eu mordo o lábio mais do que nervosa, dando um beijo no peito dele antes de o afastar de leve.

— A gente precisa conversar. — E com isso ele rola os olhos.

— A gente pode beijar um pouco, depois conversa, depois transa. É fácil. — Ele sorri todo sacana, mas eu nego e seguro sua mão, fazendo ele perceber que eu não estou brincando.

— Você sabe que eu viajo daqui a uns...

— Não. Eu sei que teu pai quer que tu viaje, mas que tu não vai. — Ele solta a minha mão com raiva, então concordo e o encaro.

— Eu não vou. — E com isso ele enrugou as sobrancelhas, parecendo raciocinar o que eu estou falando.

— Vai querer fugir mesmo, é sério? — Ele pergunta e eu concordo, vendo o sorriso aumentar ainda mais no seu rosto. — Então tu tá esperando o que? Faz uma mala e…

— Precisamos pensar ainda para onde vamos. — Eu falo como se fosse o primeiro ponto a pensar, mas agora sim ele fica sério.

— Como assim onde vamos? A minha casa? — Ele só pode estar brincando.

— Claro, para hoje mesmo o meu pai fazer uma visitinha para nós?

— Eu já falei que posso matar ele, mas...

— Você sequer se escuta? Porra Caleb, não é a merda de um inimigo que você pode descartar, mas sim o meu pai. Eu nunca deixaria você fazer isso, seu merda.

chains 𝙩𝙬𝙤 | louis pWhere stories live. Discover now