20| A Eternidade do nome

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Talvez pego-me escondido no armário
A pensar em ti
Nas mil formas de unir o sol e a lua
Formando um eclipse
E deixando-lhe flutuar nessa rua

Olho as seis paredes
E às vezes deparo-me com seu nome
Bem estampado na brisa do meu cérebro
Até em papéis brancos, lá consta o seu nome
Sem passado nem futuro
E o presente é esse nome branco
Sem nenhum significado, mas ficou o nome

Esse nome maligno que com o vento tenta ganhar vida
Criar asas e correr
Com recordações atacar-me
Com um cupido alvejar-me

Esquivo-me dessa
E de tudo que as suas palavras escreveram
E de tudo que sua boca não disse.

E como uma borracha
Toda nossa falsa história virou cinza
Em pó se transformou
Somente ficou o nome.

EÚRCIA: A carta que eu nunca te escreviOnde histórias criam vida. Descubra agora