Sertão (Lamento Sertanejo)/Sertão (Lo siento Sertanejo)

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Sertão (Lamento Sertanejo)

Sertão, meu Sertão, bem que poderia ser escrito com "C", um certo bem grande um "Certão", com abundância de água, sem fome, sem corrupção, muita paz e saúde mas não, aquí é Sertão com "S" mesmo, com as secas, as dores, desditas, histórias e tudo. Amo a minha terra, a minha gente, o meu cerrado e o meu povão, nem preciso dizer que estou falando do imenso Sertão.
Amo o meu pedacinho de chão, o meu alazão, a minha plantação, aqui neste cantinho posso dizer de fato que é o meu lindo Sertão.

Lamento Sertanejo parece uma prece, um lamento em forma de oração, quando a escuto irradia em meu peito muito amor e empatia, é muita história de dor, de descaso, de fome, desnutrição, destruição, e morte, negligência do Estado, a um povo sofrido. A seca arrebata, nocauteia, chateia, ceifa a vida de vidas humildes, miseráveis porém, trabalhadoras, esforçadas, exploradas e deixadas ao desleixo.

Tenso, meu coração está em ver esta seca castigando sem cessar, sem piedade, sem dó, a seca aos poucos vai diluindo o meu coração ♥ e dos vulneráveis e o que tiver pela frente, o "Não" de tal forma já é garantido, infelizmente vai ganhando força e nem lágrimas tenho para chorar.
O sol impiedoso resseca o nosso chão, a nossa terra, os nossos irmãos, transformando o barro em rachados torrões, o símbolo da dureza, a vida no Sertão.

Olhando para o céu pergunto a ti meu Deus:
__ Esqueceste de nós meu pai, cadê nossa água, a nossa chuva?

Molha as nossas almas, as nossas terras, os nossos corações, pois nem lágrimas temos para derramar, elas também evaporaram com a seca e com a dor em forma de um sol abrasador.
Que saudade tenho do meu cerrado verdinho, das folhas caindo pelo quintal, o vento soprando para o campo, o gado, os patos, galinhas e passarinhos, a seca desalinhou a harmonia.
__ Cadê você chuva, cadê a água? Responda meu Deus!

Faz parte do Sertão, o cangaço, a sanfona, o baião, a mulher rendeira, o xaxado, a família dos Bandeira, dos Machado, Carvalho, dos Medrados, as famílias do norte e nordeste, Virgulino Ferreira da Silva mais conhecido como Lampião, no meio do bando uma flor chamada Maria Bonita brotou.
Painho, Mainha a sua bênção, o respeito não pode faltar, o berço é a lei do Oeste, que se resume na lei do Sertão.
A nossa esperança é um dia o São Francisco nos ouvir e estender seus braços por esse imenso Sertão 🙏🏽🌹

O Poet@Luíz Kon'Z
#Autor@l

Lamento Sertanejo
Gilberto Gil

Por ser de lá
Do sertão, lá do cerrado
Lá do interior do mato
Da caatinga do roçado
Eu quase não saio
Eu quase não tenho amigos
Eu quase que não consigo
Ficar na cidade sem viver contrariado

Por ser de lá
Na certa por isso mesmo
Não gosto de cama mole
Não sei comer sem torresmo
Eu quase não falo
Eu quase não sei de nada
Sou como rês desgarrada
Nessa multidão boiada caminhando a esmo

Composição: Gilberto Gil / Dominguinhos

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Espanhol 🇪🇸

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Espanhol 🇪🇸

Sertão (Lo siento Sertanejo)

Sertão, mi Sertão, bien podría escribirse con una "C", una muy grande, una "Certão", con mucha agua, sin hambre, sin corrupción, mucha paz y salud pero no, aquí está Sertão con una "S"., con las sequías, los dolores, las desgracias, las historias y todo. Amo mi tierra, mi gente, mi sabana y mi gente, no hace falta decir que estoy hablando del inmenso Sertão.
Amo mi pedacito de tierra, mi acedera, mi plantación, aquí en este rincón puedo decir de verdad que es mi hermoso Sertão.

Lamento que Sertanejo parezca una oración, un lamento en forma de oración, cuando lo escucho irradia en mi pecho mucho amor y empatía, es mucha historia de dolor, abandono, hambre, desnutrición, destrucción y muerte. , negligencia del Estado, a un pueblo sufrido. La sequía quita, noquea, trastorna, cosecha la vida de vidas humildes, miserables, trabajadoras, trabajadoras, explotadas y abandonadas.

Tenso, mi corazón es ver esta sequía castigando incesantemente, sin piedad, sin piedad, la sequía poco a poco diluye mi corazón ♥ y los vulnerables y lo que se avecina, el "No" de tal manera ya está garantizado, lamentablemente va ganando fuerza y ​​ni siquiera tengo lágrimas para llorar.
El sol despiadado seca nuestra tierra, nuestra tierra, nuestros hermanos, transformando la arcilla en terrones agrietados, símbolo de la dureza, de la vida en el Sertão.

Mirando al cielo te pido mi Dios:
__ Te olvidaste de nosotros mi padre, ¿dónde está nuestra agua, nuestra lluvia?

Humedece nuestras almas, nuestras tierras, nuestros corazones, porque ni siquiera tenemos lágrimas que derramar, también se evaporaron con la sequía y el dolor en forma de sol abrasador.
Cómo extraño mi matorral verde, las hojas que caen por el patio, el viento que sopla en el campo, el ganado, los patos, gallinas y pájaros, la sequía quebranta la armonía.
__ ¿Dónde llueve, dónde está el agua? ¡Responde Dios mío!

El cangaço, el acordeón, el baião, la encajera, el xaxado, la familia Bandeira, los Machado, Carvalho, los Medrados, las familias norte y noreste, Virgulino Ferreira da Silva, más conocido como Lampião, es parte del Sertão, en en medio del ramo brotó una flor llamada María Bonita.
Painho, Mainha tu bendición, el respeto no puede faltar, la cuna es la ley de Occidente, que se resume en la ley del Sertão.
Nuestra esperanza es que algún día São Francisco nos escuche y extienda sus brazos a través de este inmenso Sertão 🙏🏽🌹

El poeta@Luíz Kon'Z
# Autor@l

Lo siento sertanejo
Gilberto Gil

por ser de ahí
Desde el interior, desde el cerrado
del interior del bosque
De la caatinga del jardín
Casi no salgo
Casi no tengo amigos
Casi no puedo
Quedarse en la ciudad sin estar molesto

por ser de ahí
probablemente por esa misma razón
No me gusta la cama blanda
No se como comer sin crujir
Apenas hablo
Casi no se nada
Soy como una raza pícara
En esta multitud caminando sin rumbo fijo

Composición: Gilberto Gil/Dominguinhos

Um Bate-papo Sob As Luzes Da Ribalta Onde as histórias ganham vida. Descobre agora