0.13 A ultima borboleta. 🦋

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E chegamos ao fim....

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A surpresa que me deu ao ouvir suas palavras chegou e foi embora rapidamente. A sensação de euforia, e adrenalina em meu sangue que ativavam melhor o circulamento de meu corpo fazendo batimentos mais rápidos, se repetiu freneticamente causando-me leves palpitações na cabeça, indicando uma possivel dor de cabeça.

Seus olhos cheios de esperança pararam de ter, se transformando em uma expressão mais relaxada, cansada, pela minha demora de uma resposta.

Eu simplesmente não conseguia.

Eu daria um "sim" sem saber se eu realmente estou pronta, ou lhe daria um "não" e continuaria cheio de paranóias e diversas outras coisas na mente, frizado que pode o machucar e isso é algo que eu não quero...

Se eu pudesse dizer sim, estaria o prendendo a mim para sempre?
E quanto ao término, se houver? Como eu ficaria?

As inseguranças, as crises, voltariam tudo de novo?

— Está tudo bem, acho que me precipitei mais uma vez — disse me fazendo arregalar os olhos, e mais uma vez, o coração disparou. Não era isso que eu queria ouvir, não mesmo.

Não.. diga não Nabi!

— Não! — gritei um pouco mais alto do que deveria, atraindo a atenção de Sooa, que com seus olhos pequenos e cheios de felicidade me encarou. — Pode continuar a brincar Sooa! — disse para a garotinha que sorriu e voltou a brincar no escorregador após levar alguns segundinhos encarando-nos, na certa, queria uma certeza maior de que poderia continuar a brincar.

E novamente, voltamos à estaca zero. Eu fiz tudo voltar à estaca zero, mas ele deve entender que esse passo é muito importante para mim... Para nós!

Jimin me encarou em busca de uma explicação, ou algo que contornasse aquela situação, não a fazendo ficar constrangedora tanto para mim quanto pra ele.

— Não o que?

— Não, você não está se precipitando Jimin, eu só—

Fiz uma pausa restaurando meus pulmões com uma grande inspiração de ar. Eu precisava.

— E se terminarmos? E se eu e você brigarmos muito? E seu eu ficar mal, e te fazer ficar mal? E se tudo voltar a ser como antes? E se você for embora de novo? E se você—

— E se nada disso acontecer? — disse com um sorriso mínimo, mas o suficiente para mostrar suas pequenas covinhas sutis no canto da boca. — E se eu por este anel em seu dedo.. — disse retirando uma pequena caixa de veludo com um anel ali.

— Você está me propondo casamento? — disse em completo choque. Casar? Não está nos meus pensamentos por agora. Há segundos atrás eu nem pensava em reatar o nosso namoro de anos atrás, imagine uma possibilidade de proposta de casamento!

Ele gargalhou, pondo o anel prata em meu dedo.

— Não estou.. ainda não! — ele sorriu pondo o anel dele. — Isso é um anel de namoro. Para oficializar isso e tirar todas as possíveis confusões, como antes. Não quero deixar as coisas confusas entre nós, e eu quero realmente te amar, e dessa vez com uma nomenclatura! — ele soltou um riso, o acompanhei relembrando-me de algum tempo atrás.

Ele me encarou enquanto eu ainda sorria, e sem entender, parei de sorrir e o acompanhei com o olhar. Jimin me encarava intensamente, o brilho no seu olhar fazia o meu automaticamente brilhar junto.

Park usou sua destra para levar o meu cabelo para trás, expondo minhas orelhas, na qual ele teve cuidado de prender meu cabelo. E lá estava eu, sentada naquele banco de uma praça qualquer de Seoul, encarando ele, Park Jimin.

Então, agora, eu namoro?

— Desta vez, para oficializar com um pedido não tão digno quanto você merece... mas, aceita namorar comigo Eun Nabi? — ele sorriu segurando a minha mão.

— Quero sim, Park Jimin — sorri para ele e me aproximei para dar-lhe um beijo, que foi prolongado um pouco mais graças a sua mão que colou-nos ainda mais ao atingir minha nuca, deixando os leves carinhos que de certa forma me arrepiaram.

Então essa deve ser a parte em que eu finalizo o meu diário mental, dando ênfase na parte melhor.

Foram alguns anos sem tê-lo e ficando cada diz mais ciente de que ele não voltaria mais para mim, ou ao menos para visitar a cidade, mas tudo pareceu sair dos conformes de minha cabeça sonhadora e agora ele está aqui a minha frente, com um anel no dedo e eu com um igual. Selando um namoro.

Ele foi a pessoa certa, mas no tempo errado.

E agora finalmente o tempo certo veio e eu posso esculpir borboletas para ele, ao seu lado enquanto um blues soa na caixa de som da pequena saleta para produção artística. O tempo de poder sentir seu corpo ao meu o quanto eu quiser, de passar horas sentindo o seu cheiro forte que permanece em qualquer lugar que ele passe. 

Agora eu posso finalizar o meu diário de borboletas, e eu finalizo dizendo que ele ou ela pode ser a sua pessoa certa, mas no tempo errado.

— Você é a minha borboleta Eun Nabi.

Pequenas coisas bonitas| PJM 🦋 +18Where stories live. Discover now