first | how i met your daughter

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"Isto soube bem." Murmurei para mim mesmo, soltando um pequeno gemido, enquanto fechava o fecho das minhas calças. "Isto soube mesmo bem."

"Tu és ótimo." A rapariga, da qual não podia negar já me ter esquecido do nome, à minha frente elogiou, com um sorriso que eu podia seguramente afirmar que escondia algumas segundas (e talvez também terceiras) intenções.

O seu vestido foi alisado e ela deixou um pequeno beijo na minha bochecha; local que discretamente limpei, assim que ela virou as suas costas para mim, para apanhar a sua carteira, que se encontrava no chão da casa de banho feminina.

"Agora, eu tenho de ir embora, bebé." Comecei, deixando a minha mão direita coçar a parte de trás do meu pescoço, com um pouco de nervosismo. "A minha... Mãe... Ela mandou-me uma mensagem, antes de virmos para aqui, a dizer que a minha avó está no hospital." Menti, um pouco atrapalhadamente, tentando escapar-me do pequeno cubículo da casa de banho sem ter de acompanhar a morena à minha frente até casa.

Ela não era feia (de todo) e o seu corpo não era de deitar fora. Os seus grandes olhos castanhos completamente mergulhados em maquilhagem foram o que mais me chamou à atenção, no seu rosto, e os seus cabelos castanhos, que lhe chegavam ao fundo das costas, complementavam, não perfeitamente bem (mas, de algum modo, bem), o seu corpo; mas eu não estava à procura de uma relação, naquele momento. (E, para dizer a verdade, ela não parecia ser o género de rapariga com quem eu teria uma relação. Não sou exatamente exigente, mas, pelo pouco que conversámos, consegui perceber que não temos absolutamente nada em comum e ela não parece ser muito inteligente.)

"Oh, amor!" A morena - chamar-lhe-emos assim, já que a minha memória não é exatamente ótima - exclamou, alargando o seu sorriso. "E, mesmo assim, preferiste ficar comigo?" Piscou várias vezes os seus olhos.

Será que lhe entrou algo para lá?

Deslizei os meus dedos pelos meus cabelos loiros, provavelmente completamente despenteados, assentindo, com um sorriso forçado.

"Depois, liga-me." Ela pediu, saindo do cubículo onde acabámos de fazer sexo.

Afirmei que o iria fazer, apesar de não ter intenções disso.

Antes de sair também do cubículo, certifiquei-me de que tudo estava no lugar dentro do preservativo que usámos e de que não teria uma rapariga mais velha do que eu cerca de cinco anos a ligar-me, daqui a umas semanas, a informar-me de que serei pai. Ainda tive a oportunidade de ver o seu rabo abandonar a casa de banho feminina, enquanto me encaminhava até aos lavatórios.

Olhei-me ao espelho e tentei pentear um pouco o meu cabelo, que denunciava demasiado facilmente que tinha acabado de dar uma bela queca. Assim que fiquei contente com o meu aspeto, lavei as minhas mãos - um vício que aprendi com Michael, um dos meus melhores amigos: sempre que vou à casa de banho, mesmo que seja apenas para colocar algo no cesto da roupa suja, acabo a lavar as mãos.

Dirigi-me até à saída da casa de banho, onde fui contra uma rapariga qualquer, logo depois de levar com a porta na cara.

"Olha por onde-" A pequena loira à minha frente começou, subindo o seu olhar até ao meu rosto. "Woah, tu és grande."

"E foi assim que eu conheci a vossa filha." Admiti, sem conseguir conter o meu sorriso, ao relembrar-me daquela noite.

Eu não podia estar mais agradecido a Calum, por me ter arrastado até ao bar onde habitualmente íamos, naquele dia. Normalmente, iria de boa vontade: Calum e eu sempre demos um bom uso aos Bis falsos que Michael nos arranjou; mas, naquele dia, apenas me apetecia ficar a dormir.

how i met your daughter // luke hemmingsWhere stories live. Discover now