14° CAPÍTULO

199 19 166
                                    

Deus lhe proporciona uma nova chance toda vez que o sol nasce!
Já agradeceu hoje?
[...]
☆☆☆☆☆☆☆☆☆☆☆☆☆

CAPÍTULO 14

Era um domingo lindo; acordei com uma enorme ressaca, minha cabeça doía muito, devido a noite anterior.
Levantei e tomei um banho frio. 
Já era por volta das três horas da tarde quando sai da cama.
As meninas me chamaram para irmos até a praça.



Ficamos ali até ao escurecer, conversando sobre o meu relacionamento com o Karlos, além do nosso momento na boate que ocorreu ontem.
Já na casa da tia Carla...
Minha mãe estava procurando os mais bem sucedidos de Paris, por coincidência ou não, acabou encontrando a EWS, vulgo empresa da família Willson. 
Creio que ela vasculhou tudo, verificando um rosto semelhante com o do Fred Willson. 

Miranda: – Carla? Esse aqui é seu patrão? – Ela indagou, como se não quisesse nada, ainda sentada em sua cadeira com os óculos no rosto.
Carla: – Sim! Como você sabe disso?  – Perguntou de volta, enquanto permanecia lavando a louça, apenas jogou a coluna para trás para fitar Miranda na sala.
Miranda: – Nada, mas me fala, o sobrenome dele não é Willson? – Questionou-se, folheando aquelas páginas.
Carla: – É sim.
Miranda: – A empresa não é rica? Por isso que achei aqui, então.
“Preciso arrumar uma forma de casar a Theodora com esse rapaz, mas, de que maneira? Tenho que arrumar um jeito, e rápido!” – Pensou Miranda, ansiosa.

Na segunda de manhã, me preparei para a viagem que íamos fazer a negócio, nunca tinha viajado assim antes; permanecia aflita e nervosa, mas queria mostrar meu potencial ao Fred.

Miranda: – Hoje você vai viajar com seu chefe, é? 
Theo: – Sim, a senhora sabe que sim. – Respondi meia fria e logo adiantei os meus passos, afinal eu já estava atrasada.
Miranda: – Vê se gruda nele, aliás... não vão ter que dormir lá? Será que vai ser no mesmo quarto? – Perguntou meio animada, com um sorriso.
Theo: – Mãe, eu não... Ah, esquece. Estou atrasada para conversa sem sentido. – Apenas revirei os olhos e fui embora, batendo a porta.

Já na empresa, soube que ele já estava em sua sala...
Não demorei para ir até lá, e, com um sorriso largo entrei em sua sala. Prontamente ele me respondeu, com um sorriso meio estranho; mas o importante é que sorriu.

Fred: – Só estava esperando por você! – Levantou-se de sua cadeira.

Sem demorar muito, ele andou até a saída da sala, me sinalizando para que eu o seguisse. Andamos até o elevador, que nos levaria até o terraço.

Theo: – Nunca andei de helicóptero antes! – Exclamei cessando os meus passos ao ver aquele veículo aéreo mais à frente; assustada.
Fred: – Sério? Então, vamos lá, você vai gostar da sensação! – Animado, respondeu colocando as mãos nas minhas costas.

Droga... morro de medo de altura...
Meu coração parece que vai sair pela boca, mas logo engoli a seco e o segui. Com ambos já dentro do helicóptero, começamos a viagem. Demorou um pouco, mas, logo chegamos no terraço de um outro prédio, onde aconteceria a nossa reunião.
Desci do helicóptero devagar, ajeitando minha saia um pouco abaixo do joelho.

Fred: – Olha, de agora em diante você não fala nada, só se eu te perguntar algo. Entendeu? –  Naquele instante eu estranhei, pois ele falou de um jeito bruto, não pareceu aquele cara simpático que me acalmou durante o voo.

Saímos do terraço e fomos até o elevador, que iria nos deixar no andar desejado onde estaria a sala de reunião. Ainda meio... assustada com a forma que ele falou comigo anteriormente, o segui por aquele andar.
Depois de alguns passos, paramos na frente de uma sala e entramos; eu na frente, por ser mulher e ele, supostamente, foi um cavalheiro. Cumprimentei todos os investidores daquela sala para depois seguir em direção a um canto vazio, onde fiquei de pé agarrada na minha pasta feminina, que aliás só tinha o meu notebook.
Enfim, momentos depois a reunião começou...
Os investidores iniciaram já falando que que o investimento produtivo se realiza quando a taxa de lucro sobre o capital supera ou é inferior à taxa de juros, ou quando os lucros fossem maiores ou iguais ao capital investido.
Em outras palavras... a empresa WS estava fornecendo o mínimo disso. 
Seria necessário fornecer um espaço maior, perto deste mesmo prédio, para que eles não tenham custos altos e adicionais com os transportes.

Fred: – Mandarei meu irmão administrar essa parte do projeto, logo iremos ter uma capital de lucro ainda maior do que o elevado.

Ele falou sorrindo e agradecendo a todos ali. Posteriormente, saímos daquela sala, depois que eu me despedi também, e voltamos ao elevador.

Fred: – Eu não vou conseguir... O mané do meu irmão jamais irá administrar a empresa sem ter que pedir a proposta que ele tanto quer.
Theo: – Sinto muito em me intrometer, mas...  O que vai ser da WS se você não conseguir um membro da família? – Indaguei, já dentro do elevador, ainda abraçada com a minha pasta.
Fred: – Espero que minha mãe tenha algo a dizer sobre isso. – Bufou irritado, enquanto saiu primeiro do elevador, eu segui depois.

Depois daquilo, fomos até um hotel para descansarmos, onde ele reservou um quarto luxuoso, e só para mim; havia um tapete enorme que cobria aquele cômodo, era possível ficar rolando pelo quarto sem se cansar. Aliás, se a Thame ou a Soll estivessem aqui... Era exatamente isso o que elas iriam fazer.
Enfim, tomei uma ducha.
Após o banho, deitei naquele colchão de grife, onde fiquei relaxando e comendo uns salgadinhos, que estavam a disposição em uma mesa de lanches ao canto do quarto. Permaneci só de roupão e uma toalha sobre a cabeça, envolvendo meus cabelos que foram muito bem lavados no banho. Eu queria explorar ao máximo aquele meu momento de luxo, mesmo que fosse só por uma noite.
Mas logo... Escutei a campainha tocar.
Levantei da cama e fui até a porta. De frente para ela, olhei no olho mágico, para verificar quem seria a pessoa do outro lado. Eis que eu vi: era o Fred. Nervosa, corri de um lado para o outro, sabendo que não ia dar tempo de me vestir para recebe-lo adequadamente.
Então, apenas ajeitei o meu roupão, limpei a boca e abri a porta... Com um enorme sorriso no rosto, como se estivesse tudo sob controle.

Theo: – Fred? Oi, em que posso ajudar? – Abracei minha cintura, ainda meio tímida, principalmente com ele me encarando daquele jeito, da cabeça aos pés.
Fred: – Só vim saber se você não está com fome, pois ia te chamar para jantar comigo. –  Ele passou a língua em seus lábios carnudos, molhando-os, me olhando com atenção.
Theo: Claro, eu aceito. Vou só... me vestir, ok?
Fred: – Sem problemas. Te espero lá embaixo!

Fechei a porta e fiquei imaginando quais seriam suas intenções...
Por sorte, eu tinha um vestido ideal pra sair em um hotel de luxo como esse. Bom, minhas roupas jamais chegariam à altura deste lugar, mas é o vestido mais arrumado que trouxe comigo nessa viagem. Afinal, não tinha dinheiro para ter um closet cheio de roupas caras e de marcas mais caras ainda...
Trajei o vestido e saí do quarto. Fui até as escadas e desci, avistei Fred conversando com um senhor, que parecia ter um pouco mais de 50 anos, porém bem formal. Ele sussurrou algo no ouvido do Fred. Porém depois, ele olhou em minha direção e veio até mim, depois que eu já tinha descido as escadas.

Fred: – Você está linda! Aliás, aquele senhor que saiu, falou que eu tenho uma namorada muito bela, mas... que pena, não é? Você não é minha namorada. – Com um sorriso, segurou as minhas mãos, dando um beijo nelas em seguida.
Theo: – Hm... – Prontamente afastei minhas mãos, coçando a garganta. Tentei esboçar um sorriso, para disfarçar, mas ainda sem graça com aquilo. – Podemos ir?
Fred: – Me diga, minha secretária, o que devo fazer em relação a reunião de hoje? – Andamos um pouco a frente, ele colocou uma mão embaixo do queixo.
Theo: Acredito que seja melhor... falar com seu irmão. – Respondi pegando uma taça de vinho, de um garçom que passou pela gente nos oferecendo
Fred: – É perda de tempo. Eu conheço meu irmão, ele não vai aceitar. Só irá se eu fornecer grande parte do projeto para ele, para que ele crie aquelas ideias hipócritas. – Respondeu, pegando uma taça de vinho do mesmo garçom.

Ainda naqueles passos, logo chegamos em nossa mesa, a qual Fred já havia reservado. A comida já estava sendo servida e posta, segundos antes de chegarmos.

Theo: – Hipócrita? – Perguntei, enquanto ele, gentilmente, puxou a cadeira para que eu me sentasse. Em seguida, ele tomou lugar a mesa também.
Fred: – Deixa para lá... Não vamos estragar o nosso jantar falando do meu irmão, afinal a comida daqui é uma delícia. Mas antes, um brinde? – Ainda sorridente, levantou a taça de vinho, para que eu brindasse com ele.

Brindamos, para depois começarmos o jantar enquanto jogamos conversa fora. A comida realmente estava uma delícia, do jeito que ele falou que estaria. Foi um bom jantar.
Após o ocorrido, Fred me acompanhou de volta ao meu quarto. Nos despedimos apenas com um aceno, não queria dar margem a outra coisa, ou que ele entendesse errado as minhas intenções.

Fred: – Boa noite, e ah... amanhã sairemos cedo, ok?
Theo: Certo. Boa noite, e obrigada pelo jantar!

Ele apenas assentiu com a cabeça, não tirando o sorriso do rosto. Em seguida, virou-se de costas, colocando o seu paletó no ombro. Não demorou muito para que ele desaparecesse em meio aquele enorme corredor, depois de longos passos adiante.
No dia seguinte, chego exausta em casa depois da viagem. Felizmente, Fred me disse que eu não precisaria ir trabalhar hoje, antes da gente se despedir, pois eu já tinha feito muito por ele ontem, o acompanhando naquela reunião. Sem contar, que ele mencionou que iria ter uma reunião familiar mais tarde, naquele mesmo dia.
Sobre o que poderia ser... essa reunião familiar?




"















Casei Com O Meu Cunhado (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora