it's all my fault

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Pov Draco Malfoy

Tudo estava escuro.

A escuridão se fazia presente no local em que eu estava. Não podia sentir paredes ou chão.

Estava apenas escuro e sombrio.

Senti lágrimas sendo formadas pelo meu rosto. Pisquei meus olhos e elas começaram a descer pela minha bochecha.

Não tinha nenhuma luz enquanto eu girava meu olhar para o quarto escuro.

Estava indefeso, sozinho, fraco e com medo.

Minha respiração começou a acelerar e uma dor se fez presente em meu peito. A dor ia piorando e as lágrimas desciam cada vez mais.

A dor aumentava mais e mais. Eu chorava ainda mais com a sensação. Eu não aguentava mais e tentei gritar para isso parar.

Minha voz não se fez presente, meus lábios se mexiam. Mas, não emitiam qualquer som para chamar atenção de alguém ou algo.

Minhas pernas cederam e eu caí com tudo na escuridão, a dor piorava e eu só sabia chorar e implorar para que aquilo parasse.

Eram como facadas em meu peito. Abracei meu próprio corpo e achava que iria morrer com aquela dor infernal.

Eu não aguentava mais, a dor piorava a cada segundo e eu não podia fazer nada para fazer parar de doer.

Tentei gritar novamente, mas nada saiu.

Eu não sentia muito as minhas pernas e quando mexia. Doía pior do que a dor no peito.

Fechei os olhos e as lágrimas continuavam descendo como se fosse uma cachorreira.

Pensa em coisas felizes, draco - pensei comigo mesmo.

Minha mãe, meus livros de romance, a lua, minha mãe morrendo.

Não porra!

Minha mãe, meus livros de romance, a lua, o sol, as árvores, o povo passando fome e implorando por comida.

Coisas felizes. Coisas felizes!

Eu não conseguia pensar em nada. A dor não deixava eu pensar e eu não sabia mais no que pensar.

Abri meus olhos novamente e arregalei meus olhos com o que estava vendo.

Era ele. O garoto dos olhos verdes do portão.

Pisquei meu olhos novamente, e era real.

O garoto estava radiante. Seus cabelos negros bagunçados, seu óculo redondo um pouco torto, as maçãs rosadas, seu corpo era perfeito e ele estava com uma camada de suor. Como se tivesse acabado de correr muito.

Ele estava com as mesmas roupas de quando eu o vi pela a primeira vez.

Seus olhos verdes se conectaram com os meus azuis e era uma mistura de cores. Seu olhar me deixava totalmente bobo.

E foi quando eu percebi.

A dor tinha parado, tudo tinha parado. A dor em meu peito, as lágrimas, minhas pernas não doíam mais e ele estendeu sua mão pequena e fofa para mim, tentei segurar sua mão, mas a minha atravessou a sua.

— Draco.... — ouvi o moreno dizer, ainda me olhando com aquele olhar penetrante e eu assenti, para ele continuar a falar.

— Draco! -— dessa vez ele me chamou, com um tom mais alto que de antes. Não estava entendendo nada.

— Draco, puta que pariu acorda seu merda — olhei para os lados procurando alguém. Nãoo tinha ninguém, olhei para onde o moreno estava e ele tinha sumido.

Meu príncipe encantado - 𝒅𝒓𝒂𝒓𝒓𝒚Where stories live. Discover now